Mais do que paquera romance Capítulo 301

O que Andreia podia pensar também veio à cabeça de Raviel, naturalmente.

Semicerrando os olhos, ele observou o portão por um momento. Depois, pegou o cartão e abriu o portão.

- Seja o que for, vai saber depois de entrar e ver - Raviel disse ao guardar o cartão.

Andreia também achava assim. Acenando a cabeça, ela entrou na mansão atrás do marido.

A mansão estava muito silenciosa e um pouco escurecida.

Sem trocar os sapatos, Raviel ligou a luz diretamente.

No momento em que a iluminação foi acesa, se ouviu um estalo.

Raviel achava que algo explodiu. Com as pupilas contraídas, ele pegou Andreia ao colo inconscientemente para a proteger.

Até que viu as fitas caindo do teto, ele finalmente entendeu que era o estalo de acionar as flores artificiais, não a explosão.

Olhando as fitas que ainda estavam voando no ar, o rosto bonito de Raviel se tornou mais escurecido.

- Ravi, qual é o problema? - Com a cabeça pressionada pela mão do homem, Andreia não podia ver o que aconteceu lá fora, de maneira que perguntou ansiosamente.

Ela também pensava que aconteceu algo ruim.

- Nada especial - Raviel respondeu em voz calma, largando Andreia.

Andreia se retirou do colo dele, abriu os olhos apressadamente para olhar afora. Ao ver as fitas caídas na cabeça e nos ombros do homem, ela arregalou os olhos e entendeu tudo o que ocorreu em um instante. Depois, ela começou a rir, tapando a boca.

Perante a risada exagerada dela, Raviel comprimiu os lábios:

- Está rindo de quê?

- Nada, só estou rindo da sua reação há pouco, que era grande demais. Considerou a explosão de fogos de artifício como algo perigoso, KKK. - Andreia achou isso cada vez mais engraçado e riu mais alto, com a mão cobrindo a barriga.

A raiva passou rapidamente pelo rosto de Raviel, que tirou as fitas nos ombros e zombou:

- Cláudia só sabe fazer esses truques! Tá bom, vamos entrar.

Depois, ele deixou a esposa e caminhou para a sala de estar.

Andreia sabia que o marido ficou envergonhado pela risada dela. Olhando as costas dele, ela enxugou as lágrimas no canto de olhos e seguiu o homem.

Como caminhou às pressas, ela não parou os passos a tempo quando chegou à sala de estar. Se chocou nas costas de Raviel inteiramente e quase caiu no chão.

Ainda bem que ela conseguiu apoiar-se no sofá e estabilizar o corpo, de maneira que não chegou a tropeçar feia.

- O que está fazendo, porque é que parou de repente? - Andreia olhou as costas do homem com insatisfação.

Em vez de falar, o homem só observava tudo isso, com o rosto escurecido.

Andreia enxergou algo anormal, avançou e seguiu o olhar dele.

Ao ver a cena na frente, ela ficou com a boca bem aberta, totalmente chocada:

- Isso... Isso...

Toda a sala de estar foi decorada com fitas e flores artificiais, até lâmpadas coloridas.

As lâmpadas coloridas também foram ligadas no momento em que Raviel acendeu a luz. Com as luzes brilhantes de todas as cores, ambos ficaram deslumbrados.

Além disso, o que fez Andreia mais resignada era um lema pendurado acima das escadas, em que diz “Feliz casamento para o senhor e a senhora!”

- Afinal, é isso a surpresa de Cláudia. - Andreia colocou uma mão na testa, sem jeito.

Com o canto de olhos tremido, Raviel jogou 2 palavras dos lábios finos devagar:

- Que vulgar!

Andreia sorriu:

- Essa decoração não cabe à mansão de fato. Apesar de ser um pouco vulgar, a vontade de Cláudia é boa.

Raviel não comentou as palavras dela.

Claro que ele sabia que Cláudia tinha uma intenção boa. Caso contrário, ele iria tirar tudo isso no primeiro horário.

Enquanto passeava na sala e verificava os dispositivos, Andreia adivinhava:

- Será que ela decorou toda a mansão?

Ouvindo isso, saltaram as têmporas de Raviel, de maneira que ele subiu.

Andreia sabia que provavelmente ele queria ver se o piso superior também foi ornamentado e o seguiu imediatamente.

Chegando ao quarto, Andreia não evitou aspirar um ar frio quando viu a cena, apesar da ter preparação psicológica antecipadamente.

Que diabo é esse protetor de cobertor vermelho, os amendoins e longans encima e os adesivos de felicidade na parede!

Que obsoleto!

A estética de Cláudia ainda estava parada no século passado.

Andreia riu muito e passou a olhar o homem ao lado.

O homem, de rosto extremamente escurecido, também ficou surpreendido com a estética de Cláudia.

- Ravi, calma aí. Isso é a felicitação de Cláudia. Vamos aceitar. - Andreia temia que o homem ficasse chateado e tirasse tudo isso impetuosamente, de maneira que pegou a mão dele e tentou confortá-lo.

Os lábios finos do homem estavam comprimidos em uma linha:

- Vamos embaixo primeiro.

Andreia concordou e desceu com ele, segurando o braço dele.

A seguir, os dois foram à sala de jantar.

A sala de jantar também foi ornada, mas parecia bem melhor do que o quarto, com rosas, velas e dois pratos com tampas encima, além de talheres e vinhos ao redor.

Parece que isso era o jantar à luz de vela que Cláudia preparou para eles.

Andreia tocou as rosas e sorriu:

- A estética de Cláudia está OK finalmente.

Raviel fungou e não disse nada. De repente, ele viu um papelzinho debaixo do vinho e o pegou.

- O que tá escrito? - Andreia estendeu o pescoço para lá curiosamente.

Raviel lhe entregou o papelzinho diretamente.

Andreia o recebeu e começou a ler. O que está escrito é:

- Senhor e senhora, vocês gostaram da surpresa que eu preparei para vocês?

Ao ver essa frase, Andreia tremeu um pouco o canto de boca.

Ela não deixou de zombar: não chegou a gostar, mas foi realmente um choque.

Esfregando a testa, Andreia continuou a ler:

- Hoje é o primeiro dia do vosso casamento. Vou ao apartamento com a Sra. Virgínia e as crianças, deixando a mansão para vocês terem uma vida privada. Muitas felicidades para vocês! Um abraço, Cláudia.

Por fim, ela desenhou um expressão de sorriso.

Andreia deixou o papelzinho:

- Não é de admirar que a mãe não nos deixou buscar as crianças. Afinal foi por causa disso.

Raviel puxou a cadeira para ela:

- Assim ficou bem. Então vamos ter vida privada hoje à noite.

Ouvindo isso, o rosto de Andreia ficou vermelho em um instante. Ela se sentou.

Raviel puxou a cadeira de frente dela e se sentou também. Depois, ele tirou as tampas dos pratos.

Eram 2 bifes, que pareciam bons.

Apesar de não estar quente esse bife, não faz mal comer a frio, que nem afeta o sabor.

Raviel deu um lenço para Andreia.

Quando Andreia acabou de estender a mão para receber, o celular de Raviel tocou.

- Perdão, atendo uma chamada. - Ele colocou o lenço na mão dela rapidamente e pegou o celular.

Ao ver o nome de Kristofer, ele franziu um pouco a testa e atendeu:

- Olá.

- Ravi, má notícia. Aconteceu algo ruim a Bia - veio a voz ansiosa de Kristofer.

Raviel apertou o lenço na mão abruptamente:

- O que está dizendo? Diga claramente, o que ocorreu a Bia?

Com o nome de Bia citado por ele, Andreia suspendeu o movimento impetuosamente, cuja expressão também ficou rígida. Ela levantou a cabeça para ele:

- Qual é o problema com a Srta. Bia?

Em vez de responder a pergunta dela, Raviel aguardava o retorno de Kristofer, com o rosto apertado.

Kristofer, em traje estéril, estava marchando para a UTI enquanto dizia às pressas:

- Bia bebeu muito e vomitou sangue. Quando foi descoberta pelos enfermeiros, já estava quase perdendo a vida. Agora está sendo resgatada na UTI.

- Bebeu álcool? - Raviel cerrou os dentes. - Porque é que ela bebeu?

- Porquê? - Apareceu uma zombaria nos olhos de Kristofer. - Foi porque você se casou hoje!

Com isso, Raviel não tinha nada para falar.

Ele fechou os olhos por 2 segundos. Quando voltou a abri-los, uma plena escuridão dominou os olhos dele. Como se fizesse alguma decisão, ele se levantou da cadeira.

Ao ver essa ação dele, Andreia percebeu algo e perguntou em voz meio hesitante:

- Você vai ao hospital?

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