Por Você romance Capítulo 101

— É o Augusto! —Constatou. — Ele está morto.

— Acho que encontrei a senhora Alcântara. — O detetive disse e foi para fora da casa. Todos o seguimos para os fundos do sítio, entrando em um mato alto e seco. As lanternas clareavam a trilha estreita de terra e eu forçava a visão para olhar pertos das árvores e arbustos. Escutamos sons vozes alteradas próximo a uma espécie de poço e seguimos a direção dos sons.

— É a voz da Camilly e do Carlos? — Marcos indagou ao meu lado.

— Eles estão discutindo sobre a fuga da Ana — Assenti para o meu amigo e falei em um tom baixo e irritado.

— Você e aquele idiota não fazem nada direito! Eu disse para não a deixar solta. Vem, vamos voltar, não vamos encontrá-la nessa escuridão! — reclamou. E quando se viraram para voltar à casa, nos encontram com as armas apontadas para eles.

— Camilly e Carlos, vocês estão presos. — O delegado deu voz de prisão e na sequência começou a ler os seus direitos. Camilly faz uma cara assustada, erguendo suas mãos para o alto, mas o Carlos tentou fugir. Os policiais correm em sua direção e o alcançam. Logo os dois estavam devidamente algemados e foram levados para o carro da polícia. Nós adentramos ainda mais o sítio, avançando os matos altos e aos gritos, chamando pelo nome de Ana.

— Ana? — gritei olhando para todos os lados, com a ajuda de uma lanterna. Para a minha felicidade, ela saiu de trás de um imenso tronco oco. Ana parecia desesperada e ainda está chorava muito.

Oh, meu Deus! Ansioso, corri ao seu encontro. Puxei-a para os meus braços e beijei o seu rosto molhado, e depois de tentar acalmá-la, sem êxito algum, eu caminhei apressado para o meu carro. Me acomodei no banco traseiro e a pus em meu, segurei o seu rosto e o beijo calidamente várias vezes.

— Vai ficar tudo bem, amor! — falei baixinho. Ela apenas chorava baixinho. Sua cabeça se inclinou, e ela a apoiou em meu peito.

— Vamos direto para o hospital, Emerson — ordenei e ele assentiu. Enquanto dirigia, Marcos fez uma ligação para a doutora Kyara.

— Tudo certo, Luís. Ela já está indo para a clínica — avisa. Eu não o respondi, fiquei quieto, escutando o seu choro baixo, enquanto lhe dava pequenos beijos cálidos em sua testa, rosto e cabelos.

Preciso saber se ela está bem, preciso saber se os bebês estão bem. Não ficarei tranquilo enquanto não tiver certeza disso.

Durante o caminho, sinto a Ana mais calma. Ela parece sonolenta e o choro aos poucos estava cessando. E quando o carro estacionou em frente ao hospital, ela já estava mais calma e quase dormindo em meus braços. Horas depois de ter feito um ultrassom e de ter sido medicada, a minha Ana estava em nossa casa, em nossa cama e dormindo em meus braços. Depois de longas horas de angústia, eu finalmente adormeci em seu aconchego. Camilly e Carlos enfim estão presos, sob a acusação de sequestro, perseguição e tentativa de assassinato. Graças ao depoimento que a Ana fez questão de dar ainda no hospital. Quanto ao Augusto, fora constatado que o corte profundo em sua coxa, feito por Ana, para fugir do cativeiro atingiu uma veia do coração, o que o matou em questão de minutos. E quando ela relatou os t***s que Camilly havia dado em seu rosto, fechei minhas mãos em punho. Minha vontade era de estrangular aquela cretina! Mas o fato de ela pegar anos de cadeia já me animava e muito!

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