Resumo do capítulo CAPÍTULO DUZENTOS E SESSENTA E QUATRO: DESCONFIANÇA. de GRÁVIDA DE UM ALFA POR ACIDENTE
Neste capítulo de destaque do romance Lobisomem GRÁVIDA DE UM ALFA POR ACIDENTE, GoodNovel apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.
POV MAGNOS.
O clima na sala estava pesado, com uma tensão palpável. Os olhos de todos se voltaram para Arthur, o lobo que agora se encontrava de pé, visivelmente abalado, mas determinado. Sua família estava reunida atrás dele: sua companheira, uma mulher de olhar cansado e preocupado, e suas duas filhas adultas, ambas claramente nervosas, especialmente a mais nova, que não conseguia evitar lançar olhares estranhos em minha direção. Era como se algo nela estivesse sempre avaliando cada movimento meu. Isso não passou despercebido.
— Eu não confio nessa fêmea. Algo nela me incomoda. Devemos ter cautela com ela. — Falou Cosmo em minha mente.
— Sim, concordo, ela me incomoda também. — Respondi.
Arthur limpou a garganta antes de começar, seus olhos se movendo de mim para Ivan e depois para Morgana. A bruxa, por sua vez, manteve-se de braços cruzados, sua expressão carregada de uma desconfiança fria, observando cada movimento de Arthur e sua família com atenção calculada.
— Alfa Magnos — Arthur começou, a voz rouca e marcada pelo cansaço. — Eu não sei como isso aconteceu, mas de alguma forma Héctor descobriu que eu estava espionando para você. Eu consegui escapar… mas foi por muito pouco. — Disse, apreensivo.
As palavras de Arthur trouxeram um silêncio pesado à sala. Ivan, ao meu lado, trocou um olhar comigo, seus olhos se estreitando. Ele não confiava completamente em Arthur; poucos lobos que vinham de outra alcateia mereciam confiança imediata, especialmente aqueles que se envolviam em espionagem. Mas a seriedade na voz de Arthur deixava claro que ele acreditava no perigo real que enfrentava por ir contra Héctor.
— Continue — pedi, mantendo minha voz firme e controlada. Eu queria ouvir cada detalhe, especialmente sobre como ele conseguiu escapar das garras de Héctor. Arthur respirou fundo, tentando manter a compostura. Sua companheira pousou uma mão em seu ombro, dando-lhe apoio silencioso. Ele pareceu ganhar força com o toque dela.
— Eu estava em um ponto onde sempre me sentia seguro, na alcateia de Héctor — começou ele, a voz falhando brevemente. — Mas há alguns dias, notei uma mudança. Héctor começou a agir de forma diferente. Não me chamava mais para as reuniões, e havia um aumento na segurança… mais patrulhas, lobos mais agressivos. Naquela noite, percebi estar sendo seguido. Não podia me arriscar a confrontá-los… então fui até minha família e decidimos fugir antes que fosse tarde demais. — Contou Arthur.
Ivan deu um passo à frente, seu olhar questionador.
— E como, exatamente, você conseguiu fugir da alcateia de Héctor sem que ele soubesse? — Questionou Ivan, desconfiado.
Arthur balançou a cabeça, os olhos abaixando brevemente antes de continuar.
— Não foi fácil. Eu sabia que Héctor me caçaria se descobrisse minha fuga. Ele é implacável. Planejei cuidadosamente, usando rotas que poucos conheciam, evitando os principais caminhos da alcateia. Mas, mesmo assim… quando estávamos perto da fronteira da alcateia dele, eles nos encontraram. — Contou. Olhei para ele e fiz sinal para continuar.
— Fomos emboscados. Lutei com tudo o que tinha, tentando proteger minha companheira e minhas filhas… — A voz de Arthur tremeu, visivelmente abalada pela memória. — Foi um massacre. Quase não conseguimos sair vivos. Não sei como chegamos aqui. Tivemos sorte… ou talvez um milagre. — Disse Arthur, tremendo. Olhando diretamente nos meus olhos, ele acrescentou com urgência: — Preciso da sua proteção, Alfa. Minha família precisa de sua proteção. Héctor é um monstro. Se ele nos encontrar, não há lugar para onde possamos fugir. — Implorou.
Minhas mãos cerraram-se em punhos ao meu lado. O ódio que eu nutria por Héctor fervia dentro de mim, mas mantive minha postura calma. Ele estava se tornando uma ameaça ainda maior, e saber que tinha descoberto sobre Arthur… isso não, era algo que eu podia ignorar.
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