Matrimónio Secreto 100 Pontos: Duplo Doce romance Capítulo 1039

Os passos daquela mulher se afastavam cada vez mais, até desaparecerem por completo.

Todo o interior da casa estava mergulhado em silêncio, sem o menor ruído, e qualquer movimento mínimo de seu corpo tinha seu som infinitamente ampliado, ecoando aterrorizantemente em seus ouvidos.

A situação já era assustadora quando se encontrava acompanhada, mas estar sozinha tornava-se uma verdadeira tortura!

Karina respirou fundo, recitando desde o Grande Compassion Mantra até o Sutra do Coração, passando pelo Sutra do Diamante até os valores centrais do socialismo, enquanto observava o quarto em busca de algo que distraísse sua atenção.

A única fonte de luz era uma vela branca sobre a penteadeira, tornando a iluminação ainda mais tênue, mal revelando o estilo geral do interior, que, como o exterior, tinha uma atmosfera sombria e aterrorizante. Além disso, ela percebeu que o quarto era muito espaçoso, indicando que provavelmente era a suíte principal...

Suíte principal!!!

Ao se dar conta disso, Karina, que até então observava da porta, disparou para longe, refugiando-se num canto distante.

A mulher que cometera suicídio, segundo os rumores, não tinha se enforcado justamente na porta dessa suíte?

Exatamente no lugar onde ela estava parada, no vão da porta!!!

Ela finalmente compreendeu a conspiração contra ela; queriam assustá-la até a morte!

Algumas coisas são insuperáveis por toda a vida, como o medo de fantasmas de Karina.

Quando era mais jovem, vivendo com seus pais adotivos, a avó, que valorizava mais os homens do que as mulheres, tentou abandoná-la várias vezes, uma delas foi deixando-a sozinha num cemitério desordenado.

Ela ficou lá, sozinha, por dois dias e duas noites...

Até hoje, ela não ousa relembrar aqueles momentos.

Era um silêncio mortal, como se no mundo todo só restasse ela viva.

Até que a vela na penteadeira se consumiu completamente, apagando-se.

O quarto mergulhou em escuridão.

A tensão em Karina parecia se quebrar junto com isso, e os terrores profundamente suprimidos em sua mente emergiam como bestas selvagens na escuridão...

A pequena garota, com sua mão solta impiedosamente, esperava no mesmo lugar, mas só o que encontrava eram os uivos aterrorizantes das feras na floresta...

Ela corria, mas tropeçava de repente, apenas para descobrir que era sobre um osso branco...

Perdida em uma floresta repleta de ossadas e sepulturas, da noite ao dia, e do dia à noite, esperando infinitamente por alguém que nunca chegava...