Luíza
Depois da vergonha que passei na cobertura e de conhecer o primo do Lucca que resolveu fazer uma surpresa, decidi voltar para o meu apartamento e aproveitar p resto do domingo com meus amigos.
Passamos o tempo juntos como gostamos, fofocando, comendo doces e vendo série. Nesse momento eu já estou no trabalho, enfiada com a cara no computador revisando documentos, imprimido e separando por ordem de prioridade. Como eu já sabia, hoje aqui será corrido para o Lucca, então já combinei de me encontrar com Emma para irmos ao médico e depois, almoçarmos juntas. Como essas semanas o carro ficará comigo, vou buscá-la na revista.
Não demora para que dê a hora do almoço, pego os documentos que serão necessários para as próximas reuniões e os que ele precisa assinar com mais rapidez, levanto indo em direção a porta do seu escritório dando duas batidinhas já abrindo em seguida, já que sei que está sozinho no momento. Assim que olho, o vejo concentrado nos papéis — até trabalhando esse homem é uma perdição.
—Atrapalho? — Pergunto e ele levanta a cabeça para me olhar.
—Você nunca atrapalha, só estou por cima de coisas hoje — fala se encostando na sua cadeira imponente de couro preto.
—Sei que sim, mas já está na hora de almoçar então, pedi seu almoço que deve chegar em breve e estou indo buscar Emma para irmos na consulta — falo chegando perto dele e já entregando os documentos — depois vamos almoçar juntas.
—Você é incrível sabia? — Ele diz me puxando pela mão para sentar no colo dele.
—Eu sou uma boa profissional e uma excelente namorada, obrigada! — Falo rindo e ele me olha com a sobrancelha erguida.
—Está tão metida — ele fala atacando meu pescoço e eu tenho que segurar as pontas para não ceder.
—Você sabe que eu adoraria ficar assim com você não sabe? Mas tenho que ir, e o senhor tem que comer para voltar ao trabalho em seguida — falo alisando os cabelos loiros dele.
—Tudo bem Senhorita, mas antes quero meu beijo — eu aproximo meu rosto e ele agarra minha cintura com uma mão, mantendo a outra no meu rosto para não bagunça e meu cabelo, que hoje está em um coque muito bem feito.
Lucca toma minha boca num beijo faminto, parece que não nos beijamos a séculos. Ele explora cada cantinho da minha boca, chupa minha língua me fazendo arfar e termina mordendo meu lábio inferior. Ele se afasta, mas continuo de olhos fechados, totalmente arrebatada pelo desejo que sinto por ele — não sei como pode, mas tudo em relação a ele só aumenta - soltando um suspiro de contentamento.
—Adoro te deixar assim, desnorteada! — Ele fala alisando minha bochecha com o polegar em quanto abro os olhos.
—Você sempre me deixa assim, Loirinho.
—Você não causa uma reação muito diferente em mim não — ele fala sorrindo e eu acompanho porque posso sentir muito bem a reação abaixo de mim.
—Está tudo ótimo, mas agora tenho que ir - dou mais um beijinho rápido nele e saio.
Chego rápido no estacionamento da empresa, pego meu carrinho lindo e sigo para a revista — nossa como eu amo dirigir - Como não fica tão distante, rapidinho estou na frente do grande prédio, onde já vejo a Emma me esperando. Ela logo vem ao meu encontro.
—Nossa, você demorou um pouco desde a hora que me avisou que estava vindo — ela já entra reclamando, vê se aguento uma coisa dessas.
—Nenhum "oi amiga", "e aí Luluzinha ", nada? — Digo e ela revira os olhos — Reclame com o Lucca, ele que me segurou um pouco antes de eu sair.
—Vocês não caçam não? Meu Deus, parecem dois desesperados! — Ela fala exasperada.
—Para de exagero Emm! Só fui levar os documentos que ele precisava assinar e para a reunião.... Aproveitei para me despedir antes de vir. Nós não vivemos transando não, eu hein — ela me olha com as sobrancelhas arqueadas.
—Se fosse a mais dos quatro meses atrás eu acreditaria nisso, mas você, Dona Luíza Milani está virando uma grande safada viciada em sexo! — Abro a boca chocada com o disparate dessa morena.
—Está me confundindo com você Emma Baker? Até onde eu sei, a tarada aqui é você! — Eu estou mais ativa, mas não tanto assim... Ou estou?
—Ah, doce Luíza, não tente se enganar. Não fui eu que passou o final de semana quase todo dando para o namora Deus Grego do sexo — ela fala e já estamos chegando na clínica. Se eu vou retrucar? Jamais! Não tenho como rebater essa afirmação.
—Chegamos! — Corto o assunto estacionando o carro.
Descemos e andamos em para a clínica. Confirmo meu horário com a atendente, ela diz para sentarmos que breve serei chamada. Após uns quinze minutos a doutora me chama.
—Boa tarde Srta. Luíza!
—Boa tarde doutora! — A cumprimento simpática sentando na cadeira acolchoada e Emma na outra.
—Estão, o que a traz aqui? Algum problema com o anticoncepcional?
—É exatamente isso que estou querendo saber Dra. Olivia. Meu apetite aumentou bastante nesse último mês e a uns dias senti um pouco de enjoo.
—Ela também está mais irritada Doutora! — Emma intrometida.
—Tudo bem. Vou fazer algumas perguntas e aí pedimos alguns exames, se for mesmo o método contraceptivo, nós mudamos — ela fala e eu assinto — Certo. Você não tem sentido nada além desses sintomas?
—Não, só isso mesmo.
—Sua menstruação veio ou você seguiu com o uso contínuo da Pílula?
—Eu continuei tomando, estou esperando acabar o desse mês para deixar ela vir.
—Certo — ela parece pensar — Você tomou todas de maneira correta? — Nessa hora eu paro para pensar, porque realmente eu não sei. Na verdade, eu creio que sim.
—Sim, eu sempre tomei to... — paro no meio da frase. Puta que pariu! — Na verdade teve um dia que eu não tomei. Quando lembrei foi no outro dia, então tomei duas e foi isso.
—E você teve relação sexual antes ou depois desse esquecimento? — Caramba.
—Sim! — Falo já meio desesperada. Minha cabeça já está juntando as peças e não está gostando nada.
—Tem grandes chances de estar grávida, mas também pode não ser, então vamos fazer um teste de gravidez e um exame de sangue. Caso não seja isso, vou solicitar outros exames para saber se foram sintomas do remédio.
—Eu... Meu Deus, eu não posso estar grávida, posso? — Falo olhando dela pra Emma que está em um silêncio irritante.
—Vamos saber daqui a alguns minutos! — A doutora fala já se levantando, pegando um copo de água e um teste - Pode entrar naquela porta, é o banheiro — Olho pra Emma que suspira me olhando de volta.
—Vai lá Luíza, temos que tirar a dúvida certo? — Respiro fundo acenando e entro no banheiro.
O teste é uma fita, se aparecer um tracinho o resultado é negativo e se aparecerem dois tracinhos é positivo. Faço xixi na bendita fita, me visto e saio do banheiro deixando ela em cima da pia.
—E então? — Pergunta Emma assim que me vê.
—Não sei, deixei lá em cima da pia... tem que esperar cinco minutos. Eu não posso estar grávida Emma, mal comecei a namorar. Meu Deus, o Lucca vai me surtar!
—Toma, você precisa se alimentar - fala me entregando um prato de strogonoff, arroz e batata palha. Faço uma careta, mas como, até porque o olhar que ela me dá é matador — Já sabe como vai contar ao Deus Grego?
—Não posso esconder isso dele, não só porque esse bebê também é dele, mas porque desde o começo fomos tão verdadeiros um com o outro, que mesmo estando morta de medo, sei que tenho que contar - solto um suspiro pesado — e sei que vai ser logo. Ele com certeza vai querer saber como foi na consulta, se eu mudei o anticoncepcional ou coisa assim, você sabe que ele é controlador com certas coisas ainda — falo voltando a comer.
—O melhor a ser feito é contar logo Lu, é o melhor. A reação dele, você se preocupa depois — Emma fala tranquila.
—Você está tão tranquila — queria eu estar assim.
—Para mim é mais fácil, não é? Mas confesso que na hora do teste, fiquei bem nervosa. Agora eu estou feliz que vou ser titia — ela fala sorrindo e eu fico calada.
Comemos tudo e ficamos pela sala mesmo, ela põe a série que estamos vendo ultimamente para tentar me distrair, mas não adianta de absolutamente nada. Emma está vidrada na televisão e eu estou com a cabeça a mil por hora.
A noite logo chega, dissemos ao Adam para vir aqui depois e ele disse que talvez hoje não conseguisse porque ainda está no trabalho, mas amanhã vem sem falta. Emma pediu comida chinesa para jantarmos e o Lucca até agora não deu sinal de vida, o que é estranho para alguém como ele.
Quando estamos comendo a campainha toca, Emm se levanta para abrir e eu nem me movo, provavelmente é o Dam que chegou mais cedo e resolveu vir logo aqui, mas para minha surpresa, não é o ruivo que passa pela porta, mas sim o Loiro mais lindo desse mundo. Ele está com roupas casuais, o que indica que antes de vir para cá ele passou na cobertura - nossa, esse cheiro dele que invade todo ambiente acaba comigo.
—Oi Emma está melhor?
—Eer... Estou sim, foi só um mal-estar, já estou bem! — Ela responde.
—Nossa, primeiro a Luíza com mal-estar, agora você — quando ele fala isso meu estômago chega a embrulhar. Meu Deus — E você minha Baby, está tudo bem? — Ele vem em minha direção com um sorriso alargador de calcinhas.
—Estou.... Estou sim — falo deixando a comida de lado para cumprimentar ele. Lucca me dá um beijo rápido e um abraço, se sentando ao meu lado.
—Me conta, como foi lá na médica? Algum problema ou era realmente o remédio? — Nessa hora meu coração já está disparado e eu me seguro para não apertar meus dedos, para que ele não perceba ainda, meu nervosismo.
—Eu vou para o meu quarto, fiquem à vontade — Emma fala e eu mando um olhar de súplica para ela, que é totalmente ignorado.
—Então, como foi? — Acho que vou começar pela explicação do esquecimento da Pílula, afinal, ele sabe que isso ocorreu. Vamos ver se ele vai se tocar no que é o meu "problema". Respiro fundo.
—Você lembra da noite que fomos para balada a primeira vez, a quase dois meses atrás. Que eu fiquei muito bêbada e acordamos super tarde no outro dia, não lembra? — Narro os fatos e ele está se entender o que tem a ver — Certo.... Lembra que assim que acordamos nós transamos e seguimos o resto do dia de forma normal. Naquele dia eu não tomei meu anticoncepcional, meu celular só Deus sabe onde estava já que meu estado era deplorável e o seu deve ter despertado na hora do almoço, mas não ouvimos por estarmos muito exaustos. No outro dia eu tomei duas pílulas para compensar... — não concluo porque ele me corta.
—Você passou mal por ter tomado duas de uma só vez? Mas porque só passou mal agora? — Deus, ele nem pensou ainda na possibilidade.
—Só deixa e concluir Lucca, por favor! — Ele concorda quando vê que estou séria. A essa altura já estou quase arrancando meus dedos de tanto aperta — É que na verdade, tomar duas pílulas não compensou Lucca!
—Como assim não... — nessa hora acho que ascendeu uma lâmpada na cabeça dele, porque ele franze o cenho e arregala os olhos — Você não está dizendo que... — ele olha para minha barriga insistentemente e depois para o meu rosto novamente. E já estou com os olhos marejados — Você está?
—Eu estou grávida Lucca, aquele esquecimento e o fato de termos transado antes, depois, etc, resultou nisso — falo aos prantos já. Ele não tem nenhuma reação a não ser me olhar e assim fica por alguns minutos, que para mim parecem horas.
—Eu.... Eu preciso de ar! — Ele fala me olhando com os olhos vermelhos, mas que não derramaram nenhuma lágrima, se levanta e sai do meu apartamento. Ele foi embora.
Quando ele b**e aporta, eu começo a chorar compulsivamente no sofá, creio que o choro está alto porque Emma aparece correndo na sala. Quando ela me vê, corre para me abraçar perguntando o que houve, mas não sou capaz de falar absolutamente nada nesse momento. Deito a cabeça em seu colo, sentindo seu carinho em quanto choro compulsivamente.
Não imaginei que ele fosse simplesmente ir embora, achei que ele fosse gritar, se irritar, sei lá, mas sair assim dizendo apenas que precisava respirar, não, eu realmente não imaginei essa possibilidade. E agora meu Deus, o que eu faço? Se ele não quiser mesmo esse bebê, tomo a frete de tudo sozinha — assim como minha mãe fez — mesmo com medo e totalmente perdida. O fato, é que não vou querer nada dele.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Meu CEO Dominador
Ué, cadê o resto do livro ?...
Ué, concluido assim, 4 capitulos?...
Mas capítulo por favor...