Resumo do capítulo Capitulo 02 do livro Meu General Possessivo de Camila Nunes
Descubra os acontecimentos mais importantes de Capitulo 02, um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance Meu General Possessivo. Com a escrita envolvente de Camila Nunes, esta obra-prima do gênero Romance continua a emocionar e surpreender a cada página.
Fernando Cortez
A semana que vem ali no quartel, seria bastante agitada, porque os novos recrutas que acabaram de se formar, seriam transferidos para ali, por isso o coronel mandou-me selecionar os novos soldados.
Soltei um suspiro de frustração porque odiava realizar essa parte, isso deveria ser feito pela administração, mas como o Coronel Matias mesmo falava: “Nós somos pagos para desenvolver nosso trabalho direito. Você tem o cargo mais alto, entretanto, tenho a função de maior preparação das companhias para a Defesa da Pátria, além de administrar como leis internas do Estado-Maior no Exército.”
Velho desgraçado! Como se ele fizesse algo a não ser dar ordens, com aquela bunda velha sentada o dia inteiro naquele gabinete. Não via a hora daquele homem se aposentar e parar de infernizar minha vida.
Pedi ao Tenente Klaus para me ajudar, afinal, eram muitas pastas com fichas dos candidatos. Selecionei alguns rapazes pelo físico e sua boa saúde, um exemplo que tomávamos era sempre ter bastante cuidado na hora de escolher o soldado, pois não adiantava selecionar um cara enorme com vários problemas e históricos de doenças.
Após selecionar o próximo grupo, Klaus comentou, sorrindo animado:
— Ah! Agora vem a melhor parte, as mulheres. Será que temos muitas beldades esse ano?
Às vezes, pensava que ele era meio perturbado de sua cabeça.
Revirei os olhos, pois já conhecia o jeito mulherengo do meu amigo e comentei, sério:
— Tenente Klaus, ainda vai se meter em alguma confusão com essas soldadas! Todo ano esse seu fogo incontrolável pelas novas subordinadas nunca muda.
— Não é fogo, General Cortez, procuro uma companheira, estou ficando velho e quero alguém para compartilhar a vida, e você deveria fazer o mesmo!
Olhei seriamente para ele, confessando com ironia:
— Quero distância de mulher, você sabe o que me aconteceu da última vez que tentei fazer isso.
— Você precisa esquecer o passado, meu amigo, já faz sete anos que aquilo aconteceu.
Suspirei pesadamente, passando a mão em minha barba e disse:
— É melhor mudarmos de assunto, não gosto de falar sobre isso.
Ele concordou e continuamos a selecionar as candidatas. As novas subordinadas daquele ano eram bastante competentes e habilidosas. Finalmente esse ano não teríamos tantas pessoas folgadas e preguiçosas.
Vi um sorriso no rosto de Klaus ao analisar uma das pastas e comentou:
— Veja só, essa aqui se chama Luísa, descendente de indígena e é muito bonita. Selecionarei ela para o seu grupo.
Olhei para ele sem paciência e disse, sério:
— Klaus, pare de querer me arrumar um casamento! Já te disse que não estou procurando por mulher.
— E quem disse que é para você? Essa aqui é minha, mas volto a dizer que precisa de uma. Tem quanto tempo que você não transa?
Ele me olhou curiosamente, levantando a sobrancelha enquanto eu confessava, ainda analisando uma das fichas:
— Não que seja da sua conta, mas treino para aliviar a excitação. Realizar exercícios ajuda, seu idiota.
— Pode até ajudar, mas não é tão prazeroso quanto comer uma buceta apertada. Ainda lembra da sensação, general? - ele soltou uma gargalhada.
Eu peguei uma das pastas e joguei para ele, enquanto respondia:
— Cala essa sua boca, seu idiota, ou te colocarei para trabalhar nas piores partes rurais. E não duvide, eu tenho poder para isso.
— Está bem! Já parei e não quero dormir naqueles alojamentos horríveis. — Klaus levantou a mão em rendição.
— Ainda bem que você entendeu o recado, agora vamos trabalhar.
Klaus recompôs sua compostura e continuou a selecionar os candidatos. Levantei-me indo até à cafeteira, me servi uma boa xícara de café e retornei a minha mesa para terminar logo de escolher as novas subordinadas.
Quando eu estava na última pasta, a jovem naquele currículo me chamou muita atenção. Ela era muito bonita, tinha os olhos castanhos, cabelos negros e a pele bronzeada. Arrisco dizer que seja mestiça, filha de branco e negro, a famosa mistura de café com leite.
Suas qualificações eram ótimas, ela trabalhava de maneira eficaz e tinha habilidades com as armas, inclusive metralhadoras. Além de ser bastante competente com os animais. Era a primeira vez que via uma soldada com todos esses predicados.
Acabei sorrindo ainda olhando para foto e Klaus percebeu e se levantou, me sondado curioso.
— Você está sorrindo? O que essa última candidata tem? Deixa eu ver.
Não tive tempo de reagir porque o filho da mãe puxou a pasta rapidamente da minha mão. E então, confessou maliciosamente, enquanto lia a ficha da subordinada:
— Deixe-me ver! Soldada Helena Hernandes, 21 anos, morena clara, olhos castanhos claros, 1.65, estado civil: solteira. Habilidades como: área florestal, cavalos, trabalha com máquinas e artilharia pesadas. Funções de armas: metralhadoras, escopetas, calibre 22 e 38, além de atiradores sniper. Nossa, essa é realmente boa!
— Também achei, ela será umas das selecionadas. Coloque-a na minha equipe.
Klaus me olhou maliciosamente e confessou:
— Você está muito fascinado nessa subordinada. Teve interesse nela, não foi?
— Sinceramente… Você e sua mente pervertida, já te expliquei que o currículo dela é bom e bem qualificado. Apenas esse é o meu interesse.
— Tudo bem, General Cortez, já entendi! Veremos se estou errado mesmo em adivinhar que você mexe com a coloração do rosto dessa moça toda vez que está perto dela. Bom, eu vou trabalhar, até mais tarde.
Ele levantou, me deixando sozinho a mesa. Era só o que me faltava, meu nome ficar sendo motivos de cochichos nesses corredores devido ao Tenente Klaus.
Assim que me retirei do refeitório, voltei para as minhas funções na minha sala. O resto do dia passou tranquilamente, terminei de organizar minhas coisas e arrumar minha mochila.
Naquele dia iria finalmente para casa ver minha mãe, eu estava com saudade de sua comida. No minuto em que dobrei o corredor, trombei com alguém.
Ao ver os objetos da outra pessoa caírem, me deparei com a soldada Hernandes e comentei, sério:
— Soldada Hernandes, preste mais atenção da próxima vez!
Ela me encarou de forma envergonhada ao perceber que se tratava de mim.
— Me desculpe, general, não foi a minha intenção, eu realmente não o vi.
— Se olhasse para cima, teria me visto. Mas enfim, seja mais cuidadosa da próxima vez!
A jovem me olhou de cima a baixo e corou.
Senti como se ela estava estivesse tentando até me despir só com os olhos, principalmente quando ela olhou para região da minha virilha. Por um momento, pensei que estivesse imaginando coisas ou ela estava tentando mesmo imaginar o tamanho do meu p…
Não, eu estava pensando besteiras. Ela então se recompôs e disse:
— Não se preocupe, serei mais cautelosa da próxima vez!
Ela passou por mim rapidamente, mas resolvi perguntar, só para ter certeza se o motivo da vermelhidão em seu rosto seria eu.
— Sim, claro. Mas antes que eu esqueça, quando for me analisar de cima a baixo, seja mais discreta. E se quer saber qual é o tamanho, te confesso ser bem grande. Bom, tenha um bom final de semana.
Ela me olhou perplexa e vermelha. E agora eu tive certeza, porque ela não disse nada apenas engoliu em seco.
Lancei um último sorriso para ela, colocando meus óculos, e lhe dei as costas. Realmente Klaus estava certo, Helena ficava somente daquele jeito quando me via. Nem eu mesmo acreditava que causaria esse efeito sobre ela.
Andei até meu carro e me retirei do quartel, suspirando satisfeito que finalmente teria uma folga.
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