GRÁVIDA DE UM ALFA POR ACIDENTE romance Capítulo 238

POV AMÉLIA.

— Não, você está enganado, amor. Essa é minha madrinha, não a rainha das bruxas. A menos que Morgana esteja se passando por minha tia. É isso? — perguntei, confusa com o que Magnos dizia.

— Vamos, querida, temos muito o que conversar. Prometo te explicar tudo — Morgana disse, estendendo a mão para mim. Eu hesitei, olhando para Magnos em busca de orientação.

— Você não vai a lugar nenhum com a minha esposa grávida. Acha mesmo que vou te deixar ficar sozinha com Amélia? — perguntei, sério e frio.

— Escute aqui, seu vira-lata pulguento. Não tente me impedir de chegar perto da minha afilhada, ou vou te fazer sofrer — disse Margô, com seus olhos ficando negros. Fiquei assustada, mas eu precisava saber se era verdade que minha madrinha era Morgana ou se era apenas a bruxa fingindo ser minha madrinha.

— Madrinha, o que ele diz é verdade? Você é a rainha Morgana? — perguntei aflita.

— Eu não queria que você soubesse assim, queria te contar com calma e no momento certo. Mas, quando ouvi você falar que tinha se casado com Magnos Veranis e que ele era o pai dos meus netos, me desesperei. Qual era a chance de você estar se envolvendo com um alfa? Vim até aqui para ter certeza de que o Magnos que mencionou era o mesmo que eu conhecia. E, para minha infelicidade, é verdade. Você foi ficar grávida logo de um maldito alfa — disse Margô. Eu estava chocada e assustada. Margô era Morgana.

— Tia, está dizendo ser a bruxa Morgana? — perguntou Jake, de olhos arregalados. Cecília o puxou para trás dela.

— Sim, JK. Sou a rainha das bruxas — respondeu minha madrinha, se referindo a Jake pelo apelido que ela lhe deu, quando eu os apresentei. Minha madrinha me olhava com atenção e preocupação.

— Então é verdade. Você é uma bruxa — comentei, ainda em choque.

— Venha comigo para um lugar mais reservado, para podermos conversar — pediu a madrinha.

— Já disse que Amélia não vai a lugar nenhum. Se quiser, conversará aqui na nossa frente. Não confio em você — disse Magnos, com sua voz de alfa zangado.

— Não adianta rosnar para mim. Eu não tenho medo de você, lobinho — disse Margô. Para evitar uma briga entre minha madrinha e Magnos, resolvi interferir. Mas, antes, queria a opinião de Ravina, a única em quem eu podia confiar.

— Ravina, o que acha de tudo isso? Devemos confiar em minha madrinha? — perguntei a ela mentalmente.

— Amélia, eu estou tão chocada quanto você com essa descoberta. Mas a madrinha sempre cuidou muito bem de nós, foi como uma mãe para nós. Acho que esse sentimento é difícil de fingir. E, se ela quisesse nosso mal, já teria feito alguma coisa contra nós. Para mim, não importa quem ela é de verdade. O que importa é que ela sempre nos amou e nos deu muito amor e carinho — disse Ravina.