- Tudo bem? – Ele perguntou.
- Tudo bem sobre você me comer na água? – Respondi com outra pergunta, rindo.
- Tudo bem sobre eu comer você todos os dias, em diferentes lugares?
- Eu ainda sinto frio na barriga quando olho para você. – Confessei.
- Eu ainda sinto desejo, carinho, vontade de ficar agarrado em você para sempre... Como quando a vi pela primeira vez.
- Me beija, Charles... Me beija até enjoar da minha boca.
- Jamais vou enjoar da sua boca... – Ele mordeu meu lábio inferior, puxando com os dentes vagarosamente.
Sorri, enquanto envolvia a boca dele dentro da minha, procurando sua língua quente e macia, que me pertencia inteiramente.
Eu era completamente louca de amor por aquele homem.
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- Bem, o Estado reconhece a culpa pela sua prisão de forma injusta, Charles. – Colin falou.
- E o que pretendem fazer quanto a isto?
- O chefe de Polícia da cidade, que fez a sua prisão e investigação será afastado. E você receberá um valor razoável pelo tempo que esteve na cadeia, julgado e condenado por um crime que não cometeu.
- Quanto? – Charles perguntou imediatamente, me surpreendendo, pois ele nunca se importava muito com valores.
- Ainda não foram feitas as contas, mas acredito que o suficiente para você viver bem pelo resto da sua vida.
- Eu nunca achei que havia um valor que fosse suficiente para cobrir o tempo que estive preso e afastado de tudo.
- Concordo com você. Mas ao mesmo tempo, não aceitar seria burrice.
- Eu vou aceitar. Quero muito comprar o Cálice Efervescente e manter meu próprio bar.
- Por que tem que ser exatamente este lugar? – Colin arqueou a sobrancelha.
- Porque tem um significado muito especial para mim. – Ele me olhou.
Sim, era o “nosso lugar”, onde nos conhecemos. E eu lembrava como se fosse hoje o momento que quase caí, sendo amparada por ele e me perdendo naqueles olhos verdes pela primeira vez.
- Acha que demorará muito para que Charles receba o valor? – Perguntei.
- Não há como dar-lhes um prazo. Não costuma ser demorado, mas por ser um valor alto, talvez não seja tão rápido como de costume.
- E o que vai acontecer com a garota que mentiu? – Charles questionou.
- Foi presa e solta sob fiança. Será aberto um processo contra ela. Poderia fazer um pessoal, caso queira.
- Não... Chega de processar a todos que nos prejudicaram de alguma forma. Se fosse pelo dinheiro ficaríamos podres de ricos. – Ele me olhou, rindo.
- Sim, concordo. O que importa é sabermos que não ficará impune. A mentira dela lhe trará consequências.
Eu já estava num ponto que, qualquer coisa após a prisão de meu pai, era bônus.
Colin havia nos ajudado muito com as questões jurídicas. Mas ainda assim a sorte não sorria para nós em algumas situações. O edifício da J.R Recording ainda não havia sido vendido, Charles demoraria para receber o valor devido pela sua prisão de forma injusta e eu havia voltado a estudar, o que fazia termos que investir um valor razoável mensal.
Embora eu tivesse ganhado a ação contra Rachel Roberts, que envolvia sua família inicialmente, por ela ser menor de idade, a sentença da garota foi prestar serviços comunitários e desculpar-se comigo frente à toda comunidade escolar da Escola Progresso. Ela fez uma carta, mencionando arrependimento por sua ação e explicando que não pensou nas consequências.
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