Luíza
O que tenho vivido desde que acordei não se iguala ao que o Lucca deve ter passado... essa é uma das coisas da qual eu mais tenho pensado, porque se eu que acordei a quase 48h me sinto assim, imagine o que esse homem que está ao meu lado guiando o carro não deve ter passado. Pensar que tudo que estávamos programando para um futuro próximo que envolveria o nosso filho, foi pelo ralo por causa da maldade e possessividade extrema de uma única mulher, parece até livro de ficção ou aqueles filmes de drama, onde tudo na vida dos protagonistas parece sempre dar certo, de repente vira do avesso trazendo toda tristeza que até então não havia para suas vidas, os deixando sem rumo. É assim que tenho me sentido desde o momento que conversei com o Lucca naquele quarto de hospital. Me sinto impotente por não ter feito nada porque não tinha o que ser feito no estado que eu me encontrava e me sinto impotente agora porque o que ele está sentindo, eu também estou.
A sensação de vazio é estranha demais, afinal como podemos sentir tanta falta de alguém que nem cheguei a sentir mexer na barriga, que não peguei no colo, que nem escolhemos o nome ou convivemos, nós só sabíamos que ele estava ali, que em meses o teríamos conosco. Às vezes acho que a questão é pensar; e agora? Tínhamos planos e agora esses planos não existem mais, nossos planos agora terão que ser refeitos apenas para nós dois, tudo que estávamos pensando em fazer agora voltou a ser para uma dupla e não para um trio. Em pensar que até surpresa para nossa família nós fizemos... agora não tem bebê, temos um anjinho. Os pensamentos tomam conta de todo meu ser de um jeito tão profundo que nem percebo que já estamos entrando na propriedade de uma casa enorme — claro que seria uma mansão — pelo lado de fora já se percebe que é um tanto rustica, mas tem aquele mesmo ar de modernidade da casa dos pais do Lucca. Logo ele estaciona o carro e vai tirando minha mala em quanto eu desço do carro. Está de noite, não dá para ter uma boa visão da paisagem, mas o ar puro invade imediatamente os meus pulmões, já me sinto até melhor só por estar aqui.
—E aí, o que achou? — Pergunta segurando minha mão com a mão livre, me guiando até a porta de entrada.
—Não tenho como analisar a viagem, mas o ar puro e a estética incrível dessa casa, já melhorou o meu estado de espirito — sou sincera com ele.
—Amanhã depois que a psicóloga sair, nós podemos dar uma volta pela propriedade. O tempo está meio frio, mas podemos ir ver a cachoeira mesmo assim e no final da tarde quem sabe não vemos o pôr do sol como fizemos no dia que te pedi em namoro? — Tem como não amar esse homem? Me digam com sinceridade.
—Para mim está mais que perfeito meu Loirinho — falo e el abre a porta me dando espaço para entrar primeiro — que linda Lucca, meu Deus! Todas as propriedades da sua família parecem ter saído diretamente de revistas — falo e ele sorri, como é bom vê-lo sorrir mesmo que tão rápido.
A casa é muito linda por dentro, uma mistura perfeita entre o rustico e o moderno. Tem muitas janelas grandes para todo o lado, o que me eleva a crer que durante o dia a iluminação natural deve ser incrível, mal cheguei e já amo esse lugar.
—Vem vamos subir para o quarto que é meu aqui e amanhã te mostro cada cantinho — ele me puxa para subirmos as escadas até o seu quarto —nós temos um caseiro, que toma conta da casa, matem tudo sempre em ordem para quando queremos vir, então sempre te roupas nossas nessa casa assim como tem na mansão.
—Já estava prestes a perguntar como era possível essa casa estar tão limpa se vocês não vêm aqui com tanta frequência — realmente iria perguntar, porque meu Deus, a casa está um brinco.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Meu CEO Dominador
Ué, cadê o resto do livro ?...
Ué, concluido assim, 4 capitulos?...
Mas capítulo por favor...