Loucos Por Ela Capítulo 37

Felipe
Ao chegar no restaurante, entreguei a chave ao manobrista e fui entrando enquanto ele estacionava, mas assim que passei pela porta meus olhos cruzaram com os de Allana e mesmo de longe, consegui notar seu nervosismo. Ela estava sentada em uma das mesas mais afastadas e acompanhada por minha irmã. Claro que fui cumprimentá-las.
— Olá, meninas! — Pronunciei aproximando-me e minha irmã se levantou para me dar um beijo.
— Irmão, que surpresa boa!
— Olá! — Allana respondeu curta e grossa e Kate continuou.
— Vejo que veio sozinho… é um almoço de negócios?
— Não! Eu me adiantei porque Caio ainda estava ocupado.
— Então senta com a gente! — Sentou-se novamente e apontou uma das cadeiras vagas.
Ao ouvir o convite de minha irmã, a expressão de Allana mudou completamente… o desespero ficou nítido! Eu poderia negar e deixá-la aliviada, porém, preciso entender o porquê minha presença a incomoda tanto.
Sem cerimônias, aceitei o convite e me sentei ao lado de minha irmã. Olhei para sua amiga esboçando um breve sorriso, enquanto ignorava seu olhar de repreensão, puxando conversa.
— Como está, Allana? — Indaguei tranquilamente e ela foi educada, mas ainda rude.
— Bem, obrigada!
O garçom que me viu entrar, chegou até a mesa trazendo-me uma água com gás, como de costume e quando ele se retirou, o celular de Kate começou a tocar.
— Vocês me dêem licença, mas preciso atender… é importante! — Informou após verificar a tela e Allana tentou demonstrar uma calma que era óbvio que ela não estava sentindo.
— Claro, amiga… pode ir tranquila!
Eu sorri, deixando transparecer o prazer que será ficar a sós com ela.
— Sem pressa, maninha!
Kate sorriu discretamente, levantou e se afastou e enquanto isso, Allana tentava esconder a todo custo seu incômodo. Eu não ia desperdiçar a oportunidade de tentar entendê-la e sem perder mais tempo, falei de uma vez:
— Por que minha presença te incomoda tanto? — Interroguei olhando em seus olhos e ela se fez de desentendida e disfarçou rapidamente.
— Não sei do que está falando!
— Disso! — Afirmei e ela tentou se esquivar, mas eu insisti.
— Felipe, por favor…
— Por que você é tão teimosa? Custa admitir que me quer tanto quanto eu te quero?
— Eu não sou teimosa, mas sim, decidida! Isso é teimosia para você? Seu pensamento só prova que nunca daríamos certo.
A resposta dela deixou-me desconcertado, mas logo retomei a postura.
— Está tentando se iludir e acreditar em algo que sabemos que é da boca para fora. Allana, somos adultos e desimpedidos. Está na cara que sente algo por mim e está se esforçando para negar. Abra seu coração e permita-se amar e ser amada! — Ela engasgou com o suco, se recompôs e gargalhou, deixando-me perplexo.
— Eu me amo e é exatamente por isso que quero curtir minha vida a cada instante, sem nenhum homem tentando fazer papel de macho alfa. Você é quem está com esse pensamento, supondo que estou me iludindo e negando sentimentos que nem existem, mas quem está equivocado é você. Aceite, o máximo que pode acontecer é sermos amigos. — Alegou chamando o garçom e pediu outra bebida.
Fiquei observando sua postura e ela evitava a todo custo olhar em meus olhos. O líquido solicitado chega, o garçom deixa em sua frente e se retira. Ela vai pegar o copo e eu seguro em sua mão, chamando sua atenção para mim. Aqueles lindos olhos azuis transmitiam um misto de sentimentos… raiva, luxúria, medo e as faíscas que deles saiam, deixaram-me duro, como nunca fiquei. Desejava ser queimado pelas chamas que ela com certeza estava contendo no meio daquelas pernas.
me solta! O que pensa que está fazendo? — O tom de sua voz vacilou e seu olhar desviou-se
não deixar passar esse momento oportuno, me levantei sem soltá-la, mudei de lugar e aproximei meu corpo do dela, fazendo-a retroceder e ficar prensada contra a
Olhe para mim, Allana. Veja e diga-me se estou mentindo… — Pedi carinhosamente segurando em seu queixo e enquanto ela me olhava fixamente, coloquei sua mão sobre meu peito e completei o que estava dizendo. — Sente como ele bate forte? Isso é o que causa em mim! Allana, você mexe comigo, como ninguém
estava fixo, sua mão suava frio, seus lábios estavam secos e ela os umedecia o tempo
Se continuar a me provocar, umedecendo seus lábios continuamente, verá que minha língua fará um trabalho ainda melhor que a sua. — Falei e um sorriso travesso
Felipe, pare com essas conversas loucas! Está levando nossa conversa "civilizada" para um rumo impróprio. Vamos mudar de assunto e por favor, volte ao seu lugar. — Pediu e eu sorri e mordisquei meu lábio
quero! Permanecer ao seu lado é tão bom… seu perfume me deixa inebriado. — Comentei e aproximei meu rosto de seu pescoço para sentir ainda mais seu aroma e pude perceber sua respiração quente e irregular. Com certeza eu estava mexendo
por alguns instantes na mesma posição e era como se alí só existíssemos nós dois, até voltarmos a realidade com uma voz estridente ecoando pelo