Lembranças das noites quentes de verão romance Capítulo 210

Saí do banho e peguei a toalha, me enxugando com um pouco de dificuldade. Meus pés estavam inchados e os lábios também. Enquanto penteava os cabelos, senti um líquido quente escorrendo pelas minhas pernas.

Meu coração acelerou. Fui até o quarto e disse para Charles, que estava lendo um livro para Melody, deitados na cama:

- “El cantante”... Eu acho que Alice quer conhecer a família.

Os dois me olharam imediatamente:

- Como assim? – Ele perguntou.

- Eu quis dizer que está na hora do parto, porra! – Gritei.

Ele levantou imediatamente. Melody saiu correndo, gritando:

- Vai nascer! Alice vai nascer!

Charles veio até mim, fazendo perguntas aleatórias, sem tomar nenhuma atitude. Quando percebi, Yuna, Min-ji, minha mãe e Colin estavam ali, todos falando ao mesmo tempo, me deixando zonza.

- Eu acho que temos que chamar uma ambulância. É perigoso levá-la ao Hospital no carro. E se o bebê nasce no meio do caminho? – Colin sugeriu.

- Teríamos que fazer o parto? – Charles enrugou a testa, confuso.

- Pensa na sujeira que daria no carro... Acho que só comprando outro depois, porque tenho a impressão que sangue não sai.

- E teríamos que levar uma tesoura junto... Caso nasça no carro? Acho que tem razão... Vamos chamar uma ambulância. – Charles concordou.

- Estão loucos? – Yuna os olhou, vindo até mim.

- Existem homens... E homens burros. Vocês fazem parte dos homens burros. – Olhei para os dois, furiosa.

- Meu amor... Não é nada seguro você ter o bebê no carro – Charles me olhou – E se der algo errado no caminho?

- Quer que eu tenha o bebê em casa, porra? Eu preciso de um médico... Ir ao Hospital.

- Yuna é médica, pode fazer o parto. – Colin sugeriu, orgulhoso.

- Você é patético. – Yuna o olhou, enquanto Calissa pegava a mala pronta com minhas coisas e as do bebê.

- Mas querida... É muito arriscado colocá-la assim no carro. – Colin continuou.

- Eu sou pediatra, Colin e não obstetra. Ela não vai ter o bebê no carro. Começaram as contrações? – Ela me perguntou.

- Sim... – Respirei fundo, enquanto descíamos o primeiro degrau, ela com a mão na minha.

Charles pegou-me no colo, descendo o restante dos lances de escada:

- Vai ficar tudo bem... Eu estou aqui. – Ele me olhou ternamente.

Toquei seu rosto e disse, rindo:

- Eu estou bem... Alice não vai nascer no carro e não precisamos de uma ambulância. É só você me colocar no carro e levar-me ao hospital...

- Porra, eu estou sentindo mil coisas dentro de mim... Perdoe-me, mas não sei como agir. – Confessou.

- Só não agir como Colin, pensando na sujeira no carro. – Falei no ouvido dele, que riu.

- Pode ensanguentar o nosso carro. – Ele brincou.

Balancei a cabeça:

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