Sem se atrever a ficar mais, a sra. Cloude partiu logo em seguida.
Adam entrou no quarto e parou na frente da cama, pousando os olhos fundos em Thalia, que abaixou a cabeça e comprimiu os lábios, quieta.
"O que você gostaria de comer esta noite?"
Ele perguntou calmo, deixando-a atordoada.
Embora o sistema de isolamento acústico do quarto fosse bom, a voz da mãe dela estava bastante alterada. Adam estava do outro lado da porta, ele devia ter ouvido o conteúdo da conversa.
Ela pensou que ele reagiria com raiva, não esperava que ele apenas perguntasse o que ela queria comer à noite.
Ela levantou os olhos e respondeu: "Tanto faz".
Adam assentiu e se virou para descer. Após poucos minutos, Thalia ouviu o som de água fluindo. Parecia que ele estava lavando vegetais.
Meia hora depois, ela sentiu o cheiro da sopa.
Então, o som de passos ficou mais alto. Adam parou na porta do quarto. "Você quer descer para a sala de jantar ou quer que eu leve a sopa para você?"
Thalia tinha ficado deitada na cama o dia inteiro, então não queria mais ficar lá. Ela se levantou em silêncio e, quando ia calçar os sapatos, ele entrou e a pegou no colo, levando-a escada abaixo até colocá-la na cadeira de jantar, que era forrada com uma almofada grossa, bastante confortável e aconchegante.
Havia sopa de frango na frente dela.
Ela tinha visto na Internet que aquela sopa era ideal para mulheres grávidas, tanto para a mãe quanto para o bebê.
Percebendo que ele devia ter pesquisado ou perguntado para alguém, ela teve uma sensação estranha.
Ele odiava tanto a criança antes, como poderia estar agindo daquela forma agora?
Sem pensar muito sobre o assunto, ela deu um gole da sopa.
Era fresca e ligeiramente doce, mas faltava sal, como faltara no macarrão vegetariano que ele tinha feito pela manhã.
Depois que Thalia terminou todo o bowl, Adam se sentou à frente dela e disse: "Há mais na panela. Você quer mais?".
Ela negou com a cabeça.
Ele, então, pegou o bowl dela e o encheu novamente com sopa; depois começou a tomá-la.
Assim que tomou um gole, franziu a testa. "Por que tem um gosto tão estranho? Eu esqueci de adicionar algo?"
Ele deu outro gole e fanziu mais a testa. Embora fosse mais inteligente do que as pessoas comuns, nunca havia cozinhado antes. Ficou sem entender o motivo do gosto por um tempo.
Thalia explicou, calma, "Você não adicionou sal".
Adam ficou chocado de repente e deixou cair a colher no bowl.
Então, ele se lembrou de que também não colocara sal no macarrão da manhã e que Thalia tinha comido tudo mesmo assim. Agora não colocara sal na sopa e ela também tinha tomado tudo.
Ele abaixou a cabeça e deu outro gole na sopa. Embora fosse fresca, era sem graça e sem sal.
Ele não queria tomar mais nada depois de duas colheredas.
Ficou pensando em como Thalia havia conseguido terminar aquele bowl, e a fitou com sentimentos conflitantes.
"Vou contratar uma enfermeira para você amanhã."
Thalia não respondeu, apenas se levantou para caminhar até a sala, mas Adam logo se aproximou e a pegou no colo. Ele a levou de volta para o quarto no andar de cima e a colocou com cuidado na cama.
Thalia fechou os olhos.
Mesmo que todo o cuidado fosse falso, ela ainda estava disposta a aceitar.
Ela iria morrer em breve. Esse pouco de doçura podia ser um presente de Deus.
Pensando nisso, abriu um sorriso. "Obrigada."
A mão de Adam congelou. "Você é minha esposa. É meu dever cuidar de você."
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Lembranças Perdidas
Agora esperando mais capítulos apos o 178🥺...
Bom dia. Gostaria de ler mais capítulos deste romance. Estou adorando. Obrigado...