Resumo de Bônus - Ciúmes – Meu melhor amigo(Completo) por Luciolabarbosa
Em Bônus - Ciúmes, um capítulo marcante do aclamado romance de Romance Meu melhor amigo(Completo), escrito por Luciolabarbosa, os leitores são levados mais fundo em uma trama repleta de emoção, conflito e transformação. Este capítulo apresenta desenvolvimentos essenciais e reviravoltas que o tornam leitura obrigatória. Seja você um novo leitor ou um fã fiel, esta parte oferece momentos inesquecíveis que definem a essência de Meu melhor amigo(Completo).
Cinco anos depois...
Ana não olha na minha direção em nenhum momento desde que cheguei para esse almoço, me ignora com perfeição, faz um trabalho magnífico, chego a inveja-la por fazer isso de uma forma tão natural.
Como se não fosse o suficiente, o namorado está grudado o tempo todo na mãe da minha filha. Ela olha para ele com um ar de admiração e gratidão. Será que um dia ela me olhou assim?
Os dois trocam carinhos e beijos, nada muito cheio de coisa, a maioria dos beijos são só tocar de lábios mas a intimidade dos dois é notável. Um dia fomos assim, um dia, no passado, um passado lamentavelmente distante.
Eu ferrei com tudo e me odeio por isso, só não consigo me odiar mais porque eu odeio o Samuel, eu sei que não deveria odia-lo mas... O cara está dormindo com a mulher que eu amo! É ele quem a tem nos braços e ele quem a está beijando agora.
Ouço Ana falando com a filha sobre mim, ela sorri e confirma para a menina que ela pode me dar um desenho que fez na escola. Penso que vou receber alguma atenção mas, ao se erguer Ana me olha nos olhos e eu só consigo ver dor dentro deles.
Nesses poucos momentos em ela me olha não diz nada, seu silêncio é uma tortura. Eu queria que ela gritasse comigo, que descontasse toda sua frustração, raiva, ódio, eu queria que ela me batesse, fizesse qualquer coisa além de ignorar completamente minha existência.
Eu não deveria ter concordado com esse almoço! Eu não deveria nem ter vindo. Como fui burro em pensar que ela viria sozinha? É claro que o namorado viria a tira colo. Se ele não estivesse aqui eu... Eu teria feito ela falar comigo, teria me ajoelhado e implorado por um pouco de atenção.
Talvez esse fosse os planos dos meus pais, fazer um almoço de páscoa em que eu pudesse ser humilhado o bastante para perceber o que perdi, não era preciso tanto eu já percebi, já aprendi a lição. Eu vi tudo que perdi e perdi tudo!
_Pai você já viu o ovo que o tio D mandou pra mim? Ele disse que eu não posso dar nenhum pedacinho pra mamãe! Mas eu dou, vou dar pra você também tá bom?
_Tio D? Quem é tio D? Pergunto a minha mãe que olha para Ana como se pedisse permissão.
_Damon Wallace, ele era da minha sala. Foi um grande amigo um dos melhores apesar de alguns conflitos...
O cara do beijo. O filho da mãe manda presente para minha filha! Além de um namorado ela tem um admirador! Essa merda só piora... Depois de quase três meses aqui eu descubro coisas sobre ela todos os dias.
_Eu não vi, cadê o ovo? - pergunto engolindo o meu orgulho e ciúmes.
_Vovó você me ajuda? - Bea pergunta.
_Porque o papai não vai com você para a cozinha e você mostra todos os ovos que você ganhou? - Minha mãe pergunta me olhando com aquele olhar de quem diz quero falar com você.
_ Vem papai, vem... - Bea pega minha mão e puxa em direção a cozinha.
_Você só pode comer depois do almoço gatinha. - Ana fala para a filha seu olhar é de carinho e amor.
_ Ela não vai comer Ana, a vovó não vai deixar, né filha. - minha mãe pisca para a menina que acredita ter força suficiente para me arrastar até a cozinha.
_É mãe, não vou comer nadinha, a vovó não deixa. - a pequena responde e até eu percebi que é mentira.
_Não esquece que ela tem que almoçar tia. - Ana grita da sala.
Em cima da mesa da cozinha há um ovo enorme e uma caixinha que chama atenção cheia de bombons.

_Esses são da mamãe foi o Samuel quem deu. Esse grandão azul é meu, foi o tio Domon quem mandou, ele manda pra casa da vovó porque eu fico aqui. Ontem eu falei com celula da mamãe e eu vi ele. Ele tá lá longe e eu vi ele mesmo assim. Ele disse que não posso dividir com ninguém, só que eu vou dividir, é feio não dívidir não é!?
_É sim filha, tem que dividir. Você é uma princesa. - respondo pegando ela no colo. - vamos voltar agora para sala até o papa ficar pronto.
_Não papai eu vou comer um pouco de bombom. Desse aqui, vovó vai me dar.
_ Mas não pode falar para sua mãe tá bom? - dona Lilian abre a caixa transparente com bombons e retira três deles.
_Tá eu pometo.
Bia desce do meu colo e senta em uma mesinha rosa e branca com estampas de princesa no canto da cozinha para comer seus bombons.
Tento me aproximar dela, eu gostaria de poder abraçar a mulher que está a minha frente, eu quero tirar toda a dor que ela sente. Eu vejo o sofrimento dela e dói vê-la sofrer e a dor é ainda pior por saber que foi eu quem causei.
Ana levanta a mão me pedindo para parar, o gesto mudo é o suficiente para prender os meus pés no chão. Ela fecha os olhos e respira fundo, sei que ela está tentando se controlar. Movo meus pés em mais um passo. A linda mulher a minha frente abre os olhos e os prende em mim.
_ Você não deveria ter voltado, não podia fazer o que fez, eu estava disposta a recomeçar, eu merecia isso... - uma lágrima corre pelo rosto dela e eu sinto uma vontade louca de enxugar.
_ Eu não quero te atrapalhar, eu... Eu quero que seja feliz, eu posso ir embora agora mesmo se você quiser, eu sei que estraguei tudo, me perdoa, faço o que você quiser, qualquer coisa! Só não me tire a Bea... Eu amo você amo ela. Eu não sei que dizer, se eu pudesse voltar atrás...
Ana coloca a mão na boca para segurar um soluço e eu termino com a distância que existe entre nós. Passo meus braços ao redor do corpo dela e a seguro num abraço apertado.
_ Eu sei que não deveria dizer isso, droga! Eu te amo, te amo tanto! Tudo que eu sentia estava dormindo em algum lugar dentro do meu peito e... Cada dia que te vejo esse sentimento cresce e me sufoca, eu tenho que tentar, me perdoa, mas eu não posso desistir de você.
Ana que estava com sua cabeça encostada no meu peito agora olha no fundo dos olhos, lágrimas quentes e grossas escorrem pelo lindo rosto. Eu beijo cada uma delas enquanto eu digo o quanto a amo.
Sem conseguir me conter eu a beijo um beijo doce em simples roçar de lábios, ela parou de chorar está mais calma.
_ Olha nos meus olhos e diz que ainda me ama, que me quer tanto quanto quero você. Eu sei que ainda sente alguma coisa, ainda tem alguma coisa debaixo de toda essa dor. Diz que podemos ficar juntos de novo! - suplico
Ana sorri e eu juro que ela vai dizer que me ama e então terei minha chance de ser feliz.
_ É por isso que não podemos ficar juntos, porque eu ainda te amo e se você me magoar não vai sobrar o que reconstruir, não vai sobrar nada! Por favor me deixa ir, me deixa reconstruir o que sobrou...
Meu coração se quebra em um milhão de pedaços eu não quero deixar ela ir, não! Eu a quero de volta, eu a amo. Não posso dizer que vou desistir e sei que não é certo insistir então faço a única coisa que me vem a cabeça seguro Ana pelos ombros e digo.
_Eu amo você com cada célula do meu corpo, amo você mais do que amei qualquer mulher na minha vida. Eu não quero mentir...
Me viro, pego a cerveja na geladeira e vou até meu pai, se eu queria me afogar na bebida agora quero muito mais.
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