Continuação…
Allana
Continuamos conversando e trocando carícias e enquanto ele entrelaçava seus dedos nos fios do meu cabelo, eu usava os meus para contornar as tatuagens de seu braço.
— Tem vontade de fazer alguma? — Perguntou sem parar com os carinhos.
— Tenho sim! Gus e eu quase fizemos uma de irmãos, mas na última hora eu desisti. Fiquei com medo de doer muito.
— É uma dor suportável... você faz a primeira e não quer parar mais. Chega a ser viciante. — Sua explicação me deixou curiosa.
— Pensa em fazer mais alguma?
— Sim... só não pensei no desenho ainda, mas com certeza farei.
— Gosto dessa que tem em seu braço e desce no peito... acho que é o lugar mais sexy para tatuagens masculinas. — O encarei e ele sorriu.
— Sabe o que eu acho sexy?
— O que?
— Piercing no umbigo. — Passou a mão em cima do meu e eu me arrepiei.
Esse jogo está começando a ficar perigoso.
— E tatuagens? Qual região você gosta mais para mulheres? — Tentei me manter firme, mas essa tarefa estava um tanto árdua.
— O meio das costas! — Sei muito bem o porquê dessa resposta.
Suas mãos não paravam de alisar minha pele e estar tão próxima a ele, dificultava mais ainda manter os pensamentos limpos, mas como tudo que é bom dura pouco, acabou acontecendo um acidente.
— Ai! — Reclamei levando a mão no olho.
— O que houve?
— Acho que algum inseto me picou! — Expliquei e ele se preocupou.
— Deixa eu ver… — Nos sentamos e eu tirei a mão para que ele pudesse analisar.
— Ao que tudo indica foi uma abelha! — Comunicou ao ver que o jardineiro do vizinho estava podando as árvores e havia um enxame alvoroçado pelo quintal.
— Está doendo muito. — Meu olho lacrimejou.
— Vamos lá para dentro que eu vou cuidar disso.
Seguimos para o interior da casa e eu fiquei na sala de estar enquanto ele foi pegar a maleta de primeiros socorros. Ao retornar, sentou-se ao meu lado e começou com os cuidados.
— Nós já vivemos uma cena parecida, mas em posições contrárias! — Comentou enquanto tirava o ferrão de minha pálpebra.
— É verdade! Apesar dos acontecimentos, aquele dia foi gostoso.
— Foi sim…
Calamos por um momento e acho que ambos estávamos lembrando daquela noite.
— Está muito inchado? — Perguntei enquanto ele limpava o local.
— Um pouco… Tome esse anti-histamínico para ajudar a aliviar a coceira e vamos fazer uma compressa fria para diminuir o inchaço. — Entregou-me o comprimido e eu engoli acompanhado de água.
— Eu quero ver! — Peguei um espelho e me assustei com o que vi. — Ah não... Eu tô horrível! — Tapei o olho e ele lentamente tirou minha mão.
— Isso não é nada… Você é linda!
Eu não conseguia parar de encarar aquela boca vermelha de formato perfeito e seu hálito fresco, aumentava o meu desejo de novamente sentir seu sabor. Me aproximei e como ele não recuou, tomei seus lábios em um beijo calmo e prazeroso.
Minha língua invadiu sua boca e no mesmo instante ouvi um gemido escapar dele. Uma de suas mãos segurou firme em minha nuca e a outra aproximou nossos corpos. Sua boca se movia de forma suave e ao mesmo tempo intensa e o fogo já se consumia no meio de minhas pernas. Só ele consegue me fazer sentir assim e o que eu mais queria era conseguir lhe dizer.
Nos afastamos e sorrindo, ele segurou meu rosto e me deu um selinho.
— Vamos fazer uma compressa e até a noite seu olho vai estar desinchado. — Ele não mencionou nada sobre o ocorrido e eu achei melhor também não falar.
— Tudo bem… — Concordei e ele continuou.
— Vou pegar uma bolsa de gelo.
— Ok… te espero na piscina!
Já do lado de fora, sentei em uma espreguiçadeira e logo ele chegou pedindo espaço e sentou-se na mesma cadeira. Ao se acomodar, puxou-me para deitar em seu colo e ele mesmo repousou a bolsa sobre a região afetada.
Tempo depois, o gelo derreteu e então coloquei meus óculos para esconder o local. Permanecemos na mesma posição e em seguida nossos irmãos chegaram.
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