Meu melhor amigo(Completo) romance Capítulo 29

Cinco anos depois...

_Tia cheguei! O Samuel vai almoçar aqui hoje. Tia Lilian!? Bea!? - Entro em casa colocando a bolsa sobre o aparador e tirando os sapatos enquanto guardo meus sapatos no pequeno armário da entrada. - Ela deve estar nos fundos da casa. - Digo para o meu namorado e pego sua mão o levando até os fundos da casa. _Beeaaa... - Chamo meio cantando. - A mamãe chegou prin...

Paro na porta da varanda dos fundos num baque. Em outra época talvez eu gostasse de ver aquela mesma cena. Mas agora tudo que sinto é um tremor, um alvoroço no meu estômago, um nervoso terrível. Eu não estava pronta para essa situação. Não agora, talvez nunca! Bea está sentada no colo de Bruno e os dois me olham juntos. Ela se parece tanto com ele!

_Hã... Bea vem aqui na mamãe. - Digo incapaz de aproximar deles.

_Boa tarde Samuel. - Tia Lílian comprimenta sorrindo, eu sei que ela está tão sem graça quanto eu. - Então, você vai almoçar aqui hoje? - Pergunta tentando cortar o silêncio constrangedor.

_Não! Viemos buscar a Bea, vamos... - Respondo no lugar de Samuel, quero fugir o mais rápido possível desse lugar.

_Você não acha que temos que conversar? - A voz do Bruno soa mais longe pela distância, ele fez questão de dizer alto para que eu ouvisse não me dando muita chance de fuga.

Samuel coloca a mão no fim da minha coluna e eu sinto meu corpo estremecer. Ele se abaixa e diz no meu ouvido com sua voz baixa e rouca. Ele sabe quem é o pai da minha filha, sempre soube.

_Eu levo a Bea para dar uma volta, assim vocês podem conversar. É o certo Ana. - Aceno com a cabeça confirmando. - Bea vem com o tio Samuel vamos comprar um brinquedo enquanto o almoço não fica pronto.

_Obaaaa!!!! Bea grita, você pode comprar aquela boneca que fala também?

_Posso. A boneca que você quiser. - Samuel responde, ele parece os avós da menina, sempre mimando ela.

Sem sair do lugar vejo tia Lilian e o tio Cláudio saindo pela porta da varanda ao meu lado. Bea e Samuel saem depois e ambos me beijam antes de sair. Ainda olhando para eles que seguem pelo fim do corredor ouço a voz do Bruno mais uma vez. Isso é tão surreal!

_Vocês estão transando? - Olho para o chão incapaz de olhar para ele. Um riso de escárnio escapa pela minha boca. Ele me largou feito lixo e agora vem dar uma ciumento. É inacreditável!

_Com tanta coisa para me perguntar é isso mesmo que você quer saber ou só está sendo idiota? Não tem direito de saber, não é da sua conta com quem eu durmo. - Respondo olhando nos olhos dele.

_Eu não preciso perguntar, sei que ela é minha filha, eu soube no memento em que coloquei meus olhos nela. Eu não posso questionar seus motivos... Eu fui um grande babaca. - Bruno responde ignorando totalmente o que eu havia dito.

_Pelo menos você reconhece, já é um progresso. - Digo cruzando meus braços na defensiva, ainda parada na porta.

_Eu queria poder contar a ela, quero poder participar da vida dela... - Ele diz caminhando em minha direção, eu recuo.

_Depois de todos esses anos? Acho que você não tem esse direito.

_Ana, por favor, eu sei que errei. Eu... Me perdoa. Eu estava com raiva e... Ela é minha filha, uma filha que eu se quer sabia da existência! Você sabe como é, é isso mesmo que quer? Para nossa filha? - Ele só pode estar brincando, eu disse a ele que estava grávida!

_Você me abandonou, eu disse a você que estava grávida e você... - as palavras se prendem na minha garganta, me recuso a chorar. - Me deixou sozinha, completamente sozinha eu tive que enfrentar minha mãe, meu pai, seus país! Sozinha! Você me deixou, você escolheu me deixar nunca me ligou de volta. Nós éramos amigos Bruno! Mesmo que não quisesse mais como mulher eu era sua amiga! - Falo enxugando uma lágrima teimosa que escorre pelo meu rosto.

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