Meu CEO Dominador romance Capítulo 87

Lucca

Muitas coisas aconteceram, então vou começar explicando o que aconteceu após a ida da Luíza para o quarto.

Dois dias depois que ela havia sido transferida, tiraram toda sua sedação, a examinaram e apesar da pancada na cabeça, da grande perda de sangue e da cirurgia soba a qual foi submetida, o médico disse que ela estava muito bem, que a partir daquele momento tudo dependeria exclusivamente dela para acordar. Quis continuar meu plantão permanente no hospital, mas no mesmo dia que tiraram a sedação por completo estavam todos no hospital e a Emma foi a primeira a dizer que não havia chance de isso continuar acontecendo porque além de eu estar acabado. Sim, ela falou isso. Na verdade, ela disse que se a amiga dela visse meu estado deplorável, provavelmente desistiria de mim, sabe o que foi pior nessa situação toda? Todo mundo que estava presente concordou com ela, então montamos uma espécie de escala onde cada um de nós fica como acompanhante. Se estou conseguindo cumprir de maneira correta? Claro que não, muitas vezes fico lá junto com a outra pessoa que está cumprindo seu horário na escala, mas o que posso fazer se ir trabalhar está fora de cogitação porque não foco no que devo e ficar em casa sem fazer nada em quanto relembro os milhões de momentos que passei com ela na cobertura também é uma grande merda, a única coisa boa é ter a comidinha da Martinha que pergunta sempre como a "Lulu" está.

A polícia conseguiu depois de algum trabalho a imagem da pessoa que causou o acidente. Foi difícil descobrir o nome, porque o carro tinha placa clonada no nome de um homem que nem sabia que isso havia acontecido com a placa de seu carro e pelas imagens que não eram tão boas assim, jogando no banco de dados não reconhecia o rosto, nada, foi então que pedi para ver os vídeos. Mesmo que não conhecesse o maldito que fez isso, vai que percebesse algo que ninguém percebeu, não é? Podia ser muita prepotência minha, mas também poderia ajudar em algo, meu foco era saber quem tinha feito e por qual motivo. Num dos dias em que a Emma ficaria o dia inteiro no hospital, fui junto com meu irmão e o Erick até o amigo do meu pai que estava não só acompanhando como agilizando o caso do acidente da Luíza. Chegando lá ele nos levou até seu escritório, ligando uma televisão de tamanho médio que logo começou a rodar as imagens. De cara realmente não dá para ver muita coisa, então ficamos os quatro um bom tempo repetindo a imagem da pessoa para no sinal e assim que o carro que a Luíza dirigia passa no sinal verde a pessoa ultrapassa o semáforo que está fechado. Todos estavam cansados de ver a mesma coisa mil vezes, porém eu não! Foi graças a minha insistência que não só consegui ver o rosto mas reconhecer a pessoa que estava por trás daquele volante. Quando pedi que parassem a imagem, expliquei tudo ao homem que se chama Bruce e logo nos juntamos para montar um plano para pegar a pessoa que me fez perder um filho, me privou de momentos com minha mulher. Combinamos que esperaríamos minha Ragazza acordar para pôr o plano em prática, porque do contrário eu não conseguiria me concentrar em nada além dela.

Hoje fazem exatamente vinte e dois dias que tiram a sedação da Luíza. Ela está muito bem, os hematomas já estão praticamente todos cem por sento sarados, o lugar da cirurgia está caminhando na mesma direção, mas ela ainda não acordou. Todos os dias é a porra de um martírio, me pergunto se ela irá mesmo acordar porque não é possível que ela esteja a tanto tempo desacorda, não tem lógica alguma para isso em minha cabeça. O médico diz que o corpo dela passou por muitos choques, que ela está fisicamente bem, seus exames sempre dão bons resultados o que apenas confirma a tese de que é ela quem está precisando desse "descanso" que está acabando com o resto da minha sanidade mental. O revezamento continua acontecendo, com a maioria de presenças sendo minha, da Emma e do Adam. O plano para pegar o responsável pelo acidente está apenas esperando o dia que minha Feiticeira acordar, em quanto isso estamos monitorando a distância, achamos até que a pessoa pode vir até nós sem precisarmos fazer esforços.

Nesse momento estou na cobertura, pois vim tomar banho, pegar algumas roupas e claro aproveitar para almoçar a comidinha da Marta. Assim que ponho a mochila nas costas, meu celular toca e o nome que vejo faz meu coração disparar.

-O que aconteceu Emma? A Luíza está bem? - Pergunto sem ao menos deixa-la falar, mas só escuto seu choro - Fala alguma coisa pelo amor de Deus Ragazza, você vai acabar comigo desse jeito - respiro fundo - FALA PORRA! - Grito já em desespero.

-Ela.... Ela... - escuto ela tentar controlar o choro em quanto eu já ando na direção do elevador deixando uma Marta totalmente perdida para trás - Ela acordou Lucca, a Luíza acordou!

Nem respondo nada, deligo o celular chorando de alívio por ela em fim ter acordado e pelo susto que a Emma me fez passar com o seu desespero. O elevador parece mais lento que uma tartaruga - agora estou me perguntando o motivo de eu morar no último andar desse prédio enorme, puta que pariu! - Chego na garagem correndo direto para o meu carro, sabendo que vou receber mais multas e os seguranças à paisana vão ter que se virar para me seguir mais uma vez. O hospital não fica tão longe de onde moro, então não demora e estou estacionando meu carro de qualquer jeito, saindo feito louco pelos corredores do hospital até chegar na porta do quarto onde ela está, onde vou vê-la de olhos abertos novamente. Paro respirando fundo, sabendo que será um momento de alegria, mas também vão vir perguntas dolorosas para eu responder, pois sei que ninguém a contou nada ainda, inclusive acho provável que nem o médico ainda tenha vindo vê-la.