Parecia que Caroline e sua mãe não esperavam que eu acordasse. Embora a luz da lâmpada fosse fraca, dava para ver que a expressão no rosto de ambas não era nada boa.
A mãe de Caroline abriu um sorriso amarelo e me perguntou: "Charlotte, como está o seu ferimento? Você precisa ir ao hospital?".
Se fosse no passado, eu teria me emocionado com a preocupação, mas, agora, eu estava indiferente.
Vendo minha expressão impassível, Caroline, que certamente sabia que eu tinha ouvido toda a conversa, interrompeu sua mãe na mesma hora. "Mãe, você não precisa mais fingir. A julgar pela cara dela, essa cadela selvagem já sabe o que está acontecendo."
"Cadela selvagem…"
Ouvindo Caroline me chamar de cadela selvagem com tanta facilidade, eu sabia que eles já deviam ter me apelidado assim há muito tempo.
"Cadela selvagem?" Eu engoli a dor, fui até o sofá vazio e me sentei. Em seguida, eu disse, deliberadamente: "Pelo menos sou uma cadela selvagem com 4% das ações".
Sem dúvida, assim que eu disse isso, a mãe de Caroline entendeu exatamente o que eu quis dizer. Então, ela me repreendeu: "Charlotte, minha família está cuidando de você há três anos. No mínimo, você deveria cumprir com seu dever de filha e nos passar essas ações!".
Eu permaneci sentada no sofá. Pensando que eles haviam tramado contra mim por uma quantidade tão pequena de ações, eu os achei ridículos e não pude conter minha risada.
Minha mãe então perguntou: "Do que você está rindo?".
Ah, não… Não era mais apropriado chamá-la de "mãe" agora.
O nome da mãe de Caroline era Gina Frost. E o nome do pai de Caroline era Jeremy Archer.
Olhando para Gina, parei de rir e disse: "Na verdade, se tantas coisas não tivessem acontecido hoje, eu teria levado mais em conta o carinho desta família do que qualquer outra coisa. Se vocês me pedissem, eu certamente daria as ações sem nem pestanejar. Mas, depois do que aconteceu, tudo vai ser diferente".
Elas pensavam que eu era igual a elas, que só pensava em benefícios e dinheiro.
O que elas não sabiam é que eu valorizava muito mais o amor e o carinho da família.
Mas, agora, não havia mais nada disso.
Gina, que não esperava aquela minha resposta, ficou enfurecida: "Você…".
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