Tento não fazer barulho, me adequando ao espaço pequeno do armário de roupas do meu filho. Estamos brincando de esconde esconde e estou começando a ficar receosa sobre ser encontrada, mas esse é resultado de brincar com seu filho de três anos de idade, eles se distraem muito rápido. Abro a porta tentando não fazer barulho, deixo o quarto na ponta dos pés, espiando o corredor vazio até bater meus olhos na portinha de segurança da escada, esqueço o jogo e desço os degraus o mais rápido possível, lutando contra meus instintos maternos e as imagens que se projetam a cada segundo na minha cabeça.
— Vicenzo.— Chamo seu nome, não vendo nenhum sinal dele pela sala ou cozinha. Isso não está acontecendo.
A porta que liga nossa casa a área onde ficam os animais está aberta e isso faz um alerta soar em minha mente. Ignoro que meus pés estão descalços e corro atrás do meu filho, caçando a cabeleireira castanha e lisa. Moramos em uma fazenda devido a minha paixão pela profissão que escolhi e por faltar pouco para a conclusão da faculdade, não queria ser uma veterinária da cidade e por isso, viemos para o campo, mas estou começando a achar que criar uma criança aqui pode ser perigoso. Muito território para explorar e se esconder.
— Vicenzo.— Volto a chamar por seu nome, já sentindo as lágrimas se formarem.
— Mel? — A voz de Lorenzo é o suficiente para me fazerem cair no choro. Primeiro, um som perturbador deixa a minha garganta e depois surgem os soluços. — Hey, linda. O que foi? — Fala, já me puxando para seu corpo quente e familiar enquanto tenta acalmar meus nervos com beijos rápidos na testa e bochechas.
— Nosso filho...— Tento formular a frase, mas só o pensamento faz as lágrimas aumentarem.
— Calma, você precisa se acalmar e me dizer o que está acontecendo. O que aconteceu?
— Eu não o acho, nós estávamos brincando e ele não me encontrou, então eu vim atrás e...—Soluço. — Eu não o acho, Lorenzo. Ele sumiu. O perdi.
— Nosso filho está bem, Melissa.
— Como você sabe?
— Porque ele está dormindo na nossa cama. — Sua revelação faz com que eu me livre do seu abraço, corra de volta para nossa casa, suba a escada correndo e invada nosso quarto como uma invasora louca. O choro volta com tudo quando vejo meu pequeno anjinho dormindo.
— Ele está bem. — Digo pra mim mesma, checando sua respiração e corpinho.
— Acho que minha linda esposa só precisa de um descanso. — Lorenzo surge atrás de mim, envolvendo seus braços ao meu redor e cheirando meu pescoço. Relaxo contra seu corpo.
— E no quê, meu lindo e delicioso esposo, está pensando?
— Música, jantar e meu pau dentro de você. Estou com saudade de te comer com força, Melissa. — Minha nossa senhora, eu amo meu nome em sua boca. Principalmente, quando vem acompanhado de confissões sujas.
— Também estou, titio. — O provoco, só por saber o quanto essa palavrinha ainda o deixa insano e porquê amo sua insanidade. Sua pegada se torna mais intensa e uma de suas mãos aperta meu seio esquerdo, amassando a carne coberta pelo tecido da blusa e sutiã.
— Você gosta de me deixar louco, não é, garotinha? — Mordo meu lábio para conter um gemido e ele morde minha orelha. — Não te como aqui e agora por respeito ao nosso filho, mas não existirá piedade pra você essa noite, Melissa. Vou castigar essa bunda.
— Quero que cozinhe pra mim.— Sussurro dengosa, segurando meu impulso de me esfregar nele.
— Sim, vou preparar seu prato preferido, te alimentar e garantir que esteja bem nutrida para pagar a conta no fim da noite.
— Posso passar no débito? — Brinco, fingindo que não entendi sua sugestão e ele rosna, cravando os dentes na pele do meu pescoço. BRUTO.
— Vou te levar pra um motel, rasgar sua roupa e marcar cada parte do seu corpo com a minha boca, garota atrevida.
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