Me Casei com O Marido em Coma romance Capítulo 55

'Qual é a aparência das estrelas no céu?', ela pensou.

Elas não eram ofuscantes, mas ainda assim chamativas. Quitéria achava que era uma comparação digna dos olhos de Lincoln. 'Infelizmente', pensou ela, 'É só um sonho.'

O homem, que finalmente tinha se sentado na cama, olhou para a garota sonolenta à sua frente. Os olhos dela brilhavam, e o rosto estava corado. Era óbvio que estava com febre, mas ainda conseguia falar bobagens para ele.

Então essa era a mulher que reclamava para ele e o machucava todos os dias.

Ele olhou para as costas brancas e macias dela, cobertas por uma grande mancha de sangue. No mesmo instante, seu olhar se tornou sombrio e cruel.

A garota que ele conhecia costumava ser astuta e traiçoeira, às vezes fraca e magoada. Porém, agora, ela estava deitada ao lado dele como um gatinho ferido.

A pomada era um pouco gelada. O corpo de Quitéria tremeu quando ele a passou no machucado, e ela resmungou: "Ai... Que dor".

“Você não é boa em artes marciais? Como se machucou?"

A voz grossa de Lincoln ecoou pelo quarto silencioso como um violoncelo: firme, mas um pouco trêmula.

Era a primeira vez que ele falava com ela.

Na cama, Quitéria estava tonta de febre. Era claro que estava praticamente dormindo, mas ainda conseguia ouvir a voz dos outros ao seu redor. Ela sussurrou: “Lincoln, me ajuda a me vingar...”

Ele tinha passado tanto tempo de cama... Por que ela achava que ele poderia ajudá-la a se vingar?

O homem riu e franziu os lábios. Depois, olhando para a garota na cama, cuja respiração estava um pouco ofegante, ele respondeu: "Ok, vou te vingar".

Lincoln pensava que Quitéria não responderia, mas de repente ela disse: “Combinado!” Em seguida, ela deu um sorrisinho antes de fazer beicinho e reclamar: "Que frio..."

Ele ficou sem reação por um momento e parou de passar o remédio. Então, olhou para as costas dela, cheias de pomada, e lentamente a cobriu com o cobertor.

A garota se sentiu bem melhor e se mexeu um pouco. Ela franziu a testa ao sentir a dor, mas caiu em um sono profundo mais uma vez.

O homem permaneceu encostado na cama. Depois de passar seis meses nessa situação, ele havia perdido todas as forças. Lincoln correu os olhos pelo quarto e, quando olhou para o rosto da mulher ao lado dele, sentiu carinho.

Aquele ainda era seu quarto?

O lugar, que originalmente tinha tons mais frios de preto, cinza e branco, tinha sido decorado com cores vibrantes pela mulher. Havia belos lírios ali, e era óbvio que ela cuidava deles todos os dias.

A cortina preta agora era branca e semitransparente, tal que não impediria a luz da manhã de iluminar o ambiente. Ainda era o quarto dele e parecia que ela não havia mexido em suas coisas, mas estava tudo diferente por causa da garota ao seu lado.

Ela continuava abraçando com força a mão dele, e a manga do pijama de seda extremamente caro do homem estava manchada de saliva. 'Essa mulher… é uma porquinha!' ele pensou.

Lincoln franziu a testa e tentou puxar a mão. Como imaginava, não conseguiu se desvencilhar do abraço de Quitéria. A pele macia e quente da garota o surpreenderam.

Ela não tinha o menor pudor na frente dele... Caramba!

"Fica quieto!"

Quitéria bufou com frieza quando sentiu a mão dele escorregando para fora de seu abraço.

Ela não só não o soltou, como o abraçou com ainda mais força.

Lincoln respirou fundo e parou de se mexer. Ele se deitou de volta na cama e colocou a outra mão na testa dela.

O homem sentiu o calor escaldante e viu que o rostinho dela estava vermelho.

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