O que Andreia podia pensar também veio à cabeça de Raviel, naturalmente.
Semicerrando os olhos, ele observou o portão por um momento. Depois, pegou o cartão e abriu o portão.
- Seja o que for, vai saber depois de entrar e ver - Raviel disse ao guardar o cartão.
Andreia também achava assim. Acenando a cabeça, ela entrou na mansão atrás do marido.
A mansão estava muito silenciosa e um pouco escurecida.
Sem trocar os sapatos, Raviel ligou a luz diretamente.
No momento em que a iluminação foi acesa, se ouviu um estalo.
Raviel achava que algo explodiu. Com as pupilas contraídas, ele pegou Andreia ao colo inconscientemente para a proteger.
Até que viu as fitas caindo do teto, ele finalmente entendeu que era o estalo de acionar as flores artificiais, não a explosão.
Olhando as fitas que ainda estavam voando no ar, o rosto bonito de Raviel se tornou mais escurecido.
- Ravi, qual é o problema? - Com a cabeça pressionada pela mão do homem, Andreia não podia ver o que aconteceu lá fora, de maneira que perguntou ansiosamente.
Ela também pensava que aconteceu algo ruim.
- Nada especial - Raviel respondeu em voz calma, largando Andreia.
Andreia se retirou do colo dele, abriu os olhos apressadamente para olhar afora. Ao ver as fitas caídas na cabeça e nos ombros do homem, ela arregalou os olhos e entendeu tudo o que ocorreu em um instante. Depois, ela começou a rir, tapando a boca.
Perante a risada exagerada dela, Raviel comprimiu os lábios:
- Está rindo de quê?
- Nada, só estou rindo da sua reação há pouco, que era grande demais. Considerou a explosão de fogos de artifício como algo perigoso, KKK. - Andreia achou isso cada vez mais engraçado e riu mais alto, com a mão cobrindo a barriga.
A raiva passou rapidamente pelo rosto de Raviel, que tirou as fitas nos ombros e zombou:
- Cláudia só sabe fazer esses truques! Tá bom, vamos entrar.
Depois, ele deixou a esposa e caminhou para a sala de estar.
Andreia sabia que o marido ficou envergonhado pela risada dela. Olhando as costas dele, ela enxugou as lágrimas no canto de olhos e seguiu o homem.
Como caminhou às pressas, ela não parou os passos a tempo quando chegou à sala de estar. Se chocou nas costas de Raviel inteiramente e quase caiu no chão.
Ainda bem que ela conseguiu apoiar-se no sofá e estabilizar o corpo, de maneira que não chegou a tropeçar feia.
- O que está fazendo, porque é que parou de repente? - Andreia olhou as costas do homem com insatisfação.
Em vez de falar, o homem só observava tudo isso, com o rosto escurecido.
Andreia enxergou algo anormal, avançou e seguiu o olhar dele.
Ao ver a cena na frente, ela ficou com a boca bem aberta, totalmente chocada:
- Isso... Isso...
Toda a sala de estar foi decorada com fitas e flores artificiais, até lâmpadas coloridas.
As lâmpadas coloridas também foram ligadas no momento em que Raviel acendeu a luz. Com as luzes brilhantes de todas as cores, ambos ficaram deslumbrados.
Além disso, o que fez Andreia mais resignada era um lema pendurado acima das escadas, em que diz “Feliz casamento para o senhor e a senhora!”
- Afinal, é isso a surpresa de Cláudia. - Andreia colocou uma mão na testa, sem jeito.
Com o canto de olhos tremido, Raviel jogou 2 palavras dos lábios finos devagar:
- Que vulgar!
Andreia sorriu:
- Essa decoração não cabe à mansão de fato. Apesar de ser um pouco vulgar, a vontade de Cláudia é boa.
Raviel não comentou as palavras dela.
Claro que ele sabia que Cláudia tinha uma intenção boa. Caso contrário, ele iria tirar tudo isso no primeiro horário.
Enquanto passeava na sala e verificava os dispositivos, Andreia adivinhava:
- Será que ela decorou toda a mansão?
Ouvindo isso, saltaram as têmporas de Raviel, de maneira que ele subiu.
Andreia sabia que provavelmente ele queria ver se o piso superior também foi ornamentado e o seguiu imediatamente.
Chegando ao quarto, Andreia não evitou aspirar um ar frio quando viu a cena, apesar da ter preparação psicológica antecipadamente.
Que diabo é esse protetor de cobertor vermelho, os amendoins e longans encima e os adesivos de felicidade na parede!
Que obsoleto!
A estética de Cláudia ainda estava parada no século passado.
Andreia riu muito e passou a olhar o homem ao lado.
O homem, de rosto extremamente escurecido, também ficou surpreendido com a estética de Cláudia.
- Ravi, calma aí. Isso é a felicitação de Cláudia. Vamos aceitar. - Andreia temia que o homem ficasse chateado e tirasse tudo isso impetuosamente, de maneira que pegou a mão dele e tentou confortá-lo.
Os lábios finos do homem estavam comprimidos em uma linha:
- Vamos embaixo primeiro.
Andreia concordou e desceu com ele, segurando o braço dele.
A seguir, os dois foram à sala de jantar.
A sala de jantar também foi ornada, mas parecia bem melhor do que o quarto, com rosas, velas e dois pratos com tampas encima, além de talheres e vinhos ao redor.
Parece que isso era o jantar à luz de vela que Cláudia preparou para eles.
Andreia tocou as rosas e sorriu:
- A estética de Cláudia está OK finalmente.
Raviel fungou e não disse nada. De repente, ele viu um papelzinho debaixo do vinho e o pegou.
- O que tá escrito? - Andreia estendeu o pescoço para lá curiosamente.
Raviel lhe entregou o papelzinho diretamente.
Andreia o recebeu e começou a ler. O que está escrito é:
- Senhor e senhora, vocês gostaram da surpresa que eu preparei para vocês?
Ao ver essa frase, Andreia tremeu um pouco o canto de boca.
Ela não deixou de zombar: não chegou a gostar, mas foi realmente um choque.
Esfregando a testa, Andreia continuou a ler:
- Hoje é o primeiro dia do vosso casamento. Vou ao apartamento com a Sra. Virgínia e as crianças, deixando a mansão para vocês terem uma vida privada. Muitas felicidades para vocês! Um abraço, Cláudia.
Por fim, ela desenhou um expressão de sorriso.
Andreia deixou o papelzinho:
- Não é de admirar que a mãe não nos deixou buscar as crianças. Afinal foi por causa disso.
Raviel puxou a cadeira para ela:
- Assim ficou bem. Então vamos ter vida privada hoje à noite.
Ouvindo isso, o rosto de Andreia ficou vermelho em um instante. Ela se sentou.
Raviel puxou a cadeira de frente dela e se sentou também. Depois, ele tirou as tampas dos pratos.
Eram 2 bifes, que pareciam bons.
Apesar de não estar quente esse bife, não faz mal comer a frio, que nem afeta o sabor.
Raviel deu um lenço para Andreia.
Quando Andreia acabou de estender a mão para receber, o celular de Raviel tocou.
- Perdão, atendo uma chamada. - Ele colocou o lenço na mão dela rapidamente e pegou o celular.
Ao ver o nome de Kristofer, ele franziu um pouco a testa e atendeu:
- Olá.
- Ravi, má notícia. Aconteceu algo ruim a Bia - veio a voz ansiosa de Kristofer.
Raviel apertou o lenço na mão abruptamente:
- O que está dizendo? Diga claramente, o que ocorreu a Bia?
Com o nome de Bia citado por ele, Andreia suspendeu o movimento impetuosamente, cuja expressão também ficou rígida. Ela levantou a cabeça para ele:
- Qual é o problema com a Srta. Bia?
Em vez de responder a pergunta dela, Raviel aguardava o retorno de Kristofer, com o rosto apertado.
Kristofer, em traje estéril, estava marchando para a UTI enquanto dizia às pressas:
- Bia bebeu muito e vomitou sangue. Quando foi descoberta pelos enfermeiros, já estava quase perdendo a vida. Agora está sendo resgatada na UTI.
- Bebeu álcool? - Raviel cerrou os dentes. - Porque é que ela bebeu?
- Porquê? - Apareceu uma zombaria nos olhos de Kristofer. - Foi porque você se casou hoje!
Com isso, Raviel não tinha nada para falar.
Ele fechou os olhos por 2 segundos. Quando voltou a abri-los, uma plena escuridão dominou os olhos dele. Como se fizesse alguma decisão, ele se levantou da cadeira.
Ao ver essa ação dele, Andreia percebeu algo e perguntou em voz meio hesitante:
- Você vai ao hospital?
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Mais do que paquera
Meu Jesus, me desculpe a autora mas a Andréia é muito negligente como mãe. Como deixar duas crianças de menos de 05 anos sozinhas??? E isso está ocorrendo desde o início do livro Ela ainda queria ficar no hospital deixando as crianças com fome Que mãe é essa em!...
O livro parece interessante mas os desencontros está ficando cansativo...