Meu Delegado Obsessivo romance Capítulo 8

Cecília

Já faziam três dias que eu estava naquela vida de acordar, entrar naquele ônibus que eu chamava carinhosamente de lata de sardinha e que até já estava de tornando aconchegante o suficiente para ser a extensão da minha cama e quando não, ter que desviar dos retardados que achavam que tinham direito de ficar roçando nas meninas, chegar na delegacia em cima da hora e me afundar na leitura daqueles processos imensos que ficavam em cima da minha mesa

Eu tinha noção de que aquilo era só o começo da minha jornada, mas eu queria mais sabe, eu queria que ele confiasse em mim, queria que o delegado visse meu potencial e decidisse que já era hora de me ensinar um pouquinho daquilo que ele fazia de melhor

Fora que curtir um pouco a presença dele do meu lado, com aquele cheiro amadeirado e aquela imponência toda preenchendo o lugar

Era estranho eu querer aquilo, ainda mais porque vivia me esquivando daquele tipo de gente

O que ele tinha me mandado fazer era coisa era simples, na verdade, eu ficava completamente presa a um tipo de revisão de todas aquelas páginas para o delegado Thierry. Era nítido que ele ainda não confiava no meu trabalho ou, pelo menos, não achava que eu iria encontrar o detalhe que todo investigador busca já na primeira olhada, fora que até eu, se estivesse no seu lugar, faria de tudo para me poupar do trabalho de fazer leitura desnecessária, aquele velho ditado, se tem quem faça...

Eu vi muita coisa dentro daquelas pastas, li na verdade, coisas que os ser humanos são capazes de fazer, coisas que me fizeram duvidar se o homem é mesmo racional, coisas que me fizeram confirmar que eu estava no lugar certo, fazendo o que eu amava e que eu podia fazer a diferença

A gente não tem noção do que acontece com o mundo, do grau de loucura das pessoas. Um dos casos que mais me impressionou foi o de um serial killer que estava sendo procurado por matar somente mulheres, usando as passagens da bíblia para justificar os seus atos

Cara, o que ele fazia era desumano. Teve uma moça que ele prendeu num porão improvisado de uma casa abandonada, estuprou a menina, passou cortes de navalha, queimou com ponta de cigarro, depois mutilou a genitália só para depois fechar com chave de ouro com uma morte por afogamento

Era esses tipos de casos que a gente via ali, todos os dias, descritos em todas aquelas pastas e que nos dava força para ajudar ao máximo, mesmo que em detalhes, para pegar o filha da puta que se achava no direito de ser Deus

Acho que era por isso que o delegado era tão dedicado, não dava para aceitar o ser humano usando o outro como brinquedo só para satisfazer as suas loucuras, tudo tem um preço e o dele, no caso, oi deixar de viver para trazer tranquilidade para as outras pessoas, ajudar a amenizar as suas dores

Nesses últimos três dias eu quase não o vi, ele se trancou na sala dele de um jeito que nem a menina da limpeza conseguia entrar praticamente

Eu ainda tive algum acesso porque, como ele pedia os processos que eu estava estudando, tinha que ir naquela sala uma vez ou outra

Era estranho, em alguns momentos eu achava que, enquanto estava organizando o que ele ne pedia exatamente no local que ele mandava, sentia que seus olhos paravam sobre o meu corpo ou era a minha mente tentando me pregar uma peça, desejando que, o que eu tinha preso apenas na minha mente, virasse realidade

Ser a melhor em tudo...era isso mesmo que eu queria, principalmente ali, como estagiária e aprendiz, a única coisa que estava me impedindo era ter contato com uma pessoa que malemá me dava atenção

Calça jeans surrada e uma camiseta básica preta, a única coisa que destoava daquele uniforme era o coldre que ele era obrigado a usar

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