Luna, temos quadrigêmeos! romance Capítulo 5

Ponto de vista de Jane

"Você está mentindo!" A vendedora imediatamente argumenta. "Elise Carrington é uma das mulheres mais ricas do mundo. Ela nunca sairia com roupas tão sem graça."

Olhando para o meu jeans e blusa preta justa, eu pressiono uma mão na bochecha em falso choque. "Que estranho!" Eu exclamo: "Eu tinha certeza de que estava usando um vestido de gala hoje. Sempre tento ficar o mais desconfortável possível quando viajo."

Os rostos das mulheres se contorcem em confusão. Claramente, elas não entendem sarcasmo. "Eu viajei de avião hoje." Digo com desdém: "Sou rica, não louca."

"Você é uma mentirosa, isso, sim!" A loba me acusa, indignada, virando-se para a colega com o telefone. "Chame o segurança agora mesmo."

"Como eu disse, eu sei qual é o cheiro dos meus perfumes, e este é falso igual ao que você está usando." Acrescento com calma.

"Isso não é possível!" Ela logo se opõe. "Meu namorado comprou isso para mim no ano passado e gastou milhares de dólares." Ela chama pelo guarda. "Tire essa mentirosa daqui!"

"Como quiser." Eu zombo: "É problema seu."

"Do que você está falando?" Ela sussurra: "O que uma c*dela pobretona como você sabe sobre tudo isso?"

"Estou ajudando você." Eu simplesmente a informo. "Deixe-me adivinhar, seu namorado comprou esse perfume aqui?" Suspirando, tiro um frasco pequeno para viagem da minha bolsa. "Este é o produto real." Pego uma tira de papel de teste, borrifo um pouco da fragrância na ponta e faço o mesmo em outro papel com o falso.

Entrego o primeiro à loba impressionada, assim explico: "Notas de dama-da-noite, jasmim noturno e orquídeas raras, com notas a base de uma madeira especial e patchouli." Trocando as tiras de papel, eu elaboro: "Mas este aqui não tem as orquídeas nem a madeira especial, que são caríssimas e difíceis de encontrar. Ao invés disso, tem acônito, que possui um cheiro semelhante e é infinitamente mais barato, mas também pode ser bastante tóxico se você tiver exposição a longo prazo."

A pele da mulher está ficando com um tom doentio de verde enquanto seu nariz afiado de loba nota a diferença. "A-acônito?" Ela repete, bem nervosa.

Balanço a cabeça e franzo os lábios. "É bem conhecido por esse nome mesmo: Acônito. Quem criou essa falsificação obviamente pensou que só faria mal se fosse ingerido, mas garanto que pode ser absorvido pela pele. Você teve algum sintoma de mal-estar ultimamente?"

"Não." Ela engole em seco. "Eu..."

"Ela desmaiou na semana passada!" Uma de suas colegas dá um passo à frente, a mulher claramente tem mais bom senso do aquela que me acusou.

A mulher em questão não conseguia mais falar, era óbvio que se recusava a aceitar que havia sido enganada, contudo, parecia incapaz de apresentar uma explicação alternativa.

"Ah meu Deus!" A segunda vendedora suspira: "Precisamos tirar isso das prateleiras imediatamente."

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