Loucos Por Ela romance Capítulo 15

Felipe

Ao deixar a pulseira de Allana, segui para o meu apartamento sem conseguir tirar da cabeça a cena que acabara de presenciar. Ela é simplesmente linda e vê-la vestida daquela maneira me fez desejá-la ainda mais e, apesar de já ter bebido algumas doses na casa da Bia, definitivamente hoje eu preciso de outras, ou não conseguirei dormir.

Fui para a varanda e fiquei ali pensando em todos os planos que havia feito para quando a conhecesse, tudo que gostaria de lhe dizer e agora percebo que não posso fazer nada, além de tentar esquecê-la. Dói saber que tudo que almejei que pudesse se tornar realidade, foi apenas uma ilusão e diante da situação uma lágrima insiste em descer e molhar meu rosto.

Como um refúgio para tentar me livrar da culpa por estar apaixonado pela namorada do meu amigo e do sentimento de angústia e tristeza que isso me causa, abandonei o copo e peguei a garrafa, que sem dúvidas será minha melhor companhia para essa noite catastrófica da minha vida. Permaneci ali não sei por quanto tempo e quando já não tinha mais o que lamentar, levantei apoiando-me nos móveis e fui para a cama.

Acordei com uma püta dor de cabeça e transpirando muito, pois ontem eu não estava em condições nem de ligar o ar condicionado. Fiquei deitado com os braços atrás da cabeça olhando para o teto e me lembrando da noite de ontem… poderia ter sido um sonho ruim, mas infelizmente não foi e agora eu tenho que me conformar que ela realmente namora o Igor e está apaixonada por ele.

E por falar nisso… onde será que ele estava quando fui deixar a pulseira? Ao julgar pela forma como ela saiu vestida, com certeza meu amigo não estava lá e Allana pensou se tratar dele, ou ela não teria saído para abrir a porta somente de lingerie, que aliás, isso me deixou de pau duro, afinal, faz algum tempo que estou me aliviando sozinho.

Tomei um banho rápido para tirar o cheiro do álcool misturado com suor que exalava de meu corpo, escovei os dentes e tomei uma aspirina. Assim que melhorei resolvi me exercitar, pois essa é a melhor forma de descontar o que estou sentindo e manter o pensamento distante desse assunto, então vesti uma roupa de treino e desci.

Ao chegar na academia, parei. Como vou esquecê-la se ela está em todos os lugares? E o pior é que para completar, está sozinha e treinando glúteos nessa posição tentadora! O desejo é grande e eu não posso me permitir ficar no mesmo ambiente que ela, muito menos a sós e nessas condições. Melhor evitar…

Virei as costas e voltei para meu apartamento e ao entrar, me joguei no sofá. Eu ainda não consigo acreditar que isso está acontecendo comigo… parece mentira, mas não é! O que eu vou fazer para acabar com esse sentimento, se não consigo tirá-la do pensamento? "Droga!"

A campainha tocou e fui atender, vi pelo olho mágico que tratava-se de Caio.

— Bom dia, irmão! Trouxe café da manhã para nós. — Proferiu entrando e eu fechei a porta.

— Bom dia, cara. Valeu!

— Imagino que esteja precisando conversar… Como você está? — Perguntou ao deixar as sacolas na cozinha.

— Pode falar que você me avisou! Sei que fui um otáriø em criar expectativas.

— Não vou falar isso porque imagino como deve estar se sentindo! Se tivesse visto sua reação quando Bia os apresentou devidamente… por isso tentei controlar a situação e sem querer te desanimar mais, mas acho que a Beatriz percebeu, pois a reação de Allana foi bem parecida.

— Nossa… só faltava! — Expressei e ele riu.

— Mas e aí, como foi quando foi deixar a pulseira? O que sentiu ao ver os dois juntos no apartamento dela?

— Ele não estava lá!

— Não estava ou você não o viu?

— Não estava! — Afirmei.

— E como pode ter tanta certeza disso?

— Porque quando toquei a campainha ela abriu a porta vestida somente com uma lingerie, pois com certeza pensou que era ele.

— Nãaaaoo… jura? — Indagou desacreditado e eu assenti. — Mas e aí, o que você fez?

— Como o que eu fiz? O que mais eu poderia fazer? Fiquei encarando ela igual um tontø sem conseguir dizer nada até ser questionado do por que estava ali, depois entreguei a pulseira e saí logo de lá. — Expliquei e ele permaneceu descrente.

— Mano, não tô conseguindo acreditar ainda!

— Nem eu! — O riso veio em seguida.

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