Improvável romance Capítulo 21

|KAYRA|

Passo o dorso da mão sobre a boca para limpar qualquer vestígio que possa haver, e levanto ao apoiar uma mão na beira da cama e me colocar de pé. Imediatamente os braços do loiro me cercam, rodeiam minhas costas, entretanto sua boca devora a minha em um beijo perturbadoramente quente que eu retribuo na mesma intensidade, com bastante vontade.

Estamos nos beijando ardentemente, nos tocando mutuamente, e explorando cada parte um do outro, quando suas mãos curiosas deslizam o caminho abaixo até o meu bumbum, e o aperta com suas garras intransigentes, antes de impulsiona-lo num movimento ágil para cima, o qual eu compreendo sua intenção rapidamente e o acompanho de acordo, passando minhas pernas em volta de sua cintura.

-Para a sacada...

Eu exijo com a voz rouca e entrecortada entre um beijo e outro, enquanto andamos de forma errante pelo quarto. Uma ideia meio louca tem martelado em minha mente desde o instante em que meus olhos viram de relance a estrutura quando adentramos o quarto, e eu sou capaz de morrer de frustração se não realizar tal desejo até o final dessa noite.

Eu tenho que fazer isso.

Na sacada do quarto há um parapeito razoavelmente largo de granito escuro, que separa e faz a contenção entre o espaço da sacada do quarto que está localizado no segundo andar da casa, com a parte que parece ser uma área de lazer, onde há um espaço com piscina e outras coisas mais, a vários metros de altura abaixo de onde estamos agora.

Realmente... é bem alta a distância que nos separa do primeiro andar, eu pondero ao observar o perímetro quando chegamos no local. E é exatamente isso que me excita, a grande dose de perigo, é o que concluo em pensamento, mordendo a pontinha do lábio inferior ao me separar por um instante do loiro e descer de seu colo.

-Deite-se!

Eu ordeno com firmeza, e o faço se deitar de costas sobre a superfície lisa e fria do granito escuro, que é ampla o suficiente para abrigar exatamente o espaço que ele precisa. É a conta certinha. Sua cabeça fica a pouquíssimos centímetros de distância do precipício que dá para o andar de baixo.

Isso me assusta e me empolga na mesma proporção de um modo avassalador e excitante.

Então com o ritmo cardíaco totalmente desenfreado dentro de mim, subo sobre seu corpo com cuidado, ficando por cima dele, e começo a trilhar um rastro de fogo com a língua desde a sua barriga, seguindo por seu peito ao mesmo tempo em que minhas mãos arranham as laterais de suas costelas, até alcançar a altura de seu pescoço, onde eu lhe dou uma breve mordida.

A ponta dos meus cabelos pedem e balançam livremente no ar da noite, ultrapassando os limites do parapeito em que estamos nos apoiando, quando sua mão guia-me pela nuca para que ele castigue meu pescoço com sua barba.

Seu braço corre de volta para minhas costas pressionando-me mais contra si, contudo eu não dou aquilo que eu e ele queremos. Pelo menos não por hora ainda.

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