Eu estava sentindo muitas dores na manhã seguinte mas para não preocupar meu irmão e Wallace mandei uma mensagem avisando que estava bem. Sai do apartamento que eu ainda não sei de quem é e caminhei até um hipermercado que ficava logo na esquina.
O bairro era um bairro bom, não como o bairro do meu pai, mas as pessoas pareciam ter uma vida tranquila.
Comprei alguns iogurtes, pão e frutas aproveitei o serviço de entrega e pedi para que entregassem minhas compras. Como não sabia a rua só apontei para o prédio e disse o andar e o apartamento. Meia hora depois um rapaz levou minhas compras.
No apartamento de cores cinza, e marrom claro que obviamente era de um homem eu permaneci por dois dias. Até que as dores melhoraram. Então resolvi arrumar o lugar e dei aquela faxina que demorou mais dois dias.
Liguei para minha médica e contei das dores e disse que havia ficado um pouco nervosa, omiti alguns detalhes e inventei alguns, ela me mandou o atestado por e-mail e eu encaminhei a escola, por e-mail mesmo. Havia conseguido quatorze dias e esperava que isso fosse suficiente para resolver meus problemas.
Eu tinha acabado de tomar banho depois de voltar da consulta onde fui recomendada a ficar de repouso absoluto. Mesmo sem Damon que segundo meu irmão está de castigo eu fui a todos os lugares que precisei, menos a escola, todo meu nervoso não foi muito legal para o bebê por isso evitei falar com meu pai que me ligava todos os dias e me mandava mensagens.
Pareceu incrível o fato de ele não ter me tirado nem o cartão, nem o dinheiro e pelo que me constava o plano de saúde estava em dia. Me sentia mal por ter fugido daquele jeito. Agora depois de cinco dias, aquela atitude pareceu extremamente infantil e idiota.
Enrolada na toalha eu fui até geladeira atrás de leite de soja e um sanduíche, com patê que eu mesma tinha feito, depois de assistir a receita na internet. Ainda enrolada na toalha eu fui andando pela pequena sala, até ouvir o som da porta e um homem entrar por ela.
Eu conhecia esse homem e sinceramente ele estava muito mais bonito do que todas as vezes que eu o vi. Ele parou na porta e ficou me olhando por um longo tempo até por fim acordar e dizer.
_O que está fazendo aqui?
_É... Hum... Eu... Foi... A... Sara! Foi ela quem... Bom... Eu não tinha para onde ir! - encolhi os ombros com vergonha.
_Quanto tempo está aqui!? - ele parece meio surpreso ainda.
_Uns cinco dias... - respondo olhando para chão.
_Certo... Isso é bem a cara da minha irmã. - O homem larga suas malas na porta e vai até a cozinha tipo americana que era dívida apenas por uma meia parede. _ Você abasteceu a geladeira? - respondo com um simples aceno. - Obrigada! - Acho melhor você se vestir...
_É... Eu...
_Tudo bem garota, vai se vestir!
Quase corro até o quarto para me vestir e fiquei lá sem coragem de sair. A tarde começava a virar noite quando sai do quarto em busca de mais comida. Tudo estava vazio. Então aproveitei para lavar os copos deixados sobre a pia.
Eu estava com fome e frutas não seria suficiente. Então resolvi fazer uma carne cozida, descasquei as batatas, piquei. Fiz um arroz até que a carne ficasse pronta, então encontrei um pote com feijão congelado no freezer.
Algumas folhas de agrião com azeite. As batatas foram para dentro da panela...
_Se sua comida for tão boa quanto o cheiro eu não me importo que fique.
Ah! Merda! Esse homem tem uma voz! Respiro fundo. Mantenha o foco Ana.
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