Jogos de Sedução da lua: Despertar do Desejo romance Capítulo 4949

Ela colocou as roupas que trouxe em cima da cama. "Vista-se sozinha!"

Ao terminar de falar, virou-se e saiu do quarto de Zilda.

Nem todo mundo nasceu para ser mãe; ela não conseguia consolar Zilda, nem queria conversar sobre aquele assunto.

Nico esperou um pouco no quintal até ver as duas saindo do quarto.

Zilda já havia trocado de roupa, vestindo o conjunto novo que Tânia comprara para ela. Não era vestido, nem tinha rendas ou detalhes delicados de menina; era um conjunto esportivo roxo.

Os traços de Zilda eram delicados e bonitos; agora, limpa e com roupas novas, parecia outra pessoa.

"Que linda!" Nico elogiou sem conter o entusiasmo, lançando também um olhar de admiração para Tânia.

Tânia manteve a expressão serena, arrumou todo o quintal e se preparou para ir embora.

Nesse momento, a avó Guedes voltou, olhou para Tânia e Nico, depois para Zilda, surpresa. "Mas, o que…?"

Zilda correu até ela. "Vovó, minha irmã cortou meu cabelo. Ficou bonito?"

O rosto da avó Guedes se iluminou com um sorriso, e o cansaço pareceu sumir de repente. "Eu mandava você cortar, você não queria. Agora até que ficou obediente!"

Depois de dizer isso, a idosa voltou-se para Tânia e Nico. "Obrigada, obrigada por cuidarem da Zilda."

"Não precisa agradecer!"

Nico sabia que Tânia não era de fazer gentilezas, então respondeu pela amiga.

A senhora largou os papéis que recolhera no quintal e, um pouco constrangida, convidou: "Sentem-se, por favor, não fiquem de pé."

"Obrigada, mas não. Já está escurecendo, precisamos ir." Tânia respondeu.

"Não vão embora. Vocês também compraram as roupas da Zilda, não foi? Deixem-me pagar por elas." A idosa disse, indo em direção ao quarto para pegar o dinheiro.

Tânia foi atrás dela. "Não precisa, foi um presente para a Zilda."

A senhora ficou com o rosto cheio de culpa. "As roupas da Zilda sempre foram doadas por um parente, mas ele só tem meninos, então ela sempre se vestiu como menino. Ela nunca me disse que não gostava, mas eu sabia. Ela quase nunca brincava com os colegas, tinha medo de que rissem dela."

Sua voz vinha carregada de uma culpa impotente. "A culpa é minha, não cuidei bem dela!"

"Não precisa agradecer."

Tânia continuava sem palavras calorosas de consolo, mas um olhar ou um gesto seu transmitiam uma segurança imensa.

Nico, de longe, via as luzes começando a acender e o reflexo delas em seus olhos.

"Até amanhã!" Zilda acenou animada para eles.

Tânia virou-se e saiu com Nico.

Já dentro do carro, Nico olhou para Tânia com um sorriso inocente. "Mana, posso ir trabalhar com você amanhã?"

Tânia manteve o olhar firme adiante, o rosto foi se fechando, até que, de repente, deu-lhe um soco!

Nico desviou rapidamente, fingindo alívio por escapar por pouco.

"Tudo bem, não precisa me levar, mas também não precisa ser tão brava!"