João Gonzalez
A audiência do meu tio Juliano foi adiada quatro dias, todavia, saiu. Nossa família foi protegida dos repórteres pelos nossos seguranças. Dentro do tribunal de justiça ficamos todos ansiosos. Esperávamos de tudo naquele julgamento. Bruna Maria, sentou-se na primeira fileira de cadeiras ao lado de sua avó.
Meu irmão e eu fomos intimados para testemunhar contra nosso tio. Na sala de espera para sermos testemunhas, Samuel suava bastante e retirou a gravata, pois disse que estava o sufocando.
— Que hora vão nos chamar? O Julgamento começou! — resmungou, caminhando de um lado para o outro.
— Tenta se acalmar ou vai acabar desmaiando! — comentei, preocupado que ele tivesse um troço.
Não demorou nem mesmo dois minutos para chamarem meu irmão para depor. Ouvi seu depoimento e logo em seguida foi minha vez. Entrei na sala de audiência sentindo ódio. Vi meu tio Juliano com um sorriso cretino nos lábios. Respondi às perguntas do juiz e falei tudo que sabia.
— O acusado Juliano Gonzalez, ouvirá sua sentença neste momento. Diante das provas de acusação não há dúvida do seu envolvimento no assassinato do seu irmão e nora. O réu negou todos os crimes, inclusive o quão ele cometeu com suas próprias mãos o assassinato da irmã de uma das suas vítimas. Também está sendo julgado pelas tentativas de assassinatos aos seus sobrinhos que ficou mais do que claro que sua intenção era cometer esses crimes. Meu veredito ao acusado é culpado por todos esses crimes. Sua sentença será de trinta e quatro anos em prisão fechada sem direitos especiais. Será tratado como qualquer outro preso condenado como ele de assassinato. — disse o juiz, batendo o martelo.
Minha família comemorou a sentença de condenação mais do que justa para ele. Ele não sairia mais com vida daquela prisão, era no que acreditava.
— Como vocês podem comemorar a minha prisão? Sou uma vítima de tudo isso! Foram meus sobrinhos que armaram tudo isso pra cima de mim! Apenas me defendi... — esbravejou tio Juliano com muita raiva. Tiveram que contê-lo, pois ele tentou vir na minha direção para me atacar na frente de todos.
Após levarem a forçar meu tio da sala de audiência, aproximei-me da minha família.
— Agora acabou de vez nosso tormento. Ele pagará por seus crimes e espero que não saia com vida da prisão. — comentei, certo de que ele morreria antes de cumprir sua sentença completa de trinta e quatro anos.
— Um homem como ele não sobreviverá muito tempo na prisão. Estou satisfeito de pôr o culpado da morte dos nossos pais atrás das grades. — meu irmão disse abraçando-me com força.
Tínhamos mais o que comemorar, no entanto, tinha algo que ainda queria falar com meu tio antes dele sair do tribunal de justiça diretamente para prisão de segurança máxima. Deixei minha família para procurá-lo. Após insistir bastante me deixaram falar com ele, porém, na presença de um oficial de justiça, embora ele estivesse algemado era perigoso.
— O que você quer? Cuspir na minha cara? Você conseguiu me destruir, garoto. Nunca acreditei que algo assim fosse ocorrer. Não sei de onde tirou forças para sobreviver todos esses anos. — disse ele, sendo maléfico.
— Foi o desejo de viver e cuidar do meu irmão que me deram forças para seguir sem os meus pais que o senhor fez questão de pagar um assassino de aluguel para tirá-los de nossas vidas. Essa sentença ainda é pouco pelo trauma que nos causou para vida inteira. Por que fez o que fez? Qual era o seu objetivo? Somente causar sofrimento ao próximo? — questionei, precisava que ele me dissesse a verdade de suas atitudes.
— Posso estar fodido, ainda assim, não vou justificar minhas ações para você. Você não saberá minhas razões nunca!
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