Mais do que paquera romance Capítulo 39

Na impressão dele, quem tinge os tecidos são sempre os veteranos experimentes.

Ela, que é jovem demais, realmente pode cumprir essa tarefa?

É impossível ele a deixar praticar as técnicas com os tecidos que custam tanto!

Andreia parecia enxergar o pensamento do homem, fechou o computador e disse:

- Não se preocupa, presidente Raviel. Já que tenho coragem de pedir uma sala de tingidura, eu sei fazer a coloração com certeza. não é necessário eu brincar com isso.

Ouvindo as palavras dela, Raviel sorriu ligeiramente após fixar o olhar nela por um pouco:

- Assim que você disse de tal maneira, vou pedir Saymon para arranjar.

- Obrigada, presidente Raviel - Andreia ficou alegre e se curvou apressadamente.

Raviel ressaltou:

- Não fica tão contente por enquanto. Apesar da minha autorização para te arranjar uma sala de coloração, se houvesse tecidos sucateados, você precisaria fazer a indemnização de acordo com o preço original.

- Eu entendo! - Andreia não mudou de cara.

Se o tecido fosse danificado, deveria pagar mesmo.

Mas ela confiava na sua capacidade, que não aconteceria o sucateamento do tecido na tingidura.

- É bom que você entenda. Então... - antes de acabar a fala, o celular de Raviel tocou no bolso dele de repente.

Ele franziu as sobrancelhas levemente, engoliu as palavras restantes e deu uma olhada no celular.

Só com essa olhada, o rosto dele se tornou assombrado em um instante.

Ao ver isso, Andreia sabia que ela não deveria continuar ficando ali e pediu a saída.

Raviel sacudiu a mão e autorizou o pedido dela.

Após a despedida de Andreia, ele atendeu a chamada.

Porém, a pessoa do outro lado do telefone já começou seu longo discurso sem lhe dar tempo para falar:

- Ravi, o que você acha da minha sugestão levantada ontem à noite? É uma terra abençoada que raramente se encontra. Não terá mais se a perder.

Apareceu uma frieza nos lábios finos de Raviel:

- Meu tio, eu já disse que não ia concordar em mover o túmulo do avô. Eu também não acredito na chamada benção. Esqueça essa ideia!

- Que menino! Por que é tão teimoso? Mesmo que você não acredite em benção, eu acredito. O ocultista disse que nossa família iria avançar mais um passo adiante, contanto que o túmulo de seu avô fosse transferido para essa terra abençoada - disse Raimundo com insatisfação.

Raviel semicerrou os olhos com ameaça:

- Tio, não pensa que eu não estou ciente. Você só quer apropriar-se da terra onde fica o túmulo do avô.

Ouvindo isso, Raimundo foi pegado de surpresa. Depois, ele até desistiu do disfarce e zombou:

- Bem, já que você sabe, então eu deixo minhas palavras aqui: essa terra vai ser minha mesma!

Depois, Raimundo cortou a chamada diretamente.

Olhando a tela do celular, que já saltou para a interface principal, ficou terrivelmente gélido o ar ao lado de Raviel.

Nesse momento, Saymon empurrou a porta e entrou, com um documento na mão. Ele parecia ter algo para repassar, mas ao ver a expressão de Raviel, ele perguntou:

- O que está errado, presidente Raviel?

- Pegue o carro. Vou voltar à casa natal! - Raviel guardou o celular e ordenou.

Saymon cumpriu a ordem dele de imediato.

Em breve, Raviel estava no caminho ao solar.

Assistindo à paisagem retrocedida fora da janela, os olhos dele se encontravam sem brilho.

O tio de repente pretendia colocar a mão na terra de túmulo do avô, o que certamente contava com a intriga de Eduardo.

Só que ele não sabia para o quê o tio queria essa terra.

Enquanto ponderava, o carro parou. Saymon virou a cabeça e disse a Raviel:

- Presidente, chegamos!

Acabando de arrumar bem os pensamentos, Raviel desceu do carro e entrou na casa natal com o rosto escurecido.

Depois que ele resolveu a disputa com Raimundo e prestou luto ao avô, já eram nove da noite.

Saymon o acompanhou a voltar para a mansão, onde ele normalmente morava. Logo que entrou, ele sentiu um perfume forte e franziu a testa imediatamente.

- Ravi - com a volta de Raviel, Judite ficou exultante e avançou às pressas. - Opa, você bebeu?

Raviel caminhou um passo para o lado para a evitar. Ele perguntou em tom opressor:

- Por que é que você está aqui?

- Hoje é a data de falecimento do avô né? Eu receio que você fique triste, por isso vim te dar uma olhada. - Enquanto explicava, Judite estendeu a mão para pegar a pasta dele, como se fosse a dona de casa.

Com rosto indiferente, Raviel a evitou de novo e chamou:

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