Mais do que paquera romance Capítulo 41

Resumo de Capítulo 41 Não temos papai: Mais do que paquera

Resumo de Capítulo 41 Não temos papai – Uma virada em Mais do que paquera de Chuva Milagre

Capítulo 41 Não temos papai mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Mais do que paquera, escrito por Chuva Milagre. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.

Raviel olhou para o garotinho que nem chegava à altura de suas coxas. Suas frias sobrancelhas ficaram suavizadas bastante:

- Onde está sua mamãe?

- A mamãe está lá dentro

Daniel apontou para a sala, e em seguida se virou de lado para abrir passagem no vão da porta:

- Entre, titio Ravi.

- Com licença - Raviel acenou ligeiramente com a cabeça.

Ao chegar à sala, o menino gritou na direção do banheiro:

- Mamãe, titio Ravi está aqui.

A voz de Andreia ecoou, vindo de lá de dentro:

- Faça companhia para o titio por enquanto.

Daniel assentiu com um leve murmúrio e deu um tapinha no sofá:

- Sente-se, titio Ravi. A mamãe já vem.

- Tá.

Raviel puxou a colcha e se sentou. O menino inclinou o rosto e olhou para observar a colcha:

- Titio Ravi, por que o senhor está segurando a colcha de minha mãe?

O convidado respondeu com sutileza:

- Esta colcha é de sua mãe?

- Sim - o garoto assentiu com a cabeça.

Raviel franziu os lábios finos e nada falou. Em seu peito circulava uma emoção complexa. Ele imaginou que fosse uma colcha nova, e não que já houvesse coberto alguém. O mais estranho de tudo isso era ele não a ter rejeitado. Geralmente, ele sentia até repulsa das coisas de Judite, mas já Andreia...

- Titio Ravi - o chamado de Daniel interrompeu sua reflexão, e ele se virou:

- O que foi?

- A mamãe saiu - lembrou a criança.

Raviel desviou o olhar e viu Andreia sair do banheiro trazendo Giovana.

- Desculpe por tê-lo feito esperar por tanto tempo, presidente Raviel. Eu acabei demorando um pouco mais para pentear o cabelo da menina - ela sorriu para ele, envergonhada.

- Tudo bem, sem problemas - ele se levantou e respondeu sem muito alarde.

Andreia notou que ele havia recobrado a aparência usual, de olhos distraídos. Não fosse pela leve dor no pulso, ela poderia até pensar que tudo o que houve na noite anterior era uma ilusão. É claro que, por mais poderoso que alguém possa ser, há sempre um lado frágil e oculto em seu coração.

- A propósito, presidente Raviel, o senhor se recuperou? Está sóbrio? - perguntou, preocupada, enquanto descia Giovana de seus braços.

Assim que desceu ao chão, a menina quis correr para Raviel, mas foi detida no meio do caminho pelo irmão.

Ele sabia que, quando a mãe e o titio estivessem conversando, as crianças não deveriam incomodar.

- Sim, estou sóbrio - ele acenou de leve com a cabeça.

- Que bom, Sr. Raviel. Convém beber menos de uma próxima vez. Ficar bêbado é muito perigoso - ela levantou a questão com toda sinceridade.

Ele baixou os olhos e disse com a voz fraca:

- Ontem foi o dia de me lembrar da partida de meu avô, e por isso bebi mais.

Ninguém mais sabia que ontem também era o aniversário de morte dos pais dele.

- Ah, então é isso, presidente? Sinto muito, não foi minha intenção...

Antes de que ela completasse, Raviel fez um aceno, interrompendo-a:

- Não tem importância, está tudo bem.

Ela percebeu que não foi nada de mais, mas ainda estava um pouco sem graça; refletiu um pouco, e resolveu mudar de assunto:

- O senhor tomou café, presidente Raviel? Se não tiver tomado, pode me acompanhar. Vou preparar agora.

Dizendo isso, ela se virou e foi para a cozinha, não dando a ele a chance de recusar. Na sala, ficaram apenas Raviel e as duas crianças, uns olhando para a cara dos outros.

Giovana soltou a mão de Daniel, deu um passo à frente, abraçou a perna do convidado e olhou para ele com a carinha meiga:

- Titio Ravi, Vanna ficou com muita sua saudade.

- Com saudade de mim? - ele ergueu as sobrancelhas.

Daniel também se aproximou:

- Nestes dois dias, Vanna está perguntado à mamãe o tempo todo sobre o senhor, titio Ravi.

- Então é mesmo - curvando os lábios finos, Raviel parecia estar de bom humor.

- Titio Ravi, no que o senhor está pensando? - Giovana esticou a mãozinha carnuda à frente dele.

Com um lampejo nos olhos, ele voltou a si, - Em nada.

Bem nessa hora, Andreia saiu da cozinha com dois pratos, seguida pela garota, que dizia com doçura:

- Irmão, titio Ravi, venham comer.

- Estou indo- Daniel desceu do sofá e puxou Raviel em direção à mesa.

Era um café da manhã bem simples: mingau de legumes comuns e alguns pratos leves.

O visitante deu uma colherada. O gosto nem se comparava ao que Sra. Olga fazia, mas, sabe-se lá por que, por dentro ele estava extremamente satisfeito. Pela primeira vez, até ele sentiu que comer não era apenas satisfazer a uma demanda do organismo, mas também podia ser prazeroso. Ele gostou daquela atmosfera relaxada da refeição com a mãe e os filhos.

Depois de tomar café, ele saiu levando a família toda; deixou as crianças na escolinha e depois levou Andreia até o Grupo Barisque Royale.

Ela, no entanto, pediu para descer do carro quando estavam a mais de cem metros do Grupo. Se alguém a visse chegando no carro dele, isso chegaria aos ouvidos de Judite, criando problemas desnecessários. Seria melhor andar mais um pouco.

Dez minutos depois, ela chegou à empresa. Assim que deixou a bolsa, um colega do departamento de compras se aproximou:

- Andreia, temos alguns problemas com a compra dos tecidos - disse ele, entregando a lista de compras.

Andreia olhou desconfiada:

- E qual seria o problema?

- É que você precisa de muitos tipos de tecidos, e existem vários modelos de tecidos com o mesmo nome. Não temos certeza de qual deles você quer, e com isso não podemos alocar a verba - respondeu o colega com um sorriso amargo.

Ao ouvir o comentário, ela deu um tapinha na testa, aborrecida

- Desculpe, foi falha minha. Esqueci que é compra interna.

Porque no exterior era sempre ela que terminava o design e seu mestre ajudava a escolher o tecido mais adequado. Passou o tempo e ela se esqueceu de que precisava especificar o modelo dos tecidos.

O colega sorriu ao compreender:

- Tudo bem, Andreia. Esse material...

- Deixa comigo. Ainda que seja o mesmo tipo de tecido, há algumas diferenças de detalhes. Para evitar problemas posteriores, é melhor eu mesma escolher. Só me passa o endereço - disse ela.

O colega lhe entregou um cartão de visita.

Pegando, ela deu uma olhada nele e disse:

- É da família Watanabe?

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