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GRÁVIDA DE UM ALFA POR ACIDENTE romance Capítulo 278

POV AMÉLIA.

Meu dia começou maravilhoso. Acordei do lado do lobo que amo, depois de ele declarar seu amor por mim. Magnos fez pessoalmente o café da manhã para mim e estava delicioso. Aquele lobo sabe cozinhar muito bem, e eu amo sua comida. Pena que ele só cozinhou duas vezes para mim. Ele poderia cozinhar todos os dias. Por que não pensei nisso antes? Posso alegar desejo de sua comida. É isso que farei.

O nosso dia estava ótimo. Meus bebês estão fortes e saudáveis. Os pequenos não mostraram o sexo, como eu havia pedido. Isso prova que eles sempre ficarão do lado da mãe nas situações, pensei rindo. Recebemos a notícia de que os quadrigêmeos chegarão no começo do próximo mês. Falta pouco. Estávamos felizes, e Ravina estava numa felicidade contagiante.

Mas como dizem: alegria de pobre dura pouco. E tem sempre alguém para estragar nossa felicidade. As sirenes tocaram, me assustando, e Magnos disse estarmos sob ataque. Saiu correndo, me deixando aos cuidados de Hélio. Após meu marido sair, pedi para que Hélio me ajudasse a descer da maca.

— Hélio, me ajude a descer daqui, por favor — pedi.

— Para onde você quer ir com esse barrigão? Amélia, você não consegue nem correr ou caminhar direito — comentou, me ajudando a descer.

— Vamos para o seu escritório. Lá tem um sofá onde posso me sentar. Não aguento ficar nessa maca nem mais um minuto — falei, tentando não me desesperar.

— Você está certa, é melhor esperarmos no meu escritório. Lá é mais seguro. Mesmo eu achando impossível algum invasor conseguir entrar na nossa alcateia e chegar até você. Magnos mataria todos antes disso — falou Hélio.

— Você está certo — concordei.

— Ele não está certo. Esqueceu que Morgana disse que Héctor tinha alguém aqui na alcateia? — perguntou Ravina na minha mente, me deixando apreensiva.

— Mas não foi encontrado ninguém. Acho que era mentira — falei, enquanto saíamos da sala de ultrassonografia e chegávamos ao corredor.

— Você acha que um traidor ficaria à vista com um letreiro? Não mesmo. Ele é esperto e isso o torna perigoso. Sugiro ficar alerta. Esse ataque está muito suspeito — falou Ravina, preocupada. Fui tirada da minha conversa com Ravina por Hélio.

— O que está acontecendo aqui? — perguntou ele, com raiva.

Olhei para onde ele estava observando e vi meus sentinelas todos caídos, inconscientes. Arregalei os olhos. Droga, eles estão aqui no hospital. Vi Hélio perdendo o equilíbrio e caindo inconsciente também. Olhei para trás e havia uma loba sorrindo para mim com uma arma na mão. Eu estava nervosa, mas meus pais me ensinaram a não demonstrar medo. Sei que não funciona com lobos; eles podem sentir o cheiro do medo.

— Quem é você e o que fez com eles? — perguntei, séria.

— Quem sou agora não importa, mas não se preocupe, senhora Veranis. Eu só os deixei desmaiados. Mas se não vier comigo, vou arrancar as cabeças deles na sua frente — falou a loba. Percebi que ela era uma psicopata; não adiantava discutir.

— Mantenha a calma, Amélia. Pense nos nossos filhotes. Vamos com ela e não se preocupe, ninguém pode nos machucar, graças à proteção de nossa madrinha. Magnos vai encontrar a gente — disse Ravina, me tranquilizando.

— Certo, você está certa, mas estou com medo — falei.

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