Mamãe calma, Papai diz que te ama! romance Capítulo 502

Talvez por saber que Orlanda não queria falar com ele, depois de fazer o pedido dos pratos, Patrick começou a falar com Orlanda sobre Elisa: "A Elisa vai para o interior na próxima quinta-feira para participar de uma competição muito importante. Você vai ter tempo nesse dia?"

"É isso mesmo, mamãe, você pode me acompanhar na competição nesse dia?"

Já que teriam que ir ao interior, só a viagem de ida e volta levaria pelo menos dois dias.

Agora, Tinga, Killo e a Família Costa tinham muitos assuntos importantes esperando por ela para resolver, e ela não tinha certeza se teria tempo.

Orlanda refletiu, estava prestes a responder, mas antes que pudesse abrir a boca, Elisa, ao ver a expressão dela, já sabia praticamente o que ela iria dizer.

Ela já nem se lembrava mais de quantas vezes Orlanda lhe dissera que estava ocupada com o trabalho, prometendo que, se tivesse tempo, a acompanharia.

Na prática, mesmo aos finais de semana, mesmo quando Elisa estava na casa da bisavó, mesmo morando sob o mesmo teto que ela, Orlanda quase nunca arranjava tempo para ficar com a filha.

Pensando nisso, Elisa ficou esfregando devagar os hashis no prato à sua frente e, antes que Orlanda dissesse qualquer coisa, abaixou a cabeça e murmurou: "Dias atrás eu fui para o interior participar de um treino, e todas as outras crianças estavam acompanhadas pelo pai ou pela mãe, só eu..."

No começo, quando soube que Patrick não poderia acompanhá-la, ela nem se importou tanto.

Afinal, ela também estava acostumada a viajar acompanhada pelos empregados da casa.

No entanto, ao ver que, durante a competição, os pais das outras crianças se transformavam em verdadeiras torcidas, animando e apoiando os filhos o tempo todo, de repente, ela se sentiu sozinha.

Ao perceber isso, quase imediatamente ligou para a mãe, mas Orlanda não atendeu. Felizmente, o pai atendeu.

Ao ouvir o que Elisa disse, Orlanda ficou de boca entreaberta, sem palavras por um instante.

O silêncio dela, para Elisa, significava que não faria promessas, e seu nariz começou a arder, apertando os lábios e desviando o rosto para não olhar para a mãe.

Antes, por mais ocupada que estivesse, Orlanda sempre dava um jeito de acompanhar Elisa nas competições.

Mas agora...

Ela já havia dito a si mesma que devia se afastar de Elisa, mas, ao ver a filha tão triste, Orlanda quase amoleceu imediatamente.

Quando se deu conta, saiu correndo instintivamente atrás dela.

Mas Patrick foi mais rápido.

Antes que Elisa tocasse na maçaneta da porta do reservado, ele chegou em dois passos e a abraçou.

Elisa olhou para ele, furiosa: "Me solta."

Patrick, por sua vez, manteve a calma e apertou de leve o rostinho dela: "Quando o papai tem tempo, alguma vez deixou de te acompanhar?"

Ao ouvir isso, Elisa conteve o choro por um instante, se aninhando no colo de Patrick, agarrando a camisa dele sem dizer nada, mas lançando um olhar de canto para Orlanda, que já tinha se levantado, mas, ao ver Patrick abraçando a filha, permaneceu parada.

Ela sabia muito bem que quem a fazia se sentir magoada e triste não era Patrick.

Estava descontando a raiva nele, mas a verdadeira responsável pela sua mágoa era Orlanda.