Por Você romance Capítulo 82

— Está bem, mas se soubesse de alguma coisa, me contaria, certo? — indago, buscando os seus olhos. Mônica não consegue esconder bem as coisas de mim. Ela sempre foi assim. Para os outros ela tem toda uma fachada dura, onde bloqueia qualquer sentimento que não queira demostrar, mas comigo sempre fica uma brecha de demonstração. Seus olhos refletem tudo o que eu quero saber e que ela faz questão de esconder.

— Sim, eu contaria. Agora, por favor, vamos mudar de assunto! — diz, irritada. Ela está sendo sincera. Eu tinha um fio de esperança de saber se havia o dedo de uma certa pessoa nisso tudo.

— Tenho uma cisma — digo de repente, encarando os seus olhos escuros. Mônica me olha intrigada.

— Ah, é? Qual?

— Acho que a Camilly tem algo a ver com isso. — Ela arqueia as sobrancelhas.

— Por que acha isso?

— Por causa do nosso último encontro...

— Qual último encontro, Ana? — Assusto-me ao ver Luís abrir a porta do quarto de uma vez e entrar no quarto em um rompante — Quer me falar sobre isso? — Sua raiva é palpável. Olho de Luís para a Mônica e engulo em seco.

— Você não contou pra ele? — Mônica indaga, completamente surpresa e eu faço não com a cabeça. — Por que não? — inquire exasperada. Faço menção de abrir a boca e explicar, mas ele me interrompe rudemente.

— Não falem como se eu não estivesse aqui! E então, Ana, de que encontro você estava falando? — rosna, me encarando com dureza e mais uma vez eu engulo em seco. Sem alternativas, conto para Luís sobre o meu encontro com Camilly no estacionamento da faculdade e sobre a nossa conversa nada amigável e é claro que eu não deixei de fora a surra que eu lhe dei e as ameaças que ela me fez. Desesperado, ele põe-se a andar de um lado para o outro do quarto. Luís parece nervoso, irritado e eu posso dizer que ele está possesso. Ele passa as mãos pelos cabelos várias vezes e em seguida, pega o celular e liga para Gisele.

— Gisele, está ocupada? — Ele fica em silêncio após a indagação, respira fundo e me olha. — Ótimo! Te vejo em uma hora — diz sério demais e encerra a ligação. Ele me olha por alguns segundos e puxando a respiração, vem para perto da cama. Penso que irá explodir comigo, por esconder algumas coisas dele, mas não. — Tenho que ir, meu amor. Volto para acompanhar o seu almoço, tudo bem? — sibila cheio de carinho na voz e em seguida deixa um selinho no canto da minha boca.

— Não está chateado comigo? — Arrisco perguntar.

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