Me Casei com O Marido em Coma romance Capítulo 67

“Lincoln, você tá bem?”

Quitéria entrou correndo no banheiro. Ao ver Lincoln sem roupas na frente dela, ela corou e disse, furiosa: “Você... por que você é tão idiota?”

Embora aparentasse estar com nojo, a garota parou na porta e não saiu de lá. Em vez disso, entrou a passinhos de tartaruga, pegou uma toalha de banho e cobriu a cintura dele.

Lincoln colocou a mão na testa, sem saber como agir. Ele só queria tomar banho, mas não esperava que fosse escorregar e cair no chão. Ela até o viu nu. Como um homem adulto de trinta anos, ele se sentiu ainda mais envergonhado por ver que ela foi ajudá-lo em vez de sair do banheiro.

"Você... tá bem?" Será que ele tinha batido a cabeça? Era possível que estivesse maluco agora?

Vendo que Lincoln não lhe respondia, Quitéria começou a olhá-lo com dó e quis ver se encontrava algum machucado na cabeça dele. O homem ficou irritado com isso.

"Eu pareço estar bem? Ajude-me a levantar."

Felizmente, ele ainda era jovem. Caso contrário, poderia ter quebrado uma perna.

Quitéria assentiu e foi correndo levantá-lo pelo braço, apesar de estar toda corada.

A banheira estava cheia de água quente, e o vapor tinha se espalhado pelo banheiro. O rosto da garota ainda parecia um tomate. Ela respirou fundo, desviou o olhar e encostou na parede.

Ela não conseguia recuperar o fôlego, então fechou os olhos na hora e afirmou em voz alta: "Não vi nada. Nadica de nada".

Lincoln ficou com tanta raiva que começou a rir. Ele enrolou a toalha de banho em volta da cintura e disse de mau-humor: "Abra os olhos".

Afinal, se ela não abrisse os olhos, poderia fazer os dois caírem.

As pernas de Lincoln estavam fracas demais, e Quitéria parecia estar fazendo o maior esforço para sustentá-lo. Felizmente, embora a garota aparentasse ser magra e fraca, era na verdade muito forte, como se tivesse uma pele de aço e ossos de ferro. Ela aguentou o peso de Lincoln e o ajudou a chegar à banheira.

"O que você tem?"

Lincoln estava de lábios franzidos e parecia bastante desconfortável. A testa dele estava coberta por uma camada de suor. Foi só então que Quitéria percebeu que um dos braços dele estava levantado esse tempo todo. Ou seja, o homem estava ferido.

"Tá tudo bem. Vou ligar pro dr. Ke amanhã."

Era tarde demais. Seria inconveniente chamá-lo à mansão, sem falar que Tiana ficaria sabendo. Aí, ele não conseguiria esconder da mãe que já havia acordado.

"Deixa eu dar uma olhada."

A garota puxou o braço dele na hora, e Lincoln bufou. Foi só então que ela percebeu que havia feito uma força excessiva. Ela o soltou no mesmo instante e o tocou com cuidado.

“Parece que foi deslocado!”

Quitéria olhou para o braço dele, franziu os lábios e disse: “Espera aí. Vou te ajudar a colocar de volta no lugar”.

"Não... Ah!"

Antes que Lincoln pudesse dizer que não era necessário, a garota já havia colocado o osso no lugar, fazendo um grande estalo.

O homem começou a suar frio. Ela era forte demais para o gosto dele.

"Não precisa se preocupar. Eu costumava praticar artes marciais e sempre deslocava alguma coisa. Vai ficar tudo bem depois que eu torcer seu braço um pouco. Nem vai doer!"

Pois é, exceto que não era ela que sentia a dor. A garota sequer o deixou recusar.

"Mexe o braço e vê se tá tudo bem. Será que é muito sério? Vou precisar arrumar melhor?"

"Não seja ingrato, fui eu que te trouxe pra cá. Então, sou sua dona, e você não pode me trair só porque os Huo te alimentaram por uns dias!"

"O quê? Você não quer ir embora da casa da família Huo?"

“O que eles têm de tão bom? O que Lincoln tem de tão bom? Se ele te comprar com comida, quer dizer que você é um péssimo cachorro.”

“Você deveria saber que fui eu que te tirei da chuva. Seu sobrenome é Su, portanto a mansão dos Su é a sua casa. Você precisa voltar comigo.

Quitéria olhou feio para o cachorro, que tinha olhinhos inocentes e redondos. Em seguida, ela grunhiu e cruzou as pernas.

A porta do banheiro se abriu. A garota largou Bonny no mesmo instante e se levantou da cama. Quando viu Lincoln, que estava enrolado na toalha de banho, parado na porta, ela corou de imediato e sussurrou: "Você... terminou".

O homem encostou-se no batente. Seus cabelos ainda estavam úmidos. Como se esforçou muito para tomar banho, ele estava um pouco cansado e respirou fundo. Em seguida, acenou para Quitéria, que estava ao lado da cama, e disse: “Venha cá”.

Se alguém ousasse chamá-la desse jeito, ela teria quebrado a mão da pessoa.

No entanto, diante de Lincoln, que estava tão fraco, Quitéria foi sem demora. Ela o ajudou a se estabilizar e cuidadosamente o conduziu até a cama.

“Com cuidado. Vamos um pouco mais devagar”, disse a garota.

Se não fosse pelo fato de que ele estava fraco, ela não conseguiria carregá-lo, já que o homem era pelo menos vinte centímetros mais alto que ela.

De repente, ela ouviu alguém bater na porta e abri-la. Quitéria ficou chocada e escorregou. Com Lincoln em seus braços, ela caiu na cama.

Lá, os dois rolaram juntos, e ele fechou os olhos para fazer seu papel de homem em coma mais uma vez.

A garota se sentiu perdida. Ele havia fechado os olhos e iria fingir que nada aconteceu, mas como ela explicaria tudo isso?