Quitéria sentiu o peso do homem cair sobre ela e o segurou. Ela ficou ansiosa e disse: “Lincoln, por que você tá tão pesado? Faz força pra ficar de pé!”
De repente, a garota suspeitou que ele não estivesse fazendo força nenhuma justamente para se apoiar nela, por isso que ela estava tendo tanta dificuldade.
"Estou fazendo o meu melhor, mas minhas pernas continuam fracas."
Ela ouviu a voz grossa de Lincoln em cima da cabeça e sentiu a respiração dele em seus cabelos e perto da orelha, o que lhe causou uma leve coceira.
No inverno, o sol não era tão quente, fazendo com que a posição dos dois, um encostado no outro, fosse bastante confortável.
Quitéria era esbelta, porém não era fraca. Todavia, ela estava fazendo tanto esforço para segurar Lincoln que mal conseguia se mexer.
Ele precisou se esforçar bastante para dar dois passos, mas parou logo em seguida.
"Daqui a pouco a gente chega lá. Vai, força! Só mais um pouquinho."
Quando a garota viu que o marido havia parado, pensou que ele tivesse cansado e não quisesse mais se mexer, portanto lhe deu um tempo para se recuperar.
Assim que alcançassem os bancos de pedra, ela nunca mais permitiria que ele se levantasse da cadeira de rodas.
Poucos dias atrás, Lincoln conseguiu se levantar e mal deu dois passos, assim como hoje. Isso era estranho, pois parecia que, quanto mais ela o levava para se exercitar, mais ele regredia.
Se as coisas continuassem assim, ela começaria a suspeitar que o dr. Ke era uma fraude.
"Qual é o problema?"
Vendo como Lincoln estava impassível, Quitéria piscou algumas vezes. Ela estava começando a suar.
Será que havia algo de engraçado na cara dela?
A garota ficou com vontade de soltá-lo para ir se olhar num espelho, mas resistiu ao impulso.
Ela encarou com inocência o homem, esperando-o sair de cima dela e dar mais dois passos.
“Se eu nunca mais puder andar, o que você vai fazer?”
A pergunta de Lincoln veio do nada. Quitéria firmou as pernas e fez o que podia para continuar de pé. Ela se forçou a dar um sorriso e disse com mansidão: "Não importa. Na pior das hipóteses, basta que a gente use uma cadeira de rodas. Quando eu te conheci, você estava em coma".
Era uma situação melhor do que não conseguir acordar, com toda certeza. Pelo menos, agora o homem podia conversar com ela, e ele lhe trouxe de volta o "Coração Azul" quando ela mais precisava.
Ela, Quitéria, não era uma mulher sem coração. Feliz por ter sido tratada bem pelos Huo, era evidente que retribuiria.
Lincoln mordeu o lábio e riu. "O que você prefere, que eu fique dormindo ou que eu fique em uma cadeira de rodas?"
A garota respondeu: "Prefiro que você cale a boca. Vai logo, continua a andar”.
Era desconfortável ficarem conversando nessa posição. Tudo bem, era fácil para ele; contudo, o homem não se dava conta do esforço que uma mulher precisava fazer para segurar um homem de mais de cinquenta quilos?
"É claro que espero que você se recupere logo. Você não consegue andar muito bem sozinho, e é inconveniente ter que depender de uma cadeira de rodas."
A sinceridade da garota o deixou com vontade de rir. Se ela era capaz de reclamar dele assim, ele nem imaginava como ela se sentia na realidade. Quitéria continuou fazendo força para apoiá-lo e perguntou, sorrindo: "E aí, cansou? Quer sentar pra descansar um pouco?"
Ela olhou para a cadeira de rodas que estava a poucos passos de distância e depois para os bancos, que estavam não muito longe. A garota temia que não havia um bom lugar onde se sentar.
Lincoln pareceu ler os pensamentos dela com um único olhar. Ele deu um grande sorriso e disse com a voz grossa: "É melhor descansarmos. Você está cansada".
Nesse reflexo, ela se viu encarando-o de olhos bem abertos.
Uma brisa de inverno soprou, refrescando-os. No entanto, de repente, as bochechas de Quitéria queimaram, sua respiração ficou pesada e o coração acelerou.
"Você..."
Por que ele a beijou?
A pergunta na qual ela pensou a deixou surpresa e constrangida. Ela olhou feio para Lincoln, que estava deitado debaixo dela.
O homem estava bem calmo em contraste com a perplexidade dela. Quitéria pensou em como os olhos dele pareciam um céu noturno e estrelado.
Ele olhava para ela com um certo carinho, e havia uma tentação fatal em seus olhos.
Lincoln se virou e ficou encarando os olhos cheios de pânico da esposa, que estava em seus braços.
Era como se ele fosse um leão, que havia tomado a iniciativa de transformá-la em sua leoa. Ninguém poderia tê-la além dele.
"Acho que você ainda não entendeu. Posso fazer agora o que eu não podia fazer no passado."
O homem parecia estar se divertindo com tudo aquilo. Quitéria, por sua vez, estava chocada, digerindo o que havia acabado de acontecer, e corou.
"V-você... Como você pôde fazer isso?"
Era evidente que ele a havia enganado. No passado, Quitéria sempre foi esperta o suficiente para resolver qualquer problema, porém agora estava presa ali. Ambos estavam deitados no chão, naquele caminho de pedras, com o céu servindo de cobertor. Eles não temiam que alguém pudesse vê-los ali, abraçados, tendo conversas íntimas como marido e mulher.
Lincoln respirou bem perto do ouvido dela e sussurou: "O que mais posso fazer com você?"

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Me Casei com O Marido em Coma
Gente como pode só esperando atualizações e nada Ninguém sabe onde podemos ler esse livro além daqui?...
Cadê as atualizações ??? Continuo esperando...
Cadê as atualizações ?...
Que maravilha você atualizou, estou amando essa história, não deixe de atualizar por favor, ansiosa pelos próximos capítulos...
Alguém poderia me informar onde consigo prosseguir lendo esse romance ? Gente não tem + atualizações, ôôô meu Deus e muito ruim ler um romance assim sem segurança o que aconteceu...
Cadê as atualizações ??? O que houve ?...
Por favor coloque + capítulos pelo menos um 5 por dia. Porque colocar só um?...
Porque só um capítulo, por valor libere +, estou amando essa história, mas liberar um capítulo nos deixa muito ansiosa....
Cadê as atualizações, por favor coloca + capítulos...
Cadê as atualizações ?? O que houve?...