Resumo de Capítulo 15 – Uma virada em HOOK de I'm Emili
Capítulo 15 mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de HOOK, escrito por I'm Emili. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
Hook saiu do banheiro do dormitório que estava, já vestido com uma calça moletom preta e uma camisa da mesma cor que Blade levou para ele.
— Não precisa ficar aqui para evitar a fêmea. Ela foi embora.
Ele quase engasgou.
— O que? Ela foi embora para onde?
— Ela mandou te dizer isso e ainda o chamou de idiota, o que eu concordo plenamente. Disse que não estava te esperando com um anel de casamento e que queria apenas se despedir de você.
— Anel de casamento? Que porra é essa?
— Pelo que entendi, ela não estava querendo te pedir em casamento, ou seja, ela não estava te esperando para ter um compromisso com ela e que você não precisava vir para outro lugar apenas para evitá-la. Ela é inteligente.
— Para onde ela foi? — indagou exasperado.
— Por que quer saber? — franziu o cenho.
— Quero saber se ela está segura. Cadê ela?!
— Ela está com Breeze. Hook, sei que compartilhou sexo com ela. Tyger, Flame e eu sentimos o cheiro. Se apegou a ela?
— Não. — grunhiu raivoso — E não comente com ninguém, direi o mesmo a Tyger e a Flame.
— Então porque a está evitando?
— Não quero falar sobre isso. — as feições do macho se tornaram uma carranca.
— Sorte sua ela não estar ovulando, caso contrário correria o risco de tê-la engravidado. Você ficou louco para ter despejado sua semente dentro dela?
— Eu não sou idiota, senti o cheiro antes e sabia que não estava no cio.
— Hum... Uma humana, hein? — Blade deu um sorrisinho — Será que devo matá-lo?
— O que?
— Você disse "mate-me se essa desgraça acontecer" quando eu disse que você se apaixonaria por uma fêmea e de quebra ela seria humana. — Blade gargalhou.
— Vai se foder. — mostrou as presas para seu amigo — Não estou apaixonado.
— Tem certeza que não a quer? Achei ela muito atraente e doce. — Hook grunhiu — Mas acho que ela gosta mesmo de você. Quando falei que não iria voltar, senti a dor dela. Você a magoou.
O peito do macho felino apertou, mas se manteve firme.
— Estávamos de acordo sobre minhas condições antes de compartilhar sexo.
— Sexo casual?
— Pode chamar assim se você prefere gírias humanas no seu vocabulário.
— Sei o que é isso, sempre saio com fêmeas humanas mas nunca me apeguei assim. Acho que não encontrei a fêmea certa ainda. Mas você me parece apegado.
— Cale a boca, Blade. Apenas verifique se ela está segura, faça isso para mim.
— Está bem.
— Ela comeu bastante? Foi ao médico ver se estava machucada? — a preocupação pelo bem estar de Abbie ia além dele.
— Eu não sei. Posso perguntar quando eu for até ela verificar sua segurança. — Blade deu um sorriso malicioso.
— Não a aborde para sexo. — raiva transpareceu na voz do macho.
— Eu não disse que iria fazer isso. — ele levantou as mãos.
— Você costuma dormir com várias fêmeas humanas sem compromisso, mas não com Abbie. Entendeu? — Hook experimentou o ciúmes de imaginar outro macho tocando-a.
O sentimento veio com uma vontade de arrancar as mãos do macho ou homem que o fizesse. Assim como sentiu raiva de Flame quando a tocou. Estava agindo irracional e este era um dos motivos que o obrigava ficar longe da fêmea.
— Claro que entendi. Entendi muito bem, meu amigo. — o macho canino deu a ele um olhar solidário.
Hook resmungou e caminhou de volta para seu dormitório, no instante que entrou sentiu o cheiro de Abbie misturado com o de Breeze no ar. Seu coração apertou quando sentiu também o cheiro da tristeza dela.
Estava tentado a procurá-la mas sabia que não deveria, tudo que significasse passar tempo com aquela fêmea ele queria evitar, estava tendo sentimentos em relação a ela e não poderia permitir que crescesse.
O que aconteceu entre eles naquela cabana, o melhor sexo de sua vida, o toque mais carinhoso e sincero que já recebeu, o melhor e únicos lábios que já beijara em toda sua existência, deveria ficar lá.
Ele nunca havia experimentando sensações parecidas antes. Seu pau começou a endurecer mas empurrou as lembranças dela para longe e andou até seu quarto.
A cama estava bagunçada e decidiu se deitar para descansar, estava cansado depois de ter dado o relatório com todos os detalhes para o conselho e também sentia fome mas não tinha vontade de comer no momento. Puxou as cobertas sobre seu corpo e respirou o cheiro dela em seus lençóis, quase gemeu.
Ele queria apenas parar de pensar nela mas não conseguia. No entanto sabia que tinha outras coisas como prioridade, como por exemplo caçar e se vingar de quem traiu seu povo.
Ele evitaria pensar e falar sobre Abbie até que estivesse completamente no controle de suas emoções novamente e não mais irracional. Tentaria esqueceri tudo sobre o que havia acontecido na cabana e seguir em frente. Aquele era o melhor para os dois.
Nenhuma humana iria corrompê-lo. Elas eram enganadoras e os machos que acasalavam com elas eram ingênuos. Mas Hook recusava-se a ser. Estava muito ferido e quebrado para permitir.
As horas se passaram e ele não conseguiu pregar os olhos, o cheiro de Abbie em seus lençóis estava deixando seu membro duro e com isso as lembranças do seu corpo e do que compartilharam o atormentavam.
Se levantou e arrancou os lençóis para jogar no cesto de roupas sujas, foi até o armário, buscou lençóis limpos e forrou sobre o colchão. O cheiro dela foi embora mas as lembranças não.
O sorriso dela apareceu em sua memória. Ele não era imune a ela e sabia disso, por isso odiava que ela sorrisse para ele, porque simplesmente achava adorável.
Seu coração doeu, como nunca antes, o tempo que passaram juntos o marcou e ele sentiria falta dela. Estava na sua última gota de alto controle para não ir atrás da pequena fêmea e montá-la uma última vez.
— Sou eu. — ele sussurrou.
— O que está fazendo aqui? — ela estava surpresa. Seu coração disparou.
— Breeze disse que você estava passando mal. — mentiu — Quer ir ao centro médico? Aliás, porque não quis ver o médico? — questionou.
— Eu estou bem, não havia necessidade de ver nenhum médico. Por que está aqui e puxando minha coberta? Pensei que estava me evitando.
Ele pensou em mentir, mas olhou dentro dos olhos amendoados de Abbie e só conseguiu ser sincero.
— Iria me deitar com você sem que soubesse, abraçar seu corpo e depois iria embora antes que acordasse.
— Eu tenho o sono leve, posso sentir se alguém respirar muito alto perto de mim.
Ambos apenas ficaram se encarando quando dois minutos de silêncio se passou.
— Fique. — ela pediu, sua voz quase não saiu inteira.
— Posso te abraçar um pouco? — deixou a pergunta escapar.
Abbie sentiu seus olhos automaticamente lacrimejarem.
— Por que está fazendo isso, Hook?
— Quero me despedir. Vou voltar a trabalhar com a força tarefa, quero interrogar cada homem que estava naquele dia da operação e descobrir quem foi o traidor. Por que está chorando?
— Espero que o encontre e que ele pague por isso.
— Eu encontrarei e o farei pagar. — jurou — Por que está chorando?
— Eu acredito que irá.
— Estava chorando e está triste. Por quê? — insistiu.
— Fiquei pensando na droga da minha vida e chorei. Amanhã vou buscar meu celular na assistência técnica e vou arrumar um emprego. Estou pensando em procurar uma amiga.
Ele engoliu em seco, sentindo seu peito apertar. Eles tinham que seguir seus caminhos.
— Vamos nos despedir? — o olhar dele vagou pelo corpo dela entregando de que forma ele queria fazer isso.
Abbie entendeu o recado. Ignorou seu coração que certamente ficaria partido depois e abriu os braços para Hook.
— Eu gostaria muito.
Ele passou os braços ao redor da cintura dela e a puxou para seu corpo.
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