POV AMÉLIA.
Cecília começou a dirigir pelas ruas movimentadas da alcateia, esse lugar é muito lindo. Tenho que admitir que Magnos fez um excelente trabalho aqui. Olhei para Cecília e ela estava sorridente dirigindo e não paravam de falar.
— O dia hoje está lindo Amélia, que bom que você pode sair, assim poderá aproveitar um pouco. Ana vai nos encontrar lá no arquivo geral. — Falou Cecília.
— É bom poder sair e sentir o sol na minha pele. — Falei enquanto sentia o calorzinho do sol da manhã entrando pela janela do carro.
Eu não tinha muito tempo livre no meu dia a dia, então oportunidade de ficar ao ar livre me banhando com a luz solar, era raríssima. Só podia fazer isso em alguns finais de semanas, quando não tinha muita coisa pendente em casa para fazer. Minha vida sempre foi atarefada. Tudo que sou hoje, foi graças ao meu esforço de batalhar para chegar onde estou. Meus pais não nasceram ricos, eles batalharam para ter tudo que conquistaram. Meu pai, com a minha mãe, criaram do zero uma rede de supermercado.
Eles gostavam de contar que começaram vendendo alimentos na garagem de sua casa quando se casaram. E depois passaram para uma loja, até chegar a uma grande rede de supermercado. Os dois sempre batalharam na vida e me ensinaram a fazer o mesmo. Tudo que tenho conquistei sem usar um centavo do dinheiro dos meus pais. Eu consegui deixar meus pais felizes. Eles ficavam cheios de admiração e satisfação em verem onde cheguei com meu esforço.
A rede de supermercado é cuidada pelos diretores e presidente de minha confiança. Mas a palavra final é sempre minha. Preciso cuidar de tudo que meus pais me deixaram. Não posso simplesmente negligenciar o legado deles. Cecília me tirou das minhas recordações.
— Vou lhe apresentar tudo por aqui. Nossa alcateia tem de tudo, é a melhor e a mais desenvolvida tecnologicamente. Você gostará de viver aqui conosco. Quando ver nosso laboratório de pesquisa, ficará encantada. — Falou Cecília. Eu me interessei sobre o laboratório. Mas a conversa com ela e seus pais não saíam da minha cabeça.
— Cecília, que tal me contar o que aconteceu a pouco com seus pais e você? Por que estão me tratando como filha e irmã? — Perguntei. Ela ficou um pouco nervosa e pensativa. Estava elaborando uma resposta para me dar.
— Amélia não aconteceu nada. Por aqui é normal, quando uma fêmea se acasala com um macho, ser tratada como filha e irmã pela família dele. O mesmo acontece com a família dela, eles tratam o macho como filho e irmão. Quando eu encontrar meu companheiro, meus pais o tratarão como filho. E a família dele me acolherá como uma filha. — Explicou. Isso tudo está parecendo enrolação.
— Mas eu não sou companheira do seu irmão. — Respondi, Deus me livre desse castigo de ser companheira daquele ogro.
— Mas está gerando os filhotes dele, então você deve ser acolhida como filha e irmã em nossa família. — Falou sorrindo feliz. Meus pais sempre me disseram para ter cautela com pessoas que sorriem muito e para tudo.
— Espero que seu irmão não crie confusão com essa história que vocês inventaram. — Falei, fingindo ter acreditado na história dela.
— Me diga Amélia, você não sente nada pelo meu irmão? Não acha ele lindo e interessante? — Perguntou Cecília com malícia na voz.
— Não, eu sou imune ao charme de seu irmão. — Falei depressa.
— Vou fingir que acredito. — Falou.
— O que está insinuando? — Perguntei interessada em que aquela cabeça de vento estava pensando.
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