Meu CEO Dominador romance Capítulo 121

Luíza

—Você está parecendo um anjo de tão linda cunhada! — Diz Elisa.

—Você está belíssima Luíza, muito Bella! — Diz Carmem.

—Não sei nem como te descrever minha filha... meu menino vai ficar ainda mais apaixonado por você se isso for possível — Paola fala enxugando as lágrimas — você é uma das noivas mais lindas que já pus os olhos! — Então só falta Emma que até agora não disse nada.

Ela se levanta de onde está vindo na minha direção e parando bem na minha frente. Emma segura meu rosto dos dois lados me olhando de um jeito que transparece amor, puro amor.

—Sabe quando você era mais nova e dizia que queria casar igual a uma princesa? — Assinto — depois vieram as decepções, os traumas e esse sonho foi sendo deixado de lado, mas eu sabia Lu, eu sempre soube que você teria seu sonho. Não porque eu te amo, mas porque você é merecedora disso tudo desde o dia que nasceu. Você passou por coisas que metade das pessoas do mundo não aguentariam — ela fala emocionada e eu nem preciso dizer que já estou chorando — você não teve pai, perdeu a mãe assim que nasceu, perdeu a avó que tanto amava na adolescência, quase foi abusada de fato pelo próprio vizinho, teve um namorado que não te deu o valor que merecia, quase morreu num acidente de carro causado pela ex do seu namorado, perdeu um filho nesse mesmo acidente, foi sequestrada e quase abusada novamente e mesmo assim olha para você... se existe alguém forte nesse mundo, esse alguém é você futura Senhora Bianchi — ela alisa meu rosto com carinho — você queria não vai casar igual a uma princesa porque você está acima desse título. Você está digna de algo além de rainha se existir e eu estou muito orgulhosa por você — ela me abraça apertado chorando junto comigo — te amo irmã, te amo muito mesmo!

—Eu também te amo muito irmã, sempre seremos nós! — Ela concorda com a cabeça se afastando de mim e quando olhamos, estão as quatro nos olhando e chorando junto com a gente.

—Nossa! Nunca chorei tanto vendo uma noiva provas um de minhas criações — Ava fala tentando enxugar as lágrimas — você é mais forte do que imaginai garota, seja feliz com o seu amor! — Ela diz de onde está.

—Se hoje estamos assim, não quero nem ver no dia do casamento, Santo Cristo! — Falo fazendo todas rirem em quanto enxugam suas lágrimas.

Após o momento chororô, nós vimos os vestidos das madrinhas que ficaram incrivelmente lindos. Agora estamos indo para a mansão onde vamos almoçar todo juntos e onde meu vestido ficará bem guardadinho para que o Lucca nem sonhe em vê-lo. Rapidinho estamos entrando pelos grandes portões da casa dos meus sogros seguindo o carro da Elisa que está acompanhada da mãe e da tia. Emma estaciona o carro, descemos e ficamos esperando as outras.

—Vou subir direto para o meu quarto para guardar o seu vestido — minha sogra fala se aproximando — se o meu Figlio ver que estou com isso, ele vai ficar abusando para ver — ela diz indo na frente nos fazendo rir da sua agonia.

Nós vamos indo logo atrás conversando sobre como foi no ateliê, de como será o casamento e minha despedida de solteiro. Essa questão já foi resolvida, mas eu e o Lucca não vamos dar muitas explicações, porque será algo muito nosso. Assim que passamos pela porta já podemos escutar o barulho de todos os homens falando de uma vez — meu Pai — vamos na direção do barulho para dar de cara com um monte de marmanjo jogando twister no meio da sala de estar.

—Não se mexam, que essa eu tenho que registrar — olho para o lado vendo Elisa tirar várias fotos das posições ridículas que eles estão.

—Não fode pirralha! — Grita Vicenzo numa posição que não é de quatro de fato, mas está com dois pés apoiados no chão e apenas um braço apoiado para frente em outra cor.

—Sua bunda está na minha cara caralho — fala Erick reclamando do Lucca.

—Não tenho culpa se você é burro e não pensou na hora de pôr se posicionar nas cores — Lucca rebate.

—Eu estou tranquilo — Adam fala de uma posição digna de uma contorcionista — vocês não têm elasticidade — ele ainda zomba na cara do perigo.

—Eu também não estou reclamando — diz Luigi apenas de pé, isso que chamo de sorte.

Depois de toda essa confusão maluca, nós fomos todos almoçar. O final de semana será todo assim, família inteira junta nessa mansão, o que pode acontecer não é mesmo? Cheio de clima entre os nossos amigos, nosso casamento, os mais velhos botando lenha nas fogueiras que se formam a cada segundo, é uma verdadeira loucura. É tanta animação que a noite chega num piscar de olhos e quando vejo, já estou deitada na cama com o meu amor.

—O que você acha que aconteceu para o seu irmão ter aquela reação? — Pergunto me aconchegando no peitoral do Lucca.

—É complicado de saber o que pode ser, porque apesar dele ser muito brincalhão quase todo o tempo, sei que algo o machuca — ele fala em quanto acaricia meus cabelos — no passado o Vicenzo já teve uma namorada que foi sério, ele parecia gostar muito dela, mas não sei se era amor entende? O nome dela era Liana, as vezes ela vinha para cá e parecia que se davam bem, mas um dia ele chegou em casa estranho dizendo que estava solteiro. No mesmo dia perguntei o que havia acontecido, ele desconversou dizendo que não era nada e bom... eu respeitei a vontade dele de guardar o que quer se fosse só para ele — Lucca fala não muito convencido de que fez o certo — as vezes eu acho que ele está esperando o momento certo para contar sabe? Mas esse momento nunca chega.

—Cada pessoa tem seus próprios monstros, coisas que não consegue dizer abertamente para os outros, vai ver o seu irmão tem um monstro que ele ainda não sabe lidar e prefere deixar guardado apenas para ele. Eu abri meus monstros para você porque sou mais fácil de me abrir e porque senti que deveria fazer aquilo se quisesse ter algo com você — faço uma pausa tentando explicar meu ponto — o que eu estou querendo dizer é que algumas pessoas preferem camuflar o que sentem como seu irmão e a Emma, nisso eles são praticamente as mesmas pessoas, porque eu sei que ela tem os monstros dela que não me conta nem sei se um dia vai contar — falo contornando uma das tatuagens do braço dele,

—Essas coisas são complicadas, não é? Queria muito ver meu irmão feliz por completo — ele fala meio cabisbaixo e é aí que me lembro de outro assunto.

—Nossas alianças! — Exclamo fazendo ele até me olhar — você vai mesmo fazer mistério sobre isso também? Não basta a lua de mel e a sua roupa não? — Pergunto indignada e ele gargalha.

—Só um pouquinho de mistério Baby, você me esconde o vestido e eu te escodo as outras coisas — ele dia rindo na maior cara de pau.

— Vamos dormir que amanhã tem mais um dia de loucura para analisarmos — falo me agarrando mais a ele. Não sei dormir de outro jeito.

Com o Lucca assim grudado a mim, alisando meus cabelos, minha mente viaja por toda nossa história até aqui me fazendo querer gargalhar e chorar ao mesmo tempo. Minha história com ele daria uma novela mexicana, um livro louco de romance, uma série de televisão, daria para fazer muitas coisas, foram tantos altos e baixos, tanto drama, tanto aprendizado, tanto amor... fico pensando “e se”, e se não tivesse visto o anuncio de emprego? E se não tivesse me dado uma chance de arriscar? E se eu tivesse fugido quando o Lucca explicou que praticava BDSM? São tantos “e se” que se eu fosse pensar num todo, sem ser apenas em relação a nós, ninguém daria um passo fora da curva numa, porque seriam freados por esses “e se”. Pensando nisso, chego à conclusão que ir com medo, que arriscar, pode sim ser a resposta que você precisa, porque eu era a pessoa que menos arriscava no universo, minha vida se resumia em estudar e me diminuir, mas um dia conheci um homem incrível que me fez pensar “e se eu for feliz com ele? ”, então meus amigos me deram apoio e o meu “e se” vai ser tonar um lindo para sempre.