Lucca
DEPOIS DE HORAS JOGANDO...
—Isso não pode ser possível, não tem como uma pessoa ser tão sortuda assim! — Erick fala indignado, porque minha irmã foi quem mais ganhou para variar.
—É que não se trata apenas de sorte e sim de inteligência — ela diz apontando para a própria cabeça — vocês são inteligentes, mas tem o ego maior ainda, então sempre perdem.
—Pode até ser, mas você sempre ganhou tudo desde criança e agora por sua causa Erick, vamos ter que pular na porra da piscina congelando! — Luigi brada com o Erick que está com a cara péssima.
Meu irmão está sem acreditar na quantidade de vezes que nossa irmã ganhou e os outros riem da situação. Não tem o que ser feito, o Erick topou, nós jogamos, perdemos — o que já era esperado — e agora teremos que pagar nossa aposta — mais uma vez — porém, só mais tarde, depois de ver o sol indo embora junto com todos os outros. Temos feito isso todo dia porquê de alguma forma nos trouxe um certo acalento, não sei explicar e hoje vamos dividir esse momento com as pessoas que amamos. Todos nós, junto com meus pais e tios seguimos para perto da casa da árvore de onde dá para ver perfeitamente a beleza do sol se pondo, jogamos uns panos grandes na grama e sentamos esperando que o show comece. Luíza senta no meio das minhas pernas como sempre, dou um beijo rápido sem seu pescoço vendo seu corpo reagir ao meu — sorrio de lado — nunca vou me cansar de ver o quanto ela é sensível aos meus estímulos.
—Vai começar! — Ela avisa e o silencio se faz, só se pode ouvir o barulho da natureza ao nosso redor.
Da cidade é bonito de ver, mas nada se compara à vista que temos daqui. É tudo muito verde, as casas que ficam nessa região são bem distantes umas das outras tendo em vista que os terrenos são imensos, são muitas árvores por todo o lado, muita grama, flores, pássaros cantando, esse lugar tem uma magia diferente e esse pôr do sol deixando tudo em tons de laranja, cor de rosa, lilás em quanto vai sumindo aos poucos lá atrás das montanhas, é para fechar com chave de ouro. Não existe outro lugar que eu escolheria para casar, definitivamente temos um lugar sem ser o elevador — sorrio som esse pensamento — quando o espetáculo terminas, percebo que cada um esteve todo o tempo em seu próprio mundo e estão todos extasiados.
—Um belo espetáculo feito pelas mãos de Deus! — Meu pai diz ficando de pé e ajudando minha Mamma.
—Devo admitir que isso foi incrível — Erick fala olhando para mim e Luíza em quanto nos levantamos — já havia visto outras vezes é claro, mas hoje parece que foi mais... — ele é interrompido pela voz baixa da minha irmã.
—Especial! — Ela diz fazendo ele concordar com a cabeça um pouco pensativo.
Todos seguem de volta para casa, mas alguns estão claramente diferentes depois do momento que tivemos junto com a natureza. Os que mais me chamaram a atenção foram o Erick, a Elisa, o Luigi e a Emma, porque eles são mais fechados em alguns aspectos, cada um a seu modo tem um lado que parece esconder do resto das pessoas, não sei bem, mas minha irmã me deixa um pouco atento porque meu faro diz que tem a ver com o meu amigo e ao mesmo tempo que acho que poderia dar certo, tenho medo que ele a machuque. Sei que mais tarde quando conversar com a Luíza, ela vai me dizer para não me meter e deixar as coisas seguirem seus caminhos, que se por ventura a minha irmã passar por algo, ela vai superar e sair mais forte, sim, essa é a Luíza que temos agora, mais confiante do que nunca.
As horas vão passando e logo o jantar é servido, o que indica que logo, logo estaremos de bermuda pulando na água extremamente gelada da pisciana. Não sei porque ainda caímos nessas de apostar em jogos que a minha irmã está participando. Assim que o jantar se encerra o falatório começa.
—Vamos, vamos, quero todos de roupinha de banho aqui em baixo o mais rápido possível! — Emma é a primeira a falar.
—Porra Baby, até você? — Falo vestindo o roupão, porque não somos burros de descer sem trazer o que nos esquentaria um pouco depois desse banho.
—Ah, Loirinho desculpa, mas foi bem engraçado! — Ela dá de ombro segurando o riso, estão vendo o monstro que eu criei? Cerro os olhos para ela que me dá um sorriso nervoso agora.
Depois de tanta agitação durante todo o dia, as pessoas começam a se recolher cada um para seus devidos quartos, claramente eu corro para um banho bem quente que chega a dar choque no corpo quando entro debaixo da ducha. A Luíza faz sua higiene, mas como já está tomada banho, vai apenas se preparar para dormir, ou melhor, tirar a roupa para dormir — sorrio pensando que essa é uma coisa tão nossa — termino o banho rapidamente, porque já havia tomado um banho antes, esse foi mais por causa do frio, então me enxugo bem deixando a toalha pendurada, escovo os dentes, passo uma loção volto para o quarto onde a minha Feiticeira já está deitada, diria que até sonolenta me esperando. Olhando atentamente seu corpo, percebo que ela já deve ter recuperado parte do peso que perdeu, desde que chegamos aqui ela tem comido muito bem e apesar de não falar mais sobre isso, sei que essa comilança tem a ver com ela querer voltar a ficar um pouco mais cheinha, como era antes de sofrer o acidente.
—Com sono Bella? — Pergunto assim que me deito, vendo ela se agarrar imediatamente a mim.
—Muito! O dia hoje foi divertido e bem agitado, preciso repor minhas energias para amanhã — ela fala baixinho, o que indica que ela realmente está caindo de sono.
Rapidinho ela adormece com a cabeça em meu peito, em quanto aliso suas costas com a ponta dos meus dedos. É surreal saber que ela é tudo o que eu mais precisava e não sabia até encontrar, ter ela assim aconchegada a mim, se sentindo segura é uma das coisas que mais me deixam feliz, principalmente depois do último mês, isso demonstra não só a confiança dela em mim, mas o quanto se sente segura quando estou por perto, mal sabe ela que gosto de ter ela assim porque a amo, mas também pelo medo de perdê-la. Nunca mais quero sentir o que senti no dia do acidente e nos dias que se seguiram depois dele, pois foram dias agoniantes, eu vivia para pedir a Deus que tomasse conta dela, que não a tirasse de mim também, ficava o máximo de tempo possível acordado ao lado da cama vigiando seu sono para ter certeza de que ela estava bem, porque o medo era maior, nem ver os batimentos cardíacos aparecendo na máquina ao lado da cama eram suficiente, eu tinha que tocar nela, sentir sua pele quente, seu pulmão inflando para ter certeza de que ela estava viva. Agora o que mais quero é que os três meses voem, que o dia do casamento chegue para que ela seja minha até depois do fim não só nas juras de amor, mas no papel, perante a lei de Deus e dos homes. Luíza diz que eu a salvei de uma vida sem esperanças, mas ela fez o mesmo por mim, porque minha vida era trabalho, família e o BDSM, não existia se quer a hipótese de ter uma família, uma mulher para amar a ponto de dizer que daria minha vida pela dela, foi ela quem fez esses sentimentos todos ascenderem dentro de mim, ela é maior certeza que eu tenho na minha vida.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Meu CEO Dominador
Ué, cadê o resto do livro ?...
Ué, concluido assim, 4 capitulos?...
Mas capítulo por favor...