Bruna Maria
Um almoço em família com as crianças juntas era trabalho em dobro. Não que eu estivesse reclamando, não era isso! Era difícil controlar tanta criança junta, portanto, contratei uma babá para olhá-las e acompanhar seus passos. Onze anos passaram voando e eu estava gestante do meu terceiro filho. Miguel era um garoto inteligente e bem estudioso, mas sua irmã Ana Luísa era o oposto.
Ela tinha somente nove anos mais-valia por quatro crianças. Não parava um segundo quieta. Suas birras para não ir à escola eram coisa séria, no entanto, meu marido e eu dávamos um jeitinho de fazê-la participar das aulas sempre.
— Ana Luísa, não suje seu vestido! Quer que os seus tios te vejam farrapada? — perguntei seriamente. Minha filha me olhou emburrada. Odiava quando alguém lhe chamava atenção.
— Mamãe, por que não chama atenção do Miguel também? — questionou-me, procurando por um motivo apenas de colocar seu irmão em encrenca.
— Ele está sentado na poltrona. Por favor, filha, não faça nada que suje sua roupa. Você não vê os filhos do seu tio aos farrapos. — resmunguei.
— Certo, serei cuidadosa! — afirmou ela, saltando pela sala de estar. A energia dela era demais que não conseguia acompanhar.
Meu cunhado logo chegaria em nossa casa com os seus filhos. Samuel tornou-se um grande empresário ao lado do seu irmão. Os dois cuidavam com mão de ferro dos negócios da família. Seu casamento com Ellen foi muito esperado e ficamos muito felizes. E quando eles nos disseram da gravidez dela foi uma grande festa.
Os gêmeos vieram ao mundo com saúde e tinham seis anos. Ele adotou o filho de sua esposa na justiça com o consentimento do progenitor que não recusou a oferta, pois não queria nem sequer pagar a pensão para a criança.
— Mãe, Ana Luísa, puxou meu cabelo! Essa menina é chata demais! Meu novo irmão que será um grande amigo, isso sim! — Miguel reclamou de cara feia.
— Sua irmã errou com essa atitude e vamos conversar mais tarde sobre o ocorrido. Vocês têm que se entenderem e tenha mais paciência com sua irmã. — pedi que ele entendesse.
— Vocês não vão fugir do castigo mais tarde. — meu marido disse firme, surgindo na sala de estar. Não sabia que estávamos sendo observados. O tal castigo que João mencionou era colocar os dois durante vinte minutos frente a frente até fazerem as pazes e reconhecerem seus erros.
— Mas, pai, a culpa foi dela e não minha! — defendeu-se gesticulando com as mãos e continuou. — Mãe, explica pro papai que não tenho culpa dela ser chata...
— Não posso fazer nada se o castigo é a solução dessas discussões bobas que os dois tem. — comentei, deixando meu filho irritado. Miguel se afastou pisando duro.
Era mais difícil do que imaginei ser mãe, porém, com a ajuda do meu marido estávamos dando conta do recado.
— Amor, espero que com o nosso terceiro filho não piore as brigas entre irmãos. — João me confessou sua preocupação.
— Seja mais positivo! Vamos dar um jeitinho como sempre, caso seja preciso!
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