INSANO romance Capítulo 6

FABRIZZIO

Desço do carro, vou até ela, a indagando.

- Tem certeza?

- Sim...

Nessa hora, uma senhora de meia idade, toda rabugenta, chega com 2 homens e fala de forma grosseira com Angelina:

- Ora ora, Angelina! Achou que iria fugir dessa vez ???? Ou me paga o aluguel atrasado agora ou vou te colocar pra fora!!!!!

- Eu, eu vou pagar! Só me dê mais um mês, por favor! - Angelina fala nervosa.

- Não! Rapazes, tirem as coisas dela aí de dentro! - a velha rabugenta esbraveja.

Angelina começa a chorar e eu me enfureço com a tal mulher.

- PARE! - grito possesso, assustando a todos - Quanto ela deve do aluguel dessa pocilga????? - eu pergunto.

- QUE? Quem é o senhor??? Meus imóveis não são uma pocilga! - a dona da pensão me pergunta.

Me aproximo, a encaro e falo rudemente, fazendo-a tremerna base:

- FABRIZZIO CHIAVENATTO!

A senhora rabugenta arregala os olhos com medo e os homens dão alguns passos para trás.

- Ohhhhhh, senhor Fabrizzio... Eu não estava o reconhecendo... Eeeee, conhece essa moça? - ela pergunta, morrendo de medo.

- Sim e vai trabalhar para mim. Agora me diga, quanto ela deve!

A mulher fala o valor, então eu pego minha carteira, tiro as notas e dou pra ela, a repreendendo.

- Devia ter vergonha de cobrar um valor desse por este moquifo!!! Angelina, pegue sua mala com suas roupas e vamos dar o fora daqui!

- Que? Mas, pra onde eu vou ? - Angelina pergunta assustada.

- Pra minha casa! Já que vai cuidar do meu avô, terá que ficar no quarto que era de Rosa. Depois você aluga outro lugar provisório e mais decente.

- Mas...

- Vai logo, Angelina!!!

Na sequencia, ela entra toda nervosa na casa e arruma as poucas coisas que tem em uma mala. Angelina veste uma blusa branca e uma calça, um tênis e amarra o cabelo de forma irregular. Parece uma criança travessa.

- Só tem essa mala??? - pergunto incrédulo.

- Sim, não tenho muitas coisas. - ela responde envergonhada.

Pego a chave da mão dela e dou para a dona.

- TOMA! Entra no carro, Angelina!

Ela engole em seco e entra no carro. Ao dar partida, a noto pensativa e assustada. Então eu pergunto:

- Tá com fome?

- Não, senhor.

- Mentirosa. Vamos tomar café da manhã numa padaria, estou morto de fome...

Ela evita olhar pra mim e fica olhando para a janela.

Apos alguns minutos, chegamos na padaria e descemos do carro. Sentamos na mesa e eu peço um café da manhã delicioso para nós dois. Ela olha pra mim envergonhada e fala:

- Senhor, eu vou te pagar o dinheiro do aluguel, eu prometo.

- Não precisa. Você irá cuidar do meu avô, já é o suficiente.

- Ok, senhor Fabrizzio.

A menina baixa o olhar mas ao ver a comida chegando ela arregala os olhos.

Eu falo todo bruto:

- COME!

Ela engole seco novamente, começando a comer os deliciosos croissants.

- Tá gostoso? - pergunto, vendo ela cheia de fome.

- Muito... isso é tão bom...

- Verdade... Come com vontade.

Ela trava o olhar no meu e volta a comer, toda envergonhada.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: INSANO