Meu General Possessivo romance Capítulo 2

Helena Hernandes

General Cortez continuava a me observar de maneira intensa como se estivesse me estudando. Senti meu rosto ficar vermelho igual a um pimentão. Não sabia o porquê eu estava me sentindo tão vulnerável perto desse homem.

Respirei profundamente tentando acalmar meu nervosismo. Ele então abriu uma das gavetas de sua mesa, pegando uma pasta, a abriu enquanto analisava e depois se pronunciou:

— Soldada Hernandes, eu preciso que termine de preencher sua ficha. Está incompleta e não aceitamos isso aqui. Por favor, coloque seus dados bancários com o número do RG e CPF.

O olhei de forma surpresa e constrangedora.

— Claro, senhor! Poderia me emprestar uma caneta, por favor?

— Aqui está. Nunca se esqueça de colocar seus dados corretamente, soldada, ou como espera receber seu salário?

Me aproximei da mesa puxando uma cadeira, sentei na mesma e disse, enquanto assinava os espaços vazios:

— Me desculpe, senhor! Não irá se repetir, no entanto, pensei que essas coisas fossem a administração quem resolvesse.

— Nem tudo se resolve na área administrativa, muitas vezes essas responsabilidades são minhas!

Levantei meu rosto para observa-lo, o mesmo ainda me encarava com aqueles lindos olhos azuis. Agora é sério, eu sentia que meu rosto estava vermelho novamente, então pensei: “Meu Deus, preciso controlar melhor minhas emoções!”

— Está se sentindo bem? Está passando mal? — Ouvi o general perguntar ainda me olhando.

— Não, senhor. Por que a pergunta? — o vi passar a mão na barba, me olhando de maneira sedutora.

Caramba, estou começando a imaginar que meu chefe está me seduzindo. Céus, preciso parar de pensar nessas coisas.

Então ele comentou, sorrindo;

É sério? Ele sorriu? Meu Deus! Precisava sair logo daquela sala.

— Seu rosto está bastante vermelho, soldada. Tem algum problema de saúde?

— Não, senhor, estou apenas com um pouco de calor, é só isso. Bem, deixe-me terminar de assinar isso.

— Entendo, mas aqui, a Central de ar está ligada, aumentarei a temperatura. — ele respondeu se levantando e indo até sua cafeteira.

— Obrigada, mas não precisa, senhor, eu já terminei. Aqui está. — levantei-me, o entregando a pasta, ele a pegou analisando.

Ao ficar de pé, percebi que parecia aqueles anões de jardim perto daquela montanha de músculos. Não tinha como deixar de reparar nele. General Cortez era um pedaço de mal caminho em que qualquer mulher gostaria de se perder. Seu corpo musculoso bem trabalhado se ajustava perfeitamente ao uniforme, podia apostar que devia ter uma barriga e um peitoral incrível... Aquele homem era todo gostoso.

Meu Deus do céu! Eu precisava sair logo daquela sala. Aquele homem estava me fazendo pensar nesse tipo de coisas indecentes.

Sem perceber, meus olhos também analisaram suas pernas, a bunda e a região da frente... Será que também seria grande o…

General Cortez me chamou, estalando os dedos na minha frente, como se me acordasse de uma espécie de transe.

— Soldada Hernandes, penso que é melhor você passar na enfermaria, seu rosto está vermelho novamente. Bom, sua ficha está completa, já pode se retirar.

— Obrigada, senhor, mas volto a dizer que é só calor. Bem, deixe-me ir, com licença.

Retirei-me da sala, abanando o rosto, que calor era aquele? Esperava não ter que ficar novamente a sós com o General Cortez. A sua forma de olhar, de maneira intensa e penetrante me faz imaginar besteiras.

Eu estava sem ficar com ninguém há muito tempo, devia ser por isso. Foquei tanto em trabalhar que acabei me esquecendo de outros prazeres da vida.

Então, resolvi caminhar para o meu alojamento, e tomarei um banho e isso devia resolver por hora.

***

Assim que acordei, percebi que estava mais disposta, apesar de ter sonhado duas vezes com o General Cortez. E eu sabia que devia parar com isso, ele era meu superior, caramba!

Levantei-me indo até o banheiro, tomei um banho bem relaxante e voltei para meu o quarto. Coloquei minhas peças íntimas e vesti meu uniforme, após isso comecei a amarrar os cadarços das minhas botas, e foi quando minha colega de quarto comentou, retirando seu uniforme:

— Bom dia! Como foi ontem lá na sala com o general?

Luísa era direta, e nem escondia sua curiosidade, ainda bem que ela já havia me avisado desse seu jeito. Coloquei a última parte da farda antes de começar a pentear meus cabelos.

— Foi tranquilo, eram só alguns papéis da minha ficha que acabei esquecendo de preencher.

— Nossa, pensei que quem cuidasse disso fosse a administração.

Amarrei meu cabelo e respondi:

— Pois é, disse a mesma coisa ao General Cortez, porém, ele me disse que quem resolve os problemas da equipe é ele mesmo.

Enquanto ela começa a se vestir, diz rindo:

— Até imagino a maneira grossa que ele te deu essa resposta. Mas o que o general tem de arrogante tem de gostoso, percebeu?

— Se eu dissesse que não, você não acreditaria, mas é melhor pararmos com esse assunto.

Ela sorriu e comentou, me olhando maliciosamente:

— Seu rosto está vermelho... Imagino o efeito que te causou sozinha com ele naquela sala.

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