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Meu CEO Dominador romance Capítulo 84

Lucca

Saio da ala indo de volta para o quarto que será meu até que a Luíza seja transferida, tenho medo de sair daqui e sei lá, algo acontecer. Quando entro no quarto dou de cara com o meu irmão e o Erick.

—Vamos ficar com você o resto do dia para que não fique sozinho — Vicenzo fala percebendo minha confusão.

—Quem ficou nas empresas? — Pergunto passando a mão nos olhos que ainda tem vestígios do meu choro de agora pouco.

—Luigi está no seu lugar e na minha, o meu Vice tomou a frente. Você sabe que ele é competente — tudo faz sentido agora. Realmente Erick não colocaria qualquer pessoa como seu substituto e já conheci o homem por conta da nossa sociedade, ele é realmente capaz.

—Entendi — falo meio sem vontade me jogando numa poltrona.

—Frattelo, sei que está mal mas precisa de um banho e comer alguma coisa, nossa mãe falou milhões de vezes para enfiar comida na sua boca e até te jogar debaixo do chuveiro se fosse necessário — imagino minha Mamma falando essas coisas — então não me contrarie, por favor! — Vince fala sério, mas com um toque de humor, sei o que ele está tentando fazer.

—É cara você está fedendo já — Erick entra na pilha. Tenho sorte por tê-los.

—Impossível eu estar fedendo, se a Luíza estivesse aqui atestaria isso — a simples menção do seu nome me deixa aquecido e ao mesmo tempo me faz lembrar do porquê de ela não poder me defender agora.

—Em breve a Deusa vai estar acordada fazendo a cabeça de homens e mulheres virarem para apreciar a beleza dela — ele fala tentando tirar alguma reação minha, mas no momento eu queria mesmo que uma porra dessas acontecesse — não temos dúvidas de que defenderia o "Loirinho" dela.

—Nunca quis tanto que todas as pessoas desse mundo quebrassem a porcaria do pescoço só para apreciar a mulher linda que ela é Vicenzo, juro que nem ligaria para isso, com tanto que ela estivesse bem — falo com toda sinceridade.

—É irmão, você está realmente acabado — Erick fala e sei que ele está falando em todos os sentindo da palavra — reage Lucca, sei que a sua perda não será algo fácil de superar ainda mais quando a Luíza souber, mas se você estiver desse jeito não vai ajudar em nada. Estamos aqui para te ver chorar, gritar, quebrar tudo, mas principalmente para te ver forte para enfrentar o que ainda está por vir.

—Vou tomar meu banho, vejam algo para eu comer — não tem o que retrucar. Nada do que foi dito é em vão, então só pego as coisas que eles trouxeram para tomar um banho.

Entro no banheiro tirando a roupa que estou usando desde ontem de manhã quando fui para a empresa, me olho no espelho por um tempo vendo o estado deplorável que me encontro. Meus cabelos estão bagunçados de tanto passar as mãos, mas o que chama realmente atenção são os meus olhos extremamente vermelhos e as olheiras que se formaram logo abaixo deles. Suspiro. Ligo a ducha na água fria entrando rapidamente deixando que a água leve mais lágrimas e quem sabe essa dor que está me corroendo no peito. O banho é mais demorado do que o normal, mas chorei tudo que tinha para chorar — pelo menos é o que espero — me enxugo, uso dos produtos e visto uma calça moletom preta, uma camiseta cinza e nos pés um chinelo — Meu irmão pensou mesmo no meu conforto — saio do banheiro os vendo conversar em quanto tem uma bandeja posta em cima da mesinha que há no quarto.

—Perguntei para a médica se ela sabia e bom, ela falou que fez um exame de sangue para se caso eu e a Luíza quiséssemos saber o sexo, então ela me disse que era um menino — meus olhos começam a se encher de lágrimas novamente — Não conheci meu menino, nunca vou saber se ele teria meus olhos ou os olhos da Luíza que tanto amo, se seria controlador como eu, se teria a doçura da mãe... — paro de falar porque o choro toma conta de mim por completo.

—Não sei o que está sentindo Lucca, não tenho nem como dimensionar o que você está passando, o que posso dizer é que pode contar comigo cara. Somos amigos desde que éramos moleques, você sabe que apesar de não falar, amo vocês como se fossem minha família de sangue — Erick fala com um tom baixo e bastante sincero, chegando a me impressionar por dizer assim que nos ama. Ele não é uma cara aberto.

—Eu sei que sim — é a única coisa que consigo proferir.

—Frattelo... — meu irmão que toma a palavra agora soltando todo o ar que parecia estar prendendo — Eu estava realmente empolgado para ser tio, pensava em ensinar a criança em como aperrear o pai sendo menino ou menina, em fazer bagunça escondido da Luíza porque claramente seria ela quem botaria ordem e não você, enfim. Nós não temos controle do mundo a nosso redor Lucca e estou triste de verdade por não ter podido conhecer meu sobrinho, mas ainda sim sou Tio, você é Pai... — franzo o cenho sem compreender onde ele quer chegar com isso — Ele agora virou um anjinho irmão, o anjinho da nossa família e será lembrado sempre com carinho.

—Obrigado por isso Vicenzo! — Me levanto para abraçar meu irmão que está bem emocionado.

As horas vão passando mas para mim parece que nada anda, me sinto em uma paralisia onde apenas eu, sei que estou parado. De repente tudo desabou sobre a minha cabeça. Todos me ligaram depois que os caras foram embora, a Emma insistiu para ficar aqui, mas eu a convenci que essa ideia seria mais bem-vinda quando a Luíza fosse transferida para o quarto e agora estou sozinho deitado nessa cama de hospital, tudo tão deprimente. Até que a porta é aberta me fazendo erguer a cabeça um pouco.

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