Loucos Por Ela Capítulo 84

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Continuação…

Allana

Continuamos conversando e trocando carícias e enquanto ele entrelaçava seus dedos nos fios do meu cabelo, eu usava os meus para contornar as tatuagens de seu braço.

— Tem vontade de fazer alguma? — Perguntou sem parar com os carinhos.

— Tenho sim! Gus e eu quase fizemos uma de irmãos, mas na última hora eu desisti. Fiquei com medo de doer muito.

— É uma dor suportável... você faz a primeira e não quer parar mais. Chega a ser viciante. — Sua explicação me deixou curiosa.

— Pensa em fazer mais alguma?

— Sim... só não pensei no desenho ainda, mas com certeza farei.

— Gosto dessa que tem em seu braço e desce no peito... acho que é o lugar mais sexy para tatuagens masculinas. — O encarei e ele sorriu.

— Sabe o que eu acho sexy?

— O que?

— Piercing no umbigo. — Passou a mão em cima do meu e eu me arrepiei.

Esse jogo está começando a ficar perigoso.

— E tatuagens? Qual região você gosta mais para mulheres? — Tentei me manter firme, mas essa tarefa estava um tanto árdua.

— O meio das costas! — Sei muito bem o porquê dessa resposta.

Suas mãos não paravam de alisar minha pele e estar tão próxima a ele, dificultava mais ainda manter os pensamentos limpos, mas como tudo que é bom dura pouco, acabou acontecendo um acidente.

— Ai! — Reclamei levando a mão no olho.

— O que houve?

— Acho que algum inseto me picou! — Expliquei e ele se preocupou.

— Deixa eu ver… — Nos sentamos e eu tirei a mão para que ele pudesse analisar.

— Ao que tudo indica foi uma abelha! — Comunicou ao ver que o jardineiro do vizinho estava podando as árvores e havia um enxame alvoroçado pelo quintal.

— Está doendo muito. — Meu olho lacrimejou.

— Vamos lá para dentro que eu vou cuidar disso.

Seguimos para o interior da casa e eu fiquei na sala de estar enquanto ele foi pegar a maleta de primeiros socorros. Ao retornar, sentou-se ao meu lado e começou com os cuidados.

— Nós já vivemos uma cena parecida, mas em posições contrárias! — Comentou enquanto tirava o ferrão de minha pálpebra.

— É verdade! Apesar dos acontecimentos, aquele dia foi gostoso.

— Foi sim…

Calamos por um momento e acho que ambos estávamos lembrando daquela noite.

— Está muito inchado? — Perguntei enquanto ele limpava o local.

— Um pouco… Tome esse anti-histamínico para ajudar a aliviar a coceira e vamos fazer uma compressa fria para diminuir o inchaço. — Entregou-me o comprimido e eu engoli acompanhado de água.

— Eu quero ver! — Peguei um espelho e me assustei com o que vi. — Ah não... Eu tô horrível! — Tapei o olho e ele lentamente tirou minha mão.

— Isso não é nada… Você é linda!

Eu não conseguia parar de encarar aquela boca vermelha de formato perfeito e seu hálito fresco, aumentava o meu desejo de novamente sentir seu sabor. Me aproximei e como ele não recuou, tomei seus lábios em um beijo calmo e prazeroso.

Minha língua invadiu sua boca e no mesmo instante ouvi um gemido escapar dele. Uma de suas mãos segurou firme em minha nuca e a outra aproximou nossos corpos. Sua boca se movia de forma suave e ao mesmo tempo intensa e o fogo já se consumia no meio de minhas pernas. Só ele consegue me fazer sentir assim e o que eu mais queria era conseguir lhe dizer.

Nos afastamos e sorrindo, ele segurou meu rosto e me deu um selinho.

— Vamos fazer uma compressa e até a noite seu olho vai estar desinchado. — Ele não mencionou nada sobre o ocorrido e eu achei melhor também não falar.

— Tudo bem… — Concordei e ele continuou.

— Vou pegar uma bolsa de gelo.

— Ok… te espero na piscina!

Já do lado de fora, sentei em uma espreguiçadeira e logo ele chegou pedindo espaço e sentou-se na mesma cadeira. Ao se acomodar, puxou-me para deitar em seu colo e ele mesmo repousou a bolsa sobre a região afetada.

Tempo depois, o gelo derreteu e então coloquei meus óculos para esconder o local. Permanecemos na mesma posição e em seguida nossos irmãos chegaram.

— Quanto tempo nós ficamos fora? — Kate olhou para o Gus e os dois nos encararam surpresos.

Parece que muito! — Meu irmão proferiu e todos rimos, então Felipe explicou.

— Allana foi picada por uma abelha e eu estava ajudando com os cuidados necessários. — Apontou a compressa que estava ao lado e eu levantei os óculos mostrando o resultado.

Nossa amiga, justo hoje que teremos o jantar de aniversário!

— Ela já tomou um anti-alérgico e agora vou pegar uma pomada com os mesmos critérios… daqui a algumas horas estará melhor. — A preocupação dele é evidente. — Vocês querem beber alguma coisa?

— Eu quero uma cerveja! — Gustavo respondeu.

Eu não quero nada, mas acho que eu vou entrar na piscina! — Minha amiga pronunciou e meu irmão, muito solidário, designou-se a acompanhá-la.

— Eu te faço companhia! — Os dois pularam na água de roupa mesmo.

Quer um suco? — Perguntou ainda sentado no mesmo lugar.

— Não, obrigada!

Tá bom, eu já

saiu e logo retornou com o tubo nas mãos e duas long necks, entregou uma para o Gus e voltou para junto de mim.

os óculos para eu passar! — Fiz o indicado e ele esparramou o creme em cima

todo momento eu via os dois cochichando na piscina e claro que as risadinhas entregavam qual era o

que ele estava mesmo com sede, pois rapidamente bebeu a cerveja e entrou para pegar outra garrafa. Quando estava voltando, o celular de sua irmã fez barulho de

Fe... pega pra mim, por favor?! — Ele caminhou até a mesinha que estavam os celulares, pegou o aparelho e entregou

Acho que também vou me refrescar na piscina… vamos, Felipe? — Convidei indo na direção dele e quando fui tocar em seu braço, ele

Faz o que você quiser. — Após essa grosseria, virou a garrafa e seguiu para o outro lado da residência sem olhar para trás.

sem entender nada e ao julgar pela forma como Kate e Gus me olharam, eles

que aconteceu com ele? — Ela perguntou

faço ideia! — Meu irmão deu um gole na bebida e me perguntou. — Vocês discutiram,

ele saiu daqui numa boa e voltou assim. Eu vou lá falar com

acho melhor você não ir. Conheço bem meu irmão e sei que quando ele fica assim, prefere

Kate, não é normal uma mudança de humor tão brusca desse jeito! Eu quero saber o que

Por enquanto deixa ele sozinho, mais tarde vocês conversam. — Ouvimos o ronco da moto

que queria entender o que houve! Eu não fiz nada para ele me tratar desse jeito. Pelo contrário, nós estávamos nos entendendo aos poucos e do nada ele