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Me Casei com O Marido em Coma romance Capítulo 90

Quitéria não conseguia parar de pensar em como foi estúpida e pediu para receber a mesma mesada de quinhentos mil que Zara.

Lincoln assentiu de leve e disse: “Somos uma família, não se preocupe com isso”. O homem fez questão de enfatizar a palavra "família".

A situação era a seguinte: Quitéria e Zara estavam brigando uma contra a outra, e, dessa vez, foi Quitéria quem saiu perdendo, enquanto a irmã de Lincoln somente saiu chorando.

A garota sorriu, constrangida, e disse: "Eu falei bobagens porque estava com raiva. Será que você não pode esquecer o que acabei de dizer?"

Ela queria muito que o marido esquecesse que ela pediu para receber a mesma mesada que Zara.

"Qual parte do que você acabou de dizer?" Quitéria tinha falado tanto que Lincoln riu. Era impossível que se lembrasse de tudo que ela disse. O homem só se lembrava de uma ou duas frases.

A garota não tinha coragem de dizer que se referia à mesada. Como estava com receio de tocar no assunto de novo, desviou o olhar e falou de outra coisa. Ela apontou para a caixa delicada no colo dele e disse: "Ouvi dizer que você saiu hoje. Isso é um presente? Pra quem? Se for pra mamãe ou pra Zara, pode deixar que entrego por você!"

A garota estava sendo atenciosa, sabendo que era inconveniente para ele ficar indo de um lado para o outro, e queria dar o presente à sogra ou à cunhaada em nome dele. Que boa esposa. Três milhões por mês realmente não eram suficientes para ela!

Lincoln desviou o olhar e entregou-lhe a caixa azul. "É para você."

"Pra mim? Um presente? Não precisava..."

Ela tinha acabado de maltratar a irmã mais nova dele e descobrir que ganhava muito mais dinheiro do que deveria por mês. Agora, o marido lhe estava dando um presente... A garota ficou bastante constrangida.

Apesar de estar pensando nisso, Quitéria pegou a caixa mesmo assim e sentou-se na cama, toda feliz, para abri-la.

A caixa era tão grande e tão leve que só podia ser uma peça de roupa!

Ela se perguntou se era melhor ir escovar os dentes e lavar o rosto para ficar apresentável a Lincoln.

Porém, no fim, abriu a caixa e se deparou com o vestido vermelho.

Era da cor vermelho-vivo, com fios dourados que brilhavam, refletindo a luz. Cada cor era muito delicada, e dava para ver com clareza como o vestido havia sido feito com amor.

Ela ainda se lembrava de como a mãe parecia feliz ao lhe contar sobre o casamento e a briga que teve com o pai de Quitéria.

Naquela época a garota era jovem e não entendia o amor entre os pais. Ela só ficava muito feliz toda vez que via o vestido.

Quitéria ainda se lembrava de como se sentiu quando a mãe disse que daria o conjunto de presente para ela em seu aniversário de 15 anos. Foi aí que a garota pegou uma agulha e linha e bordou com cuidado um vaso azul em formato de coração no vestido.

Seu pai sempre brincava que a mãe dela, Xiomara, tinha um coração de gelo, por isso nomeou o vestido "Coração Azul"!

"Como você sabia sobre ele? Você saiu pra comprar o 'Coração Azul' pra mim?"

Quitéria ergueu os olhos brilhantes, e até mesmo sua pele parecia estar brilhando sob a luz, como se fosse prateada. Os olhinhos escuros dela estavam marejados de lágrimas.

O coração dela acelerou quando ela olhou para Lincoln. O homem a conhecia tão bem e sabia o que ela estava pensando.

Ontem, a garota pensou que tinha perdido o vestido para sempre, mas conseguiu-o de volta hoje.

Parecia até um sonho, como se ela não tivesse acordado de verdade ainda.

Quitéria franziu a testa ao pensar nisso e beliscou o próprio rosto. Antes que Lincoln pudesse impedi-la, a garota sorriu.

"Dói. Então não é um sonho. É a realidade."

"Não, este vestido é especial. É um tesouro inestimável pra mim."

O homem ergueu as sobrancelhas e foi parando de sorrir aos poucos. Isso significava que ela também o considerava um tesouro inestimável?

Quitéria melhorou tão rápido quanto adoeceu.

Era como se ver o vestido a tivesse curado.

"Lonny, por que você comeu tanto hoje? Vou fazer cócegas em você, heim. Não esquece de passear um pouco depois de comer. Com todas essas gordurinhas, vai acabar tendo problemas de saúde. Olha, até Bonny é maior que você."

Quitéria estava agachada debaixo do sol, na estufa, sentindo o calor acariciar seu corpo.

Por ser o início do inverno, o tempo estava esfriando.

De repente, uma sombra bloqueou o sol acima de Quitéria. Ela olhou para cima e viu Lincoln, que estava na frente dela, na cadeira de rodas. A garota foi correndo até ele e o cobriu melhor com o cobertor que estava sobre as pernas dele.

"O tempo tá gostoso. Vamos dar um passeio."

As pernas do homem estavam se recuperando gradualmente. Quitéria achou isso bem estranho, porque Yale lhe havia dito que ele ficaria melhor após fazer exercício por alguns dias. A garota o fazia se exercitar todos os dias, porém ele ainda não conseguia se suportar com as próprias pernas.

Quando Lincoln olhava para a esposa, seu olhar se tornava gentil às vezes. Ele sorriu para ela e respondeu: "Vamos".

"Então vou te ajudar. Toma cuidado. Vamos sentar nos bancos de pedra."

Era uma distância de apenas dez passos, que seria pequena para qualquer pessoa normal. No entanto, assim que Lincoln se levantou, ele caiu sobre Quitéria, que teve que segurar todo o peso dele.

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