Resumo de 20. Confusão na madrugada – Capítulo essencial de Meu melhor amigo(Completo) por Luciolabarbosa
O capítulo 20. Confusão na madrugada é um dos momentos mais intensos da obra Meu melhor amigo(Completo), escrita por Luciolabarbosa. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.
Depois que chegamos da viagem de férias minha mãe foi me buscar, o que é incrível, ela não me busca desde que eu tinha treze anos. Ela conversou com meus tios um tempo e pela cara que saiu do escritório com certeza não foi uma conversa muito boa. Estou tentando entender o que há errado com o fato do meu pai querer me conhecer...
Depois de chegarmos em casa minha mãe mandou guardar as minhas coisas e tomar um banho. Fiz tudo que ela mandou fazer em silêncio. Depois de terminar de fazer tudo fiquei trocando mensagens com o Bruno, isso até a porta do quarto abrir e dona Jaqueline entrar.
_Com quem está falando? - Ela perguntou com sua frieza e grosseria costumeira.
_Com o Bruno. - Respondi.
_Ele pode esperar. - Ela diz ao se sentar em frente a minha escrivaninha. Não fui capaz de disfarçar a minha cara de revolta. _Não me olha assim! Nós precisamos conversar logo, antes que o André simplesmente resolva aparecer e te pegar de surpresa. Eu vou ser breve.
Respiro fundo e tento conter a minha raiva. Ela teve muito tempo para me falar sobre meu pai e agora só porque ele resolve aparecer... Ela simplesmente resolveu que vai me falar sobre ele. Quantas vezes eu perguntei pelo meu pai!? E só agora ela fala? E ainda diz que vai ser breve... Eu quero muito gritar e dizer que não quero saber, mas não vou, se fizer isso ela pode resolver não falar.
_Estou ouvindo. -;Respondo por fim.
_Seu pai apareceu aqui no começo das férias dizendo que soube de você depois a mulher morreu, ela escondeu a carta que eu mandei a ele falando sobre você... Ele quer conhecer você, eu disse que falaria com você primeiro. Você quer conhecer seu pai?
_É claro que eu quero! - Respondi numa animação bem mais transparente do que deveria e acho que isso não agradou muito minha mãe porque ela fez uma careta.
_Você tem um irmão alguns meses mais velho, vai querer conhecê-lo também? - Dona Jaqueline continua com sua careta.
_ Quero! - Respondo séria e seca.
_Tudo bem, vou falar com ele... Eu... Vocês marcam em algum lugar para se encontrarem e conversarem... - Ela disse com tanta insegurança, nunca tinha visto minha mãe tão insegura e nervosa, foi estranho. _Eu não quero ele aqui! - Ela disse por fim ao se levantar e caminhar até a porta.
_Você ainda ama ele? - A pergunta me veio na mente e antes que pudesse conter tinha saído pelo minha boca.
_Não! Claro que não! - A resposta foi de alguém que se defende. Minha mãe ainda ama meu pai só não quer admitir.
_Tudo bem. Eu respondi.
_Agora vá dormir, boa noite.
Fazia muito tempo que não recebia um "boa noite" da minha mãe. Fiquei tão surpresa que demorei um tempo para responder. Enquanto isso ela estava parada na porta do quarto me olhando com uma estranha expectativa.
_Booa noite mãe. - Ela sorri ao sair e fechar a porta. _Isso foi esquisito! - Murmurei.
...
Acordo ouvindo um murmúrio, parece ser uma discursão ou algo do tipo. Pensei que fosse alguma briga na rua ou na casa de algum vizinho. O relógio marca três e quarenta da madrugada. Descidi me levantar e ir ao banheiro no andar de cima.
Ao contrário da casa do Bruno minha casa é uma casa simples, sala e a cozinha com uma varanda ficam em baixo e dois quartos com dois banheiros na parte de cima. No quarto da minha mãe tem uma suíte, eu tenho que andar para ir ao banheiro. Todas as casas por aqui são assim.
Depois de sair do quarto percebi que a confusão da conversa era na minha casa e a curiosidade para saber quem minha mãe mandava embora foi maior do que o medo de ser pega xeretando. Caminhei pelo corredor escuro até o topo da escada onde consegui ver um homem alto aos sussurros gritados se é que isso é possível.
_Me desculpa... Eu, eu não posso, vai embora.
_ Olha nos meu olhos e me diz que você não sente mais nada por mim. Se disser isso eu juro que nunca mais vai me ver, até meus encontros com nossa filha serão longe daqui.
_Sua mulher acabou de morrer... - A voz da minha mãe saiu tão baixa que quase não pude ouvir. - Vai embora André... A Ana pode acordar... Por favor!- Ela está quase implorando para que ele vá embora mas não olha para ele, seus olhos estão presos no chão.
_Olhe nos meus olhos e me diga...
Minha mãe respira fundo e finalmente olha para o meu pai. Ela não diz o que pensei que fosse dizer.
_Eu não posso, você sabe que eu não posso. Eu ainda amo você, eu sempre vou amar você.
Uau! Foi tudo que pensei antes que ver o beijo avassalador dos dois, prefiro sair de mansinho antes que presenciasse meus pais transando.
_Isso não vai acontecer André, se não quer ir embora fique, mas não vou ceder! Minha mãe diz e parece subir as escadas correndo. Entro no banheiro porque não daria tempo de chegar ao quarto e me escondo lá.
Pelo som meu pai deve ter corrido atrás dela, só que não conseguiu alcançar. Ele bateu na porta muitas vezes e chamou por ela que não abriu a porta. Depois de algum de silêncio eu abri a porta e sai.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Meu melhor amigo(Completo)