GRÁVIDA DE UM ALFA POR ACIDENTE romance Capítulo 38

POV AMÉLIA.

Continuei olhando-o, tentando desvendar o que ele estava tramando, se mostrando preocupado comigo. Mesmo surpresa e desconfiada, resolvi respondê-lo, afinal ele me salvou daquela mãe psicopata dele. E eu vi nos olhos daquela velha, que ela vai me infernizar. Então, é melhor ter Magnos a meu favor nessa batalha.

— Ficarei bem assim que me acalmar um pouco. Pensei que ela iria me atacar. Sua mãe é uma louca. Se você não estiver chegado, nem sei o que aconteceria. Muito obrigada! Magnos. — Falei tentando me acalmar do susto, limpei as lágrimas de meu rosto com as minhas mãos. Lentamente, meu coração, que parecia que iria sair do peito, foi se normalizando.

Fiquei muito nervosa com aqueles dois transformados dentro desse quarto que não é pequeno, mas com dois lobisomens imensos aqui, ele ficou minúsculo. Só agora percebi como minha vida está em perigo. Essas bestas podem me matar facilmente. Como uma humana pode sobreviver a essas criaturas? Se quero sobreviver, terei que aprender a lidar com eles e ganhar suas confianças. Mas para isso terei que ser mais esperta.

Olhei para Magnos e ele estava quieto e me olhava como se procurasse algo errado. Preciso entender que sua preocupação é apenas com meus filhos e que eu só tenho algum valor por ser a mãe de seus filhotes. Como ele costuma dizer. Não devo colocar toda minha confiança nele. De repente, seus olhos ficaram amarelos, me causando um grande susto. Será que ele vai se transformar?

— O que aconteceu com seus olhos, por que ficaram amarelos de repente? — Perguntei, gaguejando e assustada. Por instinto, me encolhi contra a cabeceira da cama. Não tinha para onde fugir. Meu coração começou a acelerar.

— Olá, Amélia. Sou Cosmo, o lobo do Magnos. É um prazer conhecê-la e poder conversar com você pessoalmente. — Falou Magnos, mas sua voz estava diferente e mais rouca. Eu senti um arrepio no meu corpo. Aquela voz me deixava estranha, meu ventre vibrou. Fiquei confusa com aquela voz e as sensações que meu corpo sentia ao ouvi-la.

E que loucura era essa agora de dizer que era seu lobo de intimação? Espera, quando Cecilia falou sobre o lobo de Magnos, ela estava se referindo a essa voz? Será que entendi errado?

— Eu, quando ouvi sobre você, achei que era um lobo de estimação. — Falei. Acho melhor embarcar nessa loucura dele. Tenho que sobreviver, se para isso preciso fingir que acredito, farei isso com muito prazer. Acho que ele não gostou do que falei, porque rosnou alto, me assustando. Dei um pulo na cama e tentei me afastar, mas sem sucesso, não tinha para onde fugir.

— Me perdoe, não quis te assustar. — O tal do Cosmo pediu desculpas, todo educado. Estou começando a achar que esse Cosmo realmente não é mesmo Magnos, aquele ogro só me trata com grosseria. Minha curiosidade de cientista começou a aflorar.

— Suponhamos que eu acredite que é outro ser que está falando, e não o próprio, Magnos me enganado. O que você é? — Perguntei ainda desconfiada, pois isso ainda era inacreditável. Magnos poderia estar mudando a sua voz para me enganar e me levar a enlouquecer.

— Eu entendo, é tudo novo para você, os humanos não sabem de nossa existência. Então, é difícil para você acreditar e confiar em mim. — Falou Cosmo o lobo. Sendo compreensivo, boa tática.

— O que esperava? Toda essa história é muito fantasiosa e você me sequestrou. Como espera que eu confie em você? — Perguntei, provocando. Não sou fácil de se enganar, querido.