Luna, temos quadrigêmeos! romance Capítulo 3

Ponto de vista de Jane

Acreditei que conhecia o luto.

Quando meu marido me transformou em uma escrava e se apaixonou por outra mulher, imaginei que nada poderia ser mais doloroso. Então minha mãe morreu. Perdi todo o dinheiro que ganhei no divórcio tentando salvá-la, mesmo assim não foi o suficiente. Eu estava sozinha e com o coração partido, mal conseguia colocar um pé na frente do outro.

Meus bebês e esperanças para o futuro me ajudaram na pior fase do meu luto. Eles foram um alívio para meu coração duplamente partido, tornaram-se meu mundo inteiro depois que tudo desmoronou sob meus pés. Tive um breve lampejo de alegria quando meus filhos nasceram, cheios de uma luz tão radiante e envolvente que pensei que fosse explodir.

Assim eu descobri o que realmente é o luto. Eu nem sabia o que era amor até me tornar mãe.

Minha filha está partindo antes mesmo de eu ter a chance de conhecê-la, de mostrar a ela todo o amor que sinto. Minha loba está uiva com tristeza em minha cabeça enquanto eu me balanço para frente e para trás, embalando a criança frágil contra meu peito. Ela não pode morrer. Eu não vou deixar isso acontecer.

"Tem que existir uma maneira de salvá-la." Eu choro, pressionando meus lábios na cabeça macia da bebê. "Tem que haver algo que você possa tentar."

"Jane..." Minha médica começa a falar com suavidade. "Fizemos tudo o que podíamos aqui. Há apenas um cirurgião no continente que poderia ajudá-la, e…"

"E o quê?" Eu exijo saber, o gosto das minhas lágrimas permanece na minha língua. "Se ele puder ajudá-la, tentarei ir atrás dele."

A médica franze os lábios. "Jane." Ela diz de novo, em um tom apaziguador que estou começando a odiar. "Você não pode pagar por ele."

Uma fúria justa e materna me consome em uma grande explosão. É tudo sobre dinheiro? Mesmo se for para salvar vidas? "Talvez eu não consiga pagar por ele." Resmungo com raiva. "Mas o pai dela consegue."

"Você nos fez prometer nunca avisar ao Ethan." A médica me lembra, tímida.

Olhando para minha filha pequenina e perfeita, sei que nenhum dos meus sentimentos ou preocupações anteriores é mais importante. Meus filhos são as únicas coisas que me importam agora. Não posso deixá-la morrer, ela é um milagre que ainda nem tive a chance de nomear.

"Isso foi antes." Eu soluço, sentindo novas lágrimas deslizarem pelo meu rosto. "Se isso significa que ela pode viver... farei o que for preciso."

"Eu entendo. Vamos avisá-lo imediatamente." Ela responde.

"Espere!" Eu seguro o braço dela. "E-eu sou uma ômega. Se ele souber sobre os outros bebês, ele vai os tirar de mim. Vai me fazer sua escrava novamente, e eu vou deixar só para ficar perto deles." Imploro que ela entenda: "Posso desistir dela para salvar sua vida, mas Ethan não pode saber sobre os outros. Ele não pode saber que estou viva."

"Você está me pedindo para mentir para nosso Alfa?" A médica esclarece cautelosamente.

"Estou pedindo que me ajude a salvar a vida da minha filha." Eu corrijo. "E evitar que meus outros bebês sejam separados de sua mãe. Então, você vai me ajudar ou não?"

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Ponto de vista de Ethan

"É impossível!" Eu insisto, olhando para a pequena criatura que a enfermeira acabou de colocar em meus braços. O mundo parece girar ao meu redor com um zumbido doentio. No espaço de trinta segundos, soube que minha esposa havia morrido ao me dar uma filha, quando eu nem sabia que ela estava grávida.

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