Felipe
Confesso que quando presenciei aquela cena, a vontade que tive foi de matá-lø, mas ao ouvir Allana pedindo desesperadamente para que eu parasse, me controlei e saí de cima dele. Tudo que eu não quero é assustá-la mais, então o coloquei para fora e fiz o que pude para acalmá-la.
A mesma foi tomar banho e eu cuidei de todo o resto e assim que terminei de limpar a desordem que fizemos, chamei o chaveiro e reclamei com o síndico, que ficou responsável por tomar as decisões cabíveis.
Logo ela voltou, com os cabelos molhados e um cheiro maravilhoso que exalava de sua pele e invadiu todo o ambiente. Isso é uma tortura, meu Deus!!! Como é bela!!!
Ela insistiu para que eu a deixasse limpar o machucado em minha sobrancelha e é claro que eu concordei. No início disse que estava bem e que não havia sido nada demais, mas foi só para não preocupá-la! A verdade é que está doendo pra caralhø e tudo que mais quero é que suas delicadas mãos cuidem disso o quanto antes! O problema é que bem na hora o chaveiro chegou e tivemos que adiar.
Allana explicou vagamente a situação a ele e o profissional recomendou que fosse feita a troca da fechadura atual, pela digital, assim poderia cadastrar as impressões de quem é beneficiado com acesso livre, aumentando a segurança e também ficando livre das chaves. Ela adorou a ideia e após tudo pronto, fez o pagamento e ele se retirou, então voltamos para a sala.
— Pronto… já está segura de novo! — Pronunciei ao me sentar e ela soltou o ar aliviada.
— Graças a Deus! Ou não conseguiria dormir! — Pegou a maleta e veio até mim. — Encoste-se aqui e deixe que eu cuide de você agora!
Claro que fiz o indicado! Encostei no sofá e ela se ajoelhou no assento ao lado e seus belos par de seios ficaram bem na altura de meus olhos, então tive que fechá-los para evitar a tentação. Permaneci firme, apenas sentindo seu cheiro suave, enquanto ela limpava o corte com gase e soro fisiológico, pouco tempo depois, anunciou.
— Terminei! O local está lesionado com um pequeno corte, mas não precisa de pontos. Vou pegar uma compressa fria para não inchar. Já volto. — Foi até a cozinha, voltou com uma bolsa de gelo e me entregou.
— Obrigado! — Coloquei sobre o olho direito e ela foi guardar a maleta e quando voltou, já veio falando:
— Felipe, mais uma vez agradeço por tudo que está fazendo por mim, mas não quero continuar atrapalhando… você tem seus afazeres… pode ir tranquilo. — Tirei a bolsa do olho e a encarei, indagando seriamente.
— Você está me mandando embora? — Ela me olhou apreensiva e com certeza estava tentando encontrar uma resposta, então sorri para tranquilizá-la. — Relaxa, eu estou brincando! — Senti o clima tenso sumindo quando vi se formar em seus lábios um sorriso carismático.
— Ai, seu bobo! — Ela estava visivelmente envergonhada.
— Já disse para ficar despreocupada! Os documentos que precisavam de minha assinatura agora já devem estar nas mãos de seu irmão. Aliás, esse foi o motivo pelo qual demorei para voltar naquela hora, fui até a empresa resolver isso e agora posso ficar aqui contigo… se você quiser, é claro!
— Por mim tudo bem! — Essa resposta me deixou feliz.
— Vai descansar um pouco… seus olhos estão vermelhos… deve estar com sono.
— Não quero! Prefiro ficar aqui!
— Então vamos conversar… — Falei e ela reclinou o sofá e sentou-se de lado, ficando virada de frente para mim, dobrou as duas pernas para trás e apoiou no encosto.
— Vamos! Deite e mantenha a compressa no olho.
Como vou contrariar uma ordem vinda direto dela?
— Você que manda! — Proferi, ela sorriu e eu continuei. — Me conta um pouco sobre a sua carreira… quando começou a trabalhar como modelo?
— Quando eu tinha 3 anos! — Eu a olhei surpreso.
— Está falando sério?
— Sim. Minha mãe só comprava roupas da Lacoste Kids para o Gus e para mim, aí um dia recebemos um convite para fazer uma campanha entre irmãos e nossos pais deixaram. Começamos a fazer todas as campanhas da marca e depois de outras, até que meu irmão alcançou uma certa idade e começou a se interessar pelos assuntos da empresa e acabou desistindo, mas eu continuei.
— Você nunca teve mesmo nenhum interesse pela empresa?
— Não! Meu pai sempre insistiu muito e o Gus então… nem se fala! Mas eu sou mais teimosa do que os dois juntos. — Eu não consegui segurar o riso e ela também não, mas logo me recompus.
— Seu trabalho é espetacular! Dá para ver que gosta do que faz… — Ela não pensou duas vezes para responder.
— Gosto muito!!!
— Você aparenta ser bem nova… tem quantos anos?
— 21…
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Os comentários dos leitores sobre o romance: Loucos Por Ela
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