Loucos Por Ela romance Capítulo 30

Felipe

Confesso que quando presenciei aquela cena, a vontade que tive foi de matá-lø, mas ao ouvir Allana pedindo desesperadamente para que eu parasse, me controlei e saí de cima dele. Tudo que eu não quero é assustá-la mais, então o coloquei para fora e fiz o que pude para acalmá-la.

A mesma foi tomar banho e eu cuidei de todo o resto e assim que terminei de limpar a desordem que fizemos, chamei o chaveiro e reclamei com o síndico, que ficou responsável por tomar as decisões cabíveis.

Logo ela voltou, com os cabelos molhados e um cheiro maravilhoso que exalava de sua pele e invadiu todo o ambiente. Isso é uma tortura, meu Deus!!! Como é bela!!!

Ela insistiu para que eu a deixasse limpar o machucado em minha sobrancelha e é claro que eu concordei. No início disse que estava bem e que não havia sido nada demais, mas foi só para não preocupá-la! A verdade é que está doendo pra caralhø e tudo que mais quero é que suas delicadas mãos cuidem disso o quanto antes! O problema é que bem na hora o chaveiro chegou e tivemos que adiar.

Allana explicou vagamente a situação a ele e o profissional recomendou que fosse feita a troca da fechadura atual, pela digital, assim poderia cadastrar as impressões de quem é beneficiado com acesso livre, aumentando a segurança e também ficando livre das chaves. Ela adorou a ideia e após tudo pronto, fez o pagamento e ele se retirou, então voltamos para a sala.

— Pronto… já está segura de novo! — Pronunciei ao me sentar e ela soltou o ar aliviada.

— Graças a Deus! Ou não conseguiria dormir! — Pegou a maleta e veio até mim. — Encoste-se aqui e deixe que eu cuide de você agora!

Claro que fiz o indicado! Encostei no sofá e ela se ajoelhou no assento ao lado e seus belos par de seios ficaram bem na altura de meus olhos, então tive que fechá-los para evitar a tentação. Permaneci firme, apenas sentindo seu cheiro suave, enquanto ela limpava o corte com gase e soro fisiológico, pouco tempo depois, anunciou.

— Terminei! O local está lesionado com um pequeno corte, mas não precisa de pontos. Vou pegar uma compressa fria para não inchar. Já volto. — Foi até a cozinha, voltou com uma bolsa de gelo e me entregou.

— Obrigado! — Coloquei sobre o olho direito e ela foi guardar a maleta e quando voltou, já veio falando:

— Felipe, mais uma vez agradeço por tudo que está fazendo por mim, mas não quero continuar atrapalhando… você tem seus afazeres… pode ir tranquilo. — Tirei a bolsa do olho e a encarei, indagando seriamente.

— Você está me mandando embora? — Ela me olhou apreensiva e com certeza estava tentando encontrar uma resposta, então sorri para tranquilizá-la. — Relaxa, eu estou brincando! — Senti o clima tenso sumindo quando vi se formar em seus lábios um sorriso carismático.

— Ai, seu bobo! — Ela estava visivelmente envergonhada.

— Já disse para ficar despreocupada! Os documentos que precisavam de minha assinatura agora já devem estar nas mãos de seu irmão. Aliás, esse foi o motivo pelo qual demorei para voltar naquela hora, fui até a empresa resolver isso e agora posso ficar aqui contigo… se você quiser, é claro!

— Por mim tudo bem! — Essa resposta me deixou feliz.

— Vai descansar um pouco… seus olhos estão vermelhos… deve estar com sono.

— Não quero! Prefiro ficar aqui!

— Então vamos conversar… — Falei e ela reclinou o sofá e sentou-se de lado, ficando virada de frente para mim, dobrou as duas pernas para trás e apoiou no encosto.

— Vamos! Deite e mantenha a compressa no olho.

Como vou contrariar uma ordem vinda direto dela?

— Você que manda! — Proferi, ela sorriu e eu continuei. — Me conta um pouco sobre a sua carreira… quando começou a trabalhar como modelo?

— Quando eu tinha 3 anos! — Eu a olhei surpreso.

— Está falando sério?

— Sim. Minha mãe só comprava roupas da Lacoste Kids para o Gus e para mim, aí um dia recebemos um convite para fazer uma campanha entre irmãos e nossos pais deixaram. Começamos a fazer todas as campanhas da marca e depois de outras, até que meu irmão alcançou uma certa idade e começou a se interessar pelos assuntos da empresa e acabou desistindo, mas eu continuei.

— Você nunca teve mesmo nenhum interesse pela empresa?

— Não! Meu pai sempre insistiu muito e o Gus então… nem se fala! Mas eu sou mais teimosa do que os dois juntos. — Eu não consegui segurar o riso e ela também não, mas logo me recompus.

— Seu trabalho é espetacular! Dá para ver que gosta do que faz… — Ela não pensou duas vezes para responder.

— Gosto muito!!!

— Você aparenta ser bem nova… tem quantos anos?

— 21…

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