Jogos de Sedução da lua: Despertar do Desejo romance Capítulo 3747

Bosque de repente se lembrou de algo e virou-se para perguntar: "No dia do socorro, você foi passear com o Kléber?"

Marina estava olhando o celular, com a cabeça baixa, e respondeu distraidamente: "Uhum."

Bosque apertou os lábios, e seu tom era indecifrável: "Encontro depois da apresentação?"

O olhar de Marina mudou e ela inclinou a cabeça para olhar para ele.

Bosque continuou: "Se eu não tivesse ido aquele dia, vocês teriam passado por tudo juntos, ficado ainda mais próximos, quem sabe hoje estariam até comemorando terem escapado juntos, jantando em algum lugar. E eu, sozinho em Cidade Costeira, cuidando de um apartamento vazio, com dor nas costas que ninguém saberia, tristezas que ninguém perceberia."

Ouvindo aquele tom de ciúmes disfarçados de Bosque, Marina não se conteve e quase riu: "Mas você não veio? Suas suposições nem existiram, não vai ficar enciumado ou bravo por algo que não aconteceu, né?"

Bosque lançou-lhe um olhar ressentido.

Marina tomou a iniciativa e segurou a mão dele, que estava apoiada no console central, entrelaçando os dedos, um gesto silencioso que valia mais do que mil explicações.

O trânsito estava carregado e o carro andava devagar, mas mesmo dirigindo com uma mão só, Bosque manteve o controle firme. Ele apertou a mão dela com força, e pareceu que o gesto espontâneo da garota aliviou um pouco seu humor. Olhando para ela, disse: "Da próxima vez, não pode sair sozinha com ele!"

Marina assentiu: "Entendido!"

Só então um leve sorriso surgiu no canto dos lábios de Bosque. No sinal vermelho, ele abaixou-se e beijou o dorso da mão dela. Quando a olhou novamente, seu olhar estava cheio de ternura e brilho. Um simples beijo na mão parecia ter lhe trazido enorme satisfação.

O dorso da mão de Marina ficou quente, como se ainda sentisse o toque suave dos lábios dele. Havia uma alegria incontida em seu olhar, o coração leve como um pássaro livre, batendo de felicidade e contentamento.

Para recepcionar Bosque, o colega Kléber havia escolhido um restaurante sofisticado em São Paulo, com consumo médio acima de dois mil reais por pessoa. Quando Marina e Bosque chegaram, Kléber já os aguardava na porta.

Ao ver Bosque segurando a mão de Marina, o coração de Kléber apertou um pouco ao perceber que eles tinham se reconciliado, mas logo ficou em paz, afinal, todo aquele encontro às cegas não passara de um mal-entendido.

Com um olhar tranquilo, ele se aproximou sorrindo: "Só faltavam vocês dois."

Depois de um primeiro contato meio turbulento, todos eram pessoas diretas e logo sentiram que poderiam ter se tornado amigos há muito mais tempo.

Com o avançar da noite e depois de algumas rodadas de vinho, Benício já estava meio embriagado e ficou ainda mais falante.

Pelo que Benício dizia, Bosque logo percebeu: a família de Kléber tinha influência, a de Benício, dinheiro, mas mesmo quem tem dinheiro às vezes precisa de favores, por isso Benício fazia questão de agradar Kléber.

Depois de beberem duas garrafas do vinho pedido, Benício achou pouco e mandou trazer uma garrafa de sua reserva pessoal do restaurante. Ao abrir, serviu uma taça para Bosque e, com a língua enrolada, disse:

"Cem mil reais a garrafa, Sr. Felipe, já provou dessa?"

E logo colocou uma fatia de foie gras no prato de Bosque, comentando num tom despreocupado:

"Foie gras francês, cada fatia custa mil reais. Sr. Felipe, experimente!"