Por Você romance Capítulo 83

— Coma a Ana está? — Gi pergunta assim que nos acomodamos nas cadeiras acolchoadas.

— Bem melhor! Está conversando e está mais animada também — respondo com satisfação na voz.

— E como ela reagiu quando soube dos bebês? — indaga, abrindo um sorriso. Eu bufo.

— Não reagiu. Eu ainda não contei para ela — digo e os encaro.

— Como não? Ela tem o direito de saber, Luís! —rebate exasperada. Eu dou de ombros.

— Eu sei e ela vai saber! Só não tive a oportunidade ainda. Como estão as investigações? — mudo o foco da conversa, a final ainda não estou preparado para falar com a Ana sobre os nossos filhos.

— Já descobrimos o carro, a placa e através dela também rastreamos o motorista. Infelizmente ele está foragido, mas não se preocupe, nós vamos encontrá-lo — garante. Eu apenas concordo com um aceno de cabeça.

— Tenho duas coisas para contar pra vocês. A primeira coisa, a Karol me procurou por esses dias. Ela me disse que encontrou a Camilly e que ela confidenciou que estava disposta a tirar Ana do seu caminho para se aproximar de mim novamente. E a segunda, Camilly procurou por Ana na faculdade, dias antes do acidente. Elas discutiram e a Ana a agrediu. Ela me contou que a Camilly a ameaçou. — Ambos me encaram sem reação por um curto espaço de tempo.

— Uau! — Gui solta embasbacado e Gi solta um suspiro alto, se encostando na cadeira.

— Isso é muito grave, Luís! Vou colocar um detetive na cola dela — informa ainda chocada com os novos fatos e eu assinto.

— Faça isso, Gisele. E por favor, me mantenha informado de tudo. Quero saber de cada detalhe sobre essa investigação e também quero estar por dentro de cada passo de Camilly. Quero saber até o nome da porra do papel higiênico que ela usa! —peço irritado.

— Claro, querido! O manterei informado.

— Não te procuramos durante as investigações, porque sabíamos que você não estava com cabeça para resolver nada. — Guilherme explica.

— Tudo bem, cara! Mas agora que a Ana está bem, eu quero estar por dentro de tudo. Também vou providenciar alguns seguranças para mim e para Ana — aviso, preparando-me para sair. — Eu preciso ir. Dê um beijo na Amanda por mim!

— Pode deixar. — Despeço-me de Gisele e de Guilherme e antes de ir para o hospital, passo em meu apartamento, para tomar um banho rápido e ponho algumas peças de roupas e produtos de higiene dentro de uma mochila. Jogo a mochila no banco de trás e olho rapidamente as horas no meu relógio de pulso. Suspiro satisfeito por saber que chegarei a tempo do horário do almoço da Ana. No hospital, encontro a minha pequena dormindo. Calmamente, largo a mochila em cima da pequena mesa e me aproximo da sua cama cauteloso, deixando um beijo casto em sua boca. Olho para a minha noiva por alguns segundos e só então vou até a Mônica. Em uma conversa sussurrada, conto para ela sobre as investigações e sobre as novidades sobre novas descobertas.

— Será que aquela cadela tem mesmo algo a ver com isso? — Dou de ombros.

— De uma coisa eu sei, Mônica. Se ela estiver envolvida nesse acidente, ela vai me pagar muito caro! — sibilo baixo e entre dentes. Ela assente cruzando os braços na frente do seu corpo.

— Eu não duvido disso. — Mônica me lança um olhar especulativo. — Quando pretende falar com a Ana sobre a gravidez? — indaga e lá está a minha insegurança outra vez.

— Não sei. Acho que vou esperar ela melhorar...

— Não, Luís. — Ela me interrompe. — A Ana tem o direito de saber. Conte pra ela, ou eu mesma conto! — impõe. Eu a olho com irritação.

— Não se atreva, morena! Essa notícia quem dá sou eu. — Ela sorri de maneira atrevida. Eu uno as sobrancelhas e semicerro os olhos.

— Então seja homem, chefinho! Conte logo de uma vez! — diz, mudando para um tom meigo e íntimo. Bufo de modo audível.

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